Ameaças de Braga Netto são revelias às Constituição, avalia cientista político

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Política

29 de julho de 2021 às 08h39

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Foto:  Fernando Frazão/Agência Brasil

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Após declarações do ministro da Defesa, Braga Netto, que ameaçou a realização das eleições 2022, ao dar um recado para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o repórter Jorge Ribeiro, do programa Ligação Direta, da Salvador FM, conversou com o cientista político Claudio André Souza sobre as consequências de uma mudança no sistema eleitoral no Brasil. 

Para o cientista político, esse "duro recado" do ministro representa uma tentativa de ruptura com a democracia e culpa o alinhamento do presidente da República, Jair Bolsonaro, com forças militares no governo. "Encaminhávamos para uma estabilidade democrática antes de o presidente Bolsonaro resolver trabalhar com os militares das Forças Armadas como se fosse um partido político aberto a fazer críticas e se meter em políticas públicas", afirmou.

Souza ainda alerta para o interesse no voto impresso e avalia que a imposição do ministro pode conjugar como revelia à Constituição. "Não ter eleições é rasgar a Constituição. E rasgar a Constituição é romper com a democracia".  André Souza aidna afirma que o sistema eleitoral brasileiro já é confiável, seguro e auditável.

O voto impresso é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135, que ainda tramita na Câmara dos Deputados e vem sofrendo revés diariamente, podendo ser rejeitada antes mesmo de ir ao plenário. Proeminência da derrota, o presidente tem acuado mensagens de fraudes eleitorais, sem apresentar provas, além de tecer ofensas diárias ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jorge Roberto Barroso.

Na semana passada, Braga Netto teria dito a parlamentares que as eleições do ano que vem não aconteceriam caso o voto impresso não fosse adotado no Brasil. O general virou alvo de quatro ações no Supremo Tribunal Federal (STF) após as ameaças contra o pleito. 

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