Wagner diz que voto a favor da PEC dos Precatórios é para viabilizar o Auxilio Brasil

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Alexandre Galvão e João Santos

Política

06 de dezembro de 2021 às 11h50

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Foto: Jefferson Ruddy/Agência Senado

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Após votar favorável à medida da PEC dos Precatórios, o senador Jaques Wagner (PT-BA) criticou a promulgação e trechos da proposta anunciada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Segundo Wagner as mudanças na emenda feita pelo Senado viabiliza muito mais o cumprimento do acordo para disponibilização do programa Auxílio Brasil, além dos novos trechos tirar o “calote vindo do texto da Câmara”.

“Nas mudanças, tiramos do calote toda a área do FUNDEB, toda área da educação, tiramos o calote dos precatórios alimentares, pelo menos os preferenciais, né? Os precatórios até R$ 60 mil, transformamos em definitivo o Auxílio Brasil, ou seja, a chamada renda mínima continua e portanto o texto é totalmente diferente. Tanto que hoje pra minha surpresa, o presidente da Câmara tá dizendo que quer promulgar, ele tá tentando fatiar pra aprovar. Só querem aquilo que é igual ao texto que veio da Câmara. Isso vai dar uma reação muito grande no Senado. É hoje que vai ter essa negociação e eu não sei qual é a opinião do presidente do Senado sobre, mas ele sabe que houve uma negociação muito extensa, se não objetivamente não passaria pelo Senado na forma como ela veio da Câmara. Então eu entendo que a depender da decisão deles, vai ser como se passassem uma rasteira no Senado da República, espero que não aconteça”, declarou Wagner em entrevista ao portal Salvador FM.

O senador ainda ressaltou que votou a favor da PEC já prevendo as modificações futuras no texto e que o modo como ele chegou até o Senado era impossível de ser posta em prática. Wagner também disse que um dos principais pontos para a aprovação da PEC foi o Auxílio Brasil.

“Primeiro que a gente votou a favor do R$ 600 do auxílio emergencial e futuramente Auxílio Brasil, como é agora, dai votamos no resto vendo maneiras de ajeitar a emenda para ser melhor para o Brasil. Como nós que criamos o Bolsa Família temos que dar continuidade independente do que seja agora, óbvio que esse programa na minha opinião está muito mal montado está desprezando o Cadastro Único que é um cadastro social reconhecido fora Brasil. [...] Tá uma confusão porque as pessoas vão para caixa, mas ninguém sabe quando é que sai o dinheiro, tá uma bagunça”, disse o senador.

O petista ainda afirmou que com as novas concessões da PEC fica mais fácil para aliados de Rui Costa (PT), que votaram contra, respeitando a vontade o governador baiano, possam ser a favor do texto.

“Antes não tinha nem a data pra pagamento a primeira parcela, agora a gente colocou a data para trinta e um de abril. Então, pra alguém que se assustou porque o PT lá votou contra e aqui é a favor, tem que entender que nós votamos em outro texto, não foi no texto que saiu de lá [da Câmara]”, concluiu.

Wagner participa ao lado do Rui da entrega do Hospital Materno-Infantil Joaquim Sampaio, em Ilhéus. A unidade vai funcionar como referência para toda a região sul da Bahia, em cirurgia pediátrica e parto de alto risco.

 

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