Atakarejo justifica ausência de Teobaldo na Câmara: não representa mais a empresa

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Polícia

10 de junho de 2021 às 18h14

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Após não comparecer para a reunião da Comissão de Reparação da Câmara de Vereadores de Salvador para esclarecer as mortes dos jovens Bruno Barros da Silva, de 29 anos, e de Ian Barros da Silva, de 19 anos - tio e sobrinho, que foram encontrados mortos após serem entregues a traficantes na região do Amaralina -, o dono da rede Atakarejo, Teobaldo Costa foi reconvocado e desta vez a empresa justificou a ausência do empresário no colegiado: ele não a representa mais.

Em ofício enviado nesta quarta-feira (9) ao presidente da comissão, vereador Luiz Carlos Suíca (PT), a direção do estabelecimento informa que o dono da rede está afastado da diretoria executiva desde abril de 2020. Atualmente, Costa estaria apenas no conselho administrativo.  

Suíca então solicitou a presença de um membro da atual diretoria executiva na audiência da próxima quarta-feira (16). O edil petista frisou a importância da reparação nesse caso envolvendo a morte de dois jovens negros. 

A Câmara de Salvador sugeriu ouvir o dono da rede sobre o caso ocorrido em abril, na unidade do Atakarejo do bairro de Amaralina. A ausência do empresário na primeira audiência provocou protestos dos familiares ddas vítimas.

Em ofício de resposta à segunda convocação, a rede Atakarejo aponta que o inquérito corre sob sigilo e que aguarda a conclusão para se pronunciar. “Desejamos que todos os fatos sejam esclarecidos o mais rápido possível e que os responsáveis respondam pelos seus atos perante a justiça. Lamentamos profundamente o ocorrido no bairro do Nordeste de Amaralina, onde foi registrado fato lamentável e abominável. Não toleramos qualquer tipo de violência e desejamos que toda a verdade venha logo a público”, informa nota da rede assinada pelo diretor comercial Milton Amorim.

Nesta quinta-feira (10), o vereador Suíca assinou novo documento encaminhado ao fundador do grupo Atakadão Atakarejo. “Solicitamos que seja designado um membro da atual Diretoria Executiva para representar a empresa na reunião conjunta”, pediu. 

Para o vereador soteropolitano, "todos sabem que essa medida do Atakarejo é um modo de tirar o foco do problema”. Suíca afirma que Teobaldo continua sendo o representante da rede. “Pode até ter se afastado de uma ou outra função, mas integra o Conselho Administrativo e é o fundador do grupo. Acredito que colaborar com as investigações não é o suficiente neste caso. É preciso reparar o dano causado às famílias de Bruno e Ian, mortos cruelmente após serem entregues a traficantes em Salvador por funcionários da empresa”, finalizou.

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