Estudo da Fiocruz aponta que a efetividade das vacinas cai entre mais velhos

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Saúde

17 de setembro de 2021 às 16h57

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou hoje (17) os resultados de um novo estudo que aponta a efetividade da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Segundo os dados coletados entre 17/1 e 19/7, os imunizantes demonstram respostas positivas na prevenção de mortes e hospitalizações, principalmente de adultos com 20 a 39 anos, mas também indicam uma diminuição da efetividade com o avanço da idade. As informações são do Metrópoles.

Na pesquisa foram analisados mais de 66 milhões de registros para avaliar a efetividade da vacinação completa e parcial com os imunizantes da AstraZeneca, Coronavac e Pfizer. No caso da Pfizer, foi feita uma análise sobre os parcialmente imunizados. O resultado, que ainda não foi revisado pela comunidade científica, é referente ao período em que o Brasil enfrentava a maior circulação da variante Gama.

“Para jovens adultos, as avaliações da AstraZeneca, Coronavac e Pfizer são boas. Agora, a medida que aumenta a faixa etária para 40 a 59, 60 a 79 e acima de 80 anos, nós observamos uma redução da efetividade tanto para a vacina da AstraZeneca como para a Coronavac. Isso ficou mais significativo com a Coronavac”, informa Daniel Villela, pesquisador e coordenador do estudo.

Segundo a pesquisa, a efetividade da Coronavac na prevenção de casos graves entre pessoas com 60 a 79 anos foi de 60,4%, enquanto que em idosos com mais de 80 anos ela cai para 29,6%. A estimativa para quadros graves entre adultos de 20 a 39 anos foi de 58,4%.

Entre as pessoas com esquema completo de vacinação da AstraZeneca, a prevenção contra casos graves e óbitos variou entre 80% e 90%, a depender do grupo etário. Entre os idosos com 60 a 79 anos, a estimativa foi de 79,6%; depois dos 80 anos, a proteção cai para 66,7%. No caso da Pfizer, a efetividade observada entre os adultos de 20 a 39 anos e 40 a 59 anos variou entre 80% e 90% após a primeira dose.

O estudo observou também uma redução expressiva no registro de casos graves e óbitos entre março a abril e uma interrupção da queda na faixa etária acima de 80 anos. “As razões ligadas a isso envolvem uma menor imunidade nos muito idosos e também o fato de que essas pessoas foram imunizadas mais cedo. O que é correto, foi uma prioridade acertada, mas à medida que vai passando o tempo, elas podem perder algum tipo de defesa e isso acarreta em uma menor proteção”, explica.

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