Os brasileiros ainda n&atilde;o sacaram R$ 7,79 bilh&otilde;es em<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/112673,banco-central-recebe-15-milhoes-de-consultas-sobre-dinheiro-esquecido" target="_blank"> recursos esquecidos no sistema financeiro at&eacute; o fim de fevereiro</a>, divulgou nesta sexta-feira (5) o<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20central" target="_blank"> Banco Central (BC)</a>. At&eacute; agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 6,23 bilh&otilde;es, de um total de R$ 14,02 bilh&otilde;es postos &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o pelas institui&ccedil;&otilde;es financeiras.

As estat&iacute;sticas do SVR s&atilde;o divulgadas com dois meses de defasagem. Em rela&ccedil;&atilde;o ao n&uacute;mero de benefici&aacute;rios, at&eacute; o fim de fevereiro, 19.037.033 correntistas haviam resgatado valores. Isso representa apenas 30,19% do total de 63.064.184 correntistas inclu&iacute;dos na lista desde o in&iacute;cio do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que j&aacute; retiraram valores, 18.044.139 s&atilde;o pessoas f&iacute;sicas e 992.894 s&atilde;o pessoas jur&iacute;dicas. Entre os que ainda n&atilde;o fizeram o resgate, 40.853.231 s&atilde;o pessoas f&iacute;sicas e 3.173.920 s&atilde;o pessoas jur&iacute;dicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda n&atilde;o fizeram o saque t&ecirc;m direito a pequenas quantias. Os valores a receber de at&eacute; R$ 10 concentram 63,48% dos benefici&aacute;rios. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,14% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,65% dos clientes. S&oacute; 1,72% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em mar&ccedil;o de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em fevereiro, foram retirados R$ 215 milh&otilde;es, queda em rela&ccedil;&atilde;o ao m&ecirc;s anterior, quando tinham sido resgatados R$ 244 milh&otilde;es.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impress&atilde;o de telas e de protocolos de solicita&ccedil;&atilde;o para compartilhamento no Whatsapp e inclus&atilde;o de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Tamb&eacute;m haver&aacute; uma sala de espera virtual, que permite que todos os usu&aacute;rios fa&ccedil;am a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de funda&ccedil;&atilde;o da empresa.

Al&eacute;m dessas melhorias, h&aacute; a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testament&aacute;rio, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a institui&ccedil;&atilde;o respons&aacute;vel pelo valor e a faixa de valor. Tamb&eacute;m h&aacute; mais transpar&ecirc;ncia para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguir&aacute; ver as informa&ccedil;&otilde;es: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Fontes de recursos

Tamb&eacute;m foram inclu&iacute;das fontes de recursos esquecidos que n&atilde;o estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pr&eacute; ou p&oacute;s-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos dispon&iacute;veis nas institui&ccedil;&otilde;es para devolu&ccedil;&atilde;o.

Al&eacute;m dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, j&aacute; dispon&iacute;veis para saques no ano passado: contas-corrente ou poupan&ccedil;a encerradas; cotas de capital e rateio de sobras l&iacute;quidas de ex-participantes de cooperativas de cr&eacute;dito; recursos n&atilde;o procurados de grupos de cons&oacute;rcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de opera&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionat&aacute;rios que alegam fazer a intermedia&ccedil;&atilde;o para supostos resgates de valores esquecidos. O &oacute;rg&atilde;o ressalta que todos os servi&ccedil;os do Valores a Receber s&atilde;o totalmente gratuitos, que n&atilde;o envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC tamb&eacute;m esclarece que apenas a institui&ccedil;&atilde;o financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidad&atilde;o. O &oacute;rg&atilde;o tamb&eacute;m pede que nenhum cidad&atilde;o forne&ccedil;a senhas e esclarece que ningu&eacute;m est&aacute; autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Sistema criado em 1985 pelo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20central" target="_blank">Banco Central </a>e um dos mais tradicionais meios de pagamento banc&aacute;rio, o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/doc" target="_blank">DOC (Documento de Ordem de Cr&eacute;dito)</a> deixa de ser oferecido pelas institui&ccedil;&otilde;es financeiras a partir desta segunda-feira (15), com os agendamentos podendo ainda ser feitos at&eacute; as 22h de hoje.

De acordo com a <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/febraban" target="_blank">Federa&ccedil;&atilde;o Brasileira dos Bancos (Febraban)</a>, a extin&ccedil;&atilde;o definitiva do sistema ocorrer&aacute; no dia 29 de fevereiro &ndash;&nbsp;data m&aacute;xima para que os bancos processem transfer&ecirc;ncias j&aacute; programadas. Neste formato, as opera&ccedil;&otilde;es s&atilde;o efetivadas um dia ap&oacute;s o recebimento da ordem de transfer&ecirc;ncia pelo banco.

Ainda conforme a entidade, a decis&atilde;o foi tomada ap&oacute;s as opera&ccedil;&otilde;es via DOC serem cada vez&nbsp;menos utilizadas nos &uacute;ltimos anos, principalmente depois do lan&ccedil;amento do PIX, em novembro de 2020.

Um levantamento da Febraban mostrou que o DOC ficou apenas em s&eacute;timo lugar entre principais meios de pagamento usados em 2023. Ap&oacute;s o PIX, que ficou na primeira posi&ccedil;&atilde;o, as prefer&ecirc;ncias dos clientes foram pelos cart&otilde;es de cr&eacute;dito e d&eacute;bito.

Al&eacute;m do DOC, as institui&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m deixar&atilde;o de oferecer a Transfer&ecirc;ncia Especial de Cr&eacute;dito (TEC), que s&atilde;o opera&ccedil;&otilde;es realizadas exclusivamente por empresas para o pagamento de benef&iacute;cios a funcion&aacute;rios.

Os <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20central" target="_blank">servidores do Banco Central (BC)</a> fazem nesta quinta-feira&nbsp;(11) uma greve de 24 horas. Segundo o Sindicato Nacional dos Funcion&aacute;rios do Banco Central (Sinal), mais de 70% dos funcion&aacute;rios devem aderir &agrave; paralisa&ccedil;&atilde;o. Os trabalhadores reivindicam melhorias na carreira, como a equipara&ccedil;&atilde;o com outras categorias semelhantes.&nbsp;

O Sinal disse que a paralisa&ccedil;&atilde;o pode gerar um &quot;apag&atilde;o&quot; em todos os servi&ccedil;os do banco, com impactos no atendimento ao mercado e ao p&uacute;blico, incluindo cancelamento de reuni&otilde;es, manuten&ccedil;&atilde;o em sistemas e atraso na divulga&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es.

A <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/pix" target="_blank">manuten&ccedil;&atilde;o do PIX</a> pode ficar prejudicada, trazendo risco &agrave; continuidade dos servi&ccedil;os. A paralisa&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m pode trazer maior impacto na conclus&atilde;o de projetos em curso, como o da moeda digital, o Drex, na supervis&atilde;o de Preven&ccedil;&atilde;o &agrave; Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo e na regulamenta&ccedil;&atilde;o de ativos virtuais.&nbsp;

&ldquo;A decis&atilde;o de realizar a greve decorre da insatisfa&ccedil;&atilde;o dos servidores em rela&ccedil;&atilde;o ao tratamento dispensado &agrave;s suas demandas, em meio a concess&otilde;es assim&eacute;tricas oferecidas a outras categorias t&iacute;picas de Estado. Ressalta-se a preocupa&ccedil;&atilde;o com a falta de di&aacute;logo e o alegado a&ccedil;odamento autorit&aacute;rio do presidente do BC [Roberto Campos Neto] na abordagem de quest&otilde;es relevantes, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Independ&ecirc;ncia do Banco Central&rdquo;, diz nota do sindicato.

Os servidores reivindicam, entre outros pontos, reajuste nas tabelas remunerat&oacute;rias, retribui&ccedil;&atilde;o por produtividade, exig&ecirc;ncia de n&iacute;vel superior para o cargo de t&eacute;cnico, mudan&ccedil;a no cargo de analista para auditor.

A pr&oacute;xima etapa da paralisa&ccedil;&atilde;o ser&aacute; a entrega dos cargos comissionados de chefia, caso as negocia&ccedil;&otilde;es com o governo n&atilde;o avancem. A entrega efetiva &eacute; prevista para a primeira quinzena de fevereiro.

O Sinal destaca a import&acirc;ncia do Banco Central para a estabilidade econ&ocirc;mica do pa&iacute;s e apela ao governo para considerar equitativamente todas as carreiras estrat&eacute;gicas, diz outro trecho da nota.

A Ag&ecirc;ncia Brasil procurou o BC para saber o posicionamento da institui&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; greve e &agrave;s negocia&ccedil;&otilde;es. Como resposta, a assessoria disse que o banco n&atilde;o vai se pronunciar a respeito.

Sem acordo entre o governo e os bancos, os juros da d&iacute;vida do rotativo do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/cartao%20de%20credito">cart&atilde;o de cr&eacute;dito</a> e da fatura parcelada passam a ser limitados a 100% da d&iacute;vida a partir desta ter&ccedil;a-feira (2). Institu&iacute;do pela lei do Programa Desenrola, sancionada em outubro, o teto foi regulamentado no fim de dezembro pelo Conselho Monet&aacute;rio Nacional (CMN).

A Lei do Desenrola havia estabelecido 90 dias para que as negocia&ccedil;&otilde;es entre o governo, o Banco Central, as institui&ccedil;&otilde;es financeiras, o Congresso Nacional e o Banco Central chegassem a um novo modelo para o rotativo do cart&atilde;o de cr&eacute;dito. Caso contr&aacute;rio, valeria o modelo em vigor no Reino Unido, que estabelece juros at&eacute; o teto de 100% do total da d&iacute;vida, que n&atilde;o poder&aacute; mais subir depois de dobrar o valor.

Logo ap&oacute;s anunciar a decis&atilde;o do CMN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que, durante esse per&iacute;odo de 90 dias, as institui&ccedil;&otilde;es financeiras n&atilde;o apresentaram nenhuma proposta. &ldquo;Se voc&ecirc;s pensarem no Desenrola, esse era um dos grandes problemas do pa&iacute;s. As pessoas [que renegociaram os d&eacute;bitos no programa] estavam, muitas vezes, com d&iacute;vidas dez vezes superior &agrave; original&rdquo;, disse o ministro. &ldquo;Agora, a d&iacute;vida n&atilde;o poder&aacute; dobrar&rdquo;, comentou o ministro na ocasi&atilde;o.

Simula&ccedil;&atilde;o

Com o teto de juros do rotativo e da fatura parcelada, quem n&atilde;o pagar uma fatura de R$ 100, por exemplo, e empurrar a d&iacute;vida para o rotativo, pagar&aacute; juros e encargos de no m&aacute;ximo R$ 100. Dessa forma, a d&iacute;vida n&atilde;o poder&aacute; ultrapassar R$ 200, independentemente do prazo.

&ldquo;Suponha que uma pessoa contrate uma d&iacute;vida de R$ 1 mil no cart&atilde;o de cr&eacute;dito e n&atilde;o pague. Ela estaria sujeita a quase 450% ou 500% de juros no ano [pelas regras anteriores]&rdquo;, disse Haddad ao anunciar o teto das taxas. &ldquo;Com essa medida, n&atilde;o vai poder exceder 100%.&rdquo;

Segundo os dados mais recentes do Banco Central, em novembro, os juros do rotativo do cart&atilde;o de cr&eacute;dito estavam, em m&eacute;dia, em 431,6% ao ano. Isso significa que uma pessoa que entre no rotativo em R$ 100 e n&atilde;o quita o d&eacute;bito deve R$ 531,60 ap&oacute;s 12 meses.

Portabilidade

Al&eacute;m de oficializar o teto de juros, o CMN instituiu a portabilidade do saldo devedor do cart&atilde;o de cr&eacute;dito e aumentou a transpar&ecirc;ncia nas faturas, itens que n&atilde;o estavam na lei do Desenrola. Essas exig&ecirc;ncias, no entanto, s&oacute; entrar&atilde;o em vigor em 1&ordm; de julho.

Por meio da portabilidade, a d&iacute;vida com o rotativo e com o parcelamento da fatura poder&aacute; ser transferida para outra institui&ccedil;&atilde;o financeira que oferecer melhores condi&ccedil;&otilde;es de renegocia&ccedil;&atilde;o. A medida tamb&eacute;m vale para os demais instrumentos de pagamento p&oacute;s-pagos, modalidades nas quais os recursos s&atilde;o depositados para pagamento de d&eacute;bitos j&aacute; assumidos.

A proposta da institui&ccedil;&atilde;o financeira deve ser realizada por meio de uma opera&ccedil;&atilde;o de cr&eacute;dito consolidada (que reestruture a d&iacute;vida acumulada). Al&eacute;m disso, a portabilidade ter&aacute; de ser feita de forma gratuita.

Caso a institui&ccedil;&atilde;o credora original fa&ccedil;a uma contraproposta ao devedor, a opera&ccedil;&atilde;o de cr&eacute;dito consolidada dever&aacute; ter o mesmo prazo do refinanciamento da institui&ccedil;&atilde;o proponente. Segundo o Banco Central (BC), a igualdade de prazos permitir&aacute; a compara&ccedil;&atilde;o dos custos.

Transpar&ecirc;ncia

Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; transpar&ecirc;ncia, a partir de julho, as faturas dos cart&otilde;es de cr&eacute;dito dever&atilde;o trazer uma &aacute;rea de destaque, com as informa&ccedil;&otilde;es essenciais, como valor total da fatura, data de vencimento da fatura do per&iacute;odo vigente e limite total de cr&eacute;dito.

As faturas tamb&eacute;m dever&atilde;o ter uma &aacute;rea em que sejam oferecidas op&ccedil;&otilde;es de pagamento. Nessa &aacute;rea dever&atilde;o estar especificadas apenas as seguintes informa&ccedil;&otilde;es: valor do pagamento m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio; valor dos encargos a ser cobrado no per&iacute;odo seguinte no caso de pagamento m&iacute;nimo; op&ccedil;&otilde;es de financiamento do saldo devedor da fatura, apresentadas na ordem do menor para o maior valor total a pagar; taxas efetivas de juros mensal e anual; e Custo Efetivo Total (CET) das opera&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito.

Por fim, as faturas ter&atilde;o uma &aacute;rea com informa&ccedil;&otilde;es complementares. Nesse campo, devem estar as informa&ccedil;&otilde;es como lan&ccedil;amentos na conta de pagamento; identifica&ccedil;&atilde;o das opera&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito contratadas; juros e encargos cobrados no per&iacute;odo vigente; valor total de juros e encargos financeiros cobrados referentes &agrave;s opera&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito contratadas; identifica&ccedil;&atilde;o das tarifas cobradas; limites individuais para cada tipo de opera&ccedil;&atilde;o, entre outros dados.

As <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/pix" target="_blank">transa&ccedil;&otilde;es via PIX</a> bateram recorde na &uacute;ltima quarta-feira (6), segundo informa&ccedil;&otilde;es do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20central" target="_blank">Banco Centra (BC)</a>. Foram R$ 152,7 milh&otilde;es de transfer&ecirc;ncias instant&acirc;neas, total que superou o recorde anterior de R$ 142,4 milh&otilde;es, alcan&ccedil;ado em 4 de agosto.

&ldquo;Os n&uacute;meros refor&ccedil;am a forte ades&atilde;o de pessoas e empresas ao Pix&rdquo;, avalia o Banco Central. Na &uacute;ltima quarta-feira (6), as transa&ccedil;&otilde;es somaram R$ 76,1 bilh&otilde;es. Isso significa que cada transfer&ecirc;ncia em tempo real teve valor m&eacute;dio de R$ 498,42.&nbsp;

Mais da metade (55,86%) das transfer&ecirc;ncias feitas na quarta-feira foram entre pessoas f&iacute;sicas. O BC ressalta &ldquo;as transa&ccedil;&otilde;es de pessoas f&iacute;sicas (PF) para pessoas jur&iacute;dicas (PJ) como o principal vetor do crescimento recente&rdquo;. Em setembro de 2022, a transa&ccedil;&atilde;o PF-PJ era 22,5% do total. Em agosto, alcan&ccedil;ou 33,3%.

&ldquo;A matura&ccedil;&atilde;o do Pix, a conveni&ecirc;ncia no seu uso e o desenvolvimento de solu&ccedil;&otilde;es de integra&ccedil;&atilde;o pelo mercado est&atilde;o permitindo maior diversifica&ccedil;&atilde;o nos casos de uso, aumentando sua import&acirc;ncia no bom funcionamento da economia nacional&rdquo;, informou o Banco Central &agrave; Ag&ecirc;ncia Brasil.&nbsp;

O presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Luiz In&aacute;cio Lula da Silva</a> voltou a criticar, nesta sexta-feira (1&ordm;), os <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/juros">juros</a> praticados no pa&iacute;s e o presidente do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20central">Banco Central (BC)</a>, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/roberto%20campos%20neto">Roberto Campos Neto</a>. Durante cerim&ocirc;nia comemorativa de programas de microcr&eacute;dito produtivo e orientado do Banco do Nordeste (BNB), em Fortaleza, ele avaliou que a taxa de juros segue alta. &ldquo;Vamos continuar brigando.&rdquo;

&ldquo;&Eacute; por isso que n&oacute;s vamos continuar fazendo cr&eacute;dito e vamos fazer cada vez mais. N&atilde;o pense que acho que o juro est&aacute; baixo. O juro ainda est&aacute; alto porque 2,16 ao m&ecirc;s &eacute; muita coisa, d&aacute; quase 30% ao ano, porque &eacute; juro sobre juro. Acho que vamos baixar ainda. Obviamente que n&oacute;s tamb&eacute;m n&atilde;o queremos quebrar o banco, porque o banco tem que dar o lucro. Se quebrar, vai ser muito pior pra n&oacute;s &ndash; al&eacute;m de ficarmos devendo, n&atilde;o temos o banco para emprestar.&rdquo; &nbsp;

&ldquo;A Caixa Econ&ocirc;mica Federal, o Banco do Brasil, o Basa, o BNB e o BNDES s&oacute; t&ecirc;m sentido existir se for para fazer as coisas diferentes do que fazem os bancos privados. Se for para fazer igual, n&atilde;o precisa existir&rdquo;, disse. &ldquo;Temos que ter dinheiro para investir e dinheiro para ser investido a juros baratos. Por isso &eacute; que o cidad&atilde;o do Banco Central precisa saber que ele &eacute; presidente do Banco Central do Brasil e n&atilde;o do Banco Central de um pa&iacute;s que n&atilde;o seja o Brasil e que precisa baixar os juros.&rdquo;

Durante o evento, Lula lembrou que Campos Neto foi indicado ao cargo ainda no governo de Jair Bolsonaro e que o Banco Central atua de forma aut&ocirc;noma. &ldquo;N&atilde;o h&aacute; mais interfer&ecirc;ncia da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, que podia chamar o presidente do Banco Central e conversar. Esse cidad&atilde;o, se ele conversa com algu&eacute;m, n&atilde;o &eacute; comigo. Ele deve conversar com quem o indicou. E quem o indicou n&atilde;o fez coisas boas nesse pa&iacute;s. A sociedade brasileira vai descobrir com o tempo&rdquo;, concluiu.

Juros m&eacute;dios

Os juros m&eacute;dios dos bancos v&ecirc;m caindo nos &uacute;ltimos meses, segundo dados do BC. Considerando o conjunto dos recursos livres e direcionados para pessoas f&iacute;sicas, o pico dos juros aconteceu em maio: 38,2% ao ano. Para empresa, o pico foi em janeiro: juros a 22,2%. Desde ent&atilde;o, h&aacute; redu&ccedil;&atilde;o nas taxas m&ecirc;s a m&ecirc;s, com flutua&ccedil;&otilde;es, e desacelera&ccedil;&atilde;o no crescimento em 12 meses.

No cr&eacute;dito livre, os bancos t&ecirc;m autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. J&aacute; o cr&eacute;dito direcionado &ndash; com regras definidas pelo governo &ndash; &eacute; destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcr&eacute;dito.

O comportamento dos juros banc&aacute;rios m&eacute;dios ocorre em um momento em que a expectativa do mercado financeiro &eacute; de queda da taxa b&aacute;sica de juros da economia, a Selic, atualmente em 13,25% ao ano. Definida pelo Comit&ecirc; de Pol&iacute;tica Monet&aacute;ria (Copom) do BC, a Selic &eacute; o principal instrumento usado pela autoridade monet&aacute;ria para alcan&ccedil;ar a meta de infla&ccedil;&atilde;o.

Diante da forte queda da infla&ccedil;&atilde;o, o Copom iniciou, no m&ecirc;s passado, um ciclo de redu&ccedil;&atilde;o da Selic. A &uacute;ltima vez em que o BC tinha diminu&iacute;do a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, em meio &agrave; contra&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica gerada pela pandemia de covid-19.

Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que come&ccedil;ou em mar&ccedil;o de 2021, em meio &agrave; alta dos pre&ccedil;os de alimentos, de energia e de combust&iacute;veis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

At&eacute; o fim do ano, a previs&atilde;o dos analistas &eacute; que a Selic caia para 11,75%. Com isso, a taxa de capta&ccedil;&atilde;o dos bancos (o quanto &eacute; pago pelo cr&eacute;dito) vem recuando. Desde abril, ela est&aacute; em queda e ficou em 11,3% em julho.

A eleva&ccedil;&atilde;o da taxa b&aacute;sica ajuda a controlar a infla&ccedil;&atilde;o porque causa reflexos nos pre&ccedil;os, j&aacute; que juros mais altos encarecem o cr&eacute;dito e estimulam a poupan&ccedil;a, contendo a demanda aquecida.

Rotativo do cart&atilde;o

Entretanto, em julho, o cr&eacute;dito rotativo do cart&atilde;o de cr&eacute;dito cresceu novamente, indo para 445,7% ao ano. O rotativo &eacute; o cr&eacute;dito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cart&atilde;o e dura 30 dias.

A modalidade &eacute; uma das mais altas do mercado, e o Banco Central j&aacute; estuda o fim do cr&eacute;dito rotativo do cart&atilde;o de cr&eacute;dito.&nbsp;

O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20central" target="_blank">presidente do Banco Central (BC), Roberto Campo Neto</a>, afirmou, nesta quinta-feira (10), que a autarquia estuda o fim do cr&eacute;dito rotativo de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/116397,mercado-de-cartao-de-credito-cresce-309percent-entre-2019-e-2022" target="_blank">cart&atilde;o de cr&eacute;dito</a>. Essa &eacute; uma das modalidades de cr&eacute;dito mais caras do mercado, com juros que chegaram a 437,3% ao ano em junho.&nbsp;

Campos Netos participou hoje de uma sess&atilde;o plen&aacute;ria no Senado Federal para explicar decis&otilde;es de pol&iacute;tica monet&aacute;ria e estabilidade financeira tomadas pelo BC no semestre anterior.&nbsp;

O rotativo &eacute; aquele cr&eacute;dito contratado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cart&atilde;o e dura 30 dias. Ap&oacute;s os 30 dias, as institui&ccedil;&otilde;es financeiras parcelam a d&iacute;vida. No caso do cart&atilde;o de cr&eacute;dito parcelado, os juros ficaram em 196,1% ao ano em junho.&nbsp;

Campos Neto disse que, em at&eacute; 90 dias, o BC deve apresentar uma solu&ccedil;&atilde;o para o &ldquo;grande problema&rdquo; que &eacute; o cart&atilde;o de cr&eacute;dito. E a solu&ccedil;&atilde;o que est&aacute; se encaminhando &eacute; o fim do rotativo, com o cr&eacute;dito indo direto para o parcelamento, com uma taxa ao redor de 9% ao m&ecirc;s. &nbsp;

&ldquo;Ou seja, extingue-se o rotativo, quem n&atilde;o paga o cart&atilde;o vai direto para o parcelamento ao redor de 9%. E que a gente crie algum tipo de tarifa para desincentivar esse parcelamento sem juros t&atilde;o longos. N&atilde;o &eacute; proibir o parcelamento sem juros, &eacute; simplesmente tentar fazer com que eles fiquem um pouco mais disciplinados, numa forma bem faseada, para n&atilde;o afetar o consumo&rdquo;. Campos Neto ressalta que cart&atilde;o de cr&eacute;dito hoje representa 40% do consumo no Brasil.&nbsp;

Uma das situa&ccedil;&otilde;es que faz os juros do cart&atilde;o serem t&atilde;o altos, segundo o presidente do BC, &eacute; a grande utiliza&ccedil;&atilde;o do parcelamento de compras por prazos mais longos. Isso aumenta o risco do cr&eacute;dito para as institui&ccedil;&otilde;es financeiras e, consequentemente, os juros.&nbsp;

&ldquo;A gente tem um parcelado sem juros, que ajuda muito o com&eacute;rcio, que ajuda muito a atividade, mas que tem aumentado muito o n&uacute;mero de parcelas, de tr&ecirc;s para cinco, para sete, para nove, para onze. Hoje, o prazo m&eacute;dio s&atilde;o 13 parcelas. Ent&atilde;o, &eacute; como se fizessem um financiamento de longo prazo sem juros. A pessoa que toma a decis&atilde;o de dar os juros n&atilde;o &eacute; a mesma que paga pelo risco, isso gera uma assimetria&rdquo;, explicou Campos Neto.&nbsp;

Facilidades

Al&eacute;m disso, o Brasil teve um grande aumento no n&uacute;mero de cart&otilde;es nos &uacute;ltimos anos e facilidades de cr&eacute;dito, o que fez crescer a inadimpl&ecirc;ncia na modalidade. &ldquo;Os bancos, novos entrantes e varejistas acabaram usando o cart&atilde;o de cr&eacute;dito como um instrumento de fidelizar o cliente. Ent&atilde;o, n&oacute;s sa&iacute;mos de cento e poucos milh&otilde;es de cart&otilde;es de cr&eacute;dito para 215 milh&otilde;es de cart&otilde;es de cr&eacute;dito num per&iacute;odo de dois anos e meio, isso &eacute; uma alta bastante grande&rdquo;, disse. &ldquo;O resultante disso foi uma inadimpl&ecirc;ncia no rotativo de 52%. N&atilde;o tem nenhuma inadimpl&ecirc;ncia, nem parecida, em nenhum outro lugar do mundo, que eu tenha olhado, no cart&atilde;o de cr&eacute;dito&rdquo;, acrescentou.&nbsp;

Outra solu&ccedil;&atilde;o seria simplesmente limitar os juros de cart&atilde;o, mas segundo o presidente do BC, isso acarretaria na retirada dos cart&otilde;es de circula&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Para as pessoas que t&ecirc;m mais risco os bancos n&atilde;o ofereceriam aquele cart&atilde;o, devido a uma rela&ccedil;&atilde;o de risco e retorno ineficiente. O problema de cortar o n&uacute;mero de cart&otilde;es &eacute; que se sabe como come&ccedil;a, mas n&atilde;o se sabe como termina. Ent&atilde;o, isso pode gerar um efeito muito grande na parte de consumo, na parte de varejo&rdquo;, disse.&nbsp;

Pol&iacute;tica monet&aacute;ria&nbsp;

Campos Neto afirmou aos senadores que sua mensagem principal &eacute; que, na condu&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;tica monet&aacute;ria, o BC &ldquo;fez um bom trabalho em termos de pouso suave&rdquo;, de &ldquo;trazer a infla&ccedil;&atilde;o para baixo com o m&iacute;nimo de custo poss&iacute;vel&rdquo;. Ele destacou que as previs&otilde;es para o crescimento da economia subiram e que o desemprego vem recuando.&nbsp;

&ldquo;O que &eacute; o pouso suave? &Eacute; a gente ter conseguido trazer a infla&ccedil;&atilde;o muito alta para um n&iacute;vel muito mais baixo, com quase nenhum custo ou muito pouco custo, tanto de crescimento, quanto de emprego, quanto de contra&ccedil;&atilde;o de cr&eacute;dito. Quando a gente faz uma compara&ccedil;&atilde;o relativa, o Brasil atingiu ou est&aacute; atingindo um pouso suave. &Eacute; importante mencionar que a gente ainda tem uma luta com a infla&ccedil;&atilde;o pela frente, mas a gente est&aacute; atingindo um pouso suave de forma bastante eficiente&rdquo;, disse.&nbsp;

Diante da forte queda na infla&ccedil;&atilde;o, na semana passada, o Comit&ecirc; de Pol&iacute;tica Monet&aacute;ria (Copom) do BC reduziu a Selic, a taxa b&aacute;sica de juros, de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano. Foi o primeiro corte de juros em tr&ecirc;s anos. A taxa Selic &eacute; o principal instrumento do BC para alcan&ccedil;ar a meta de infla&ccedil;&atilde;o, definida pelo Conselho Monet&aacute;rio Nacional (CMN).&nbsp;

A &uacute;ltima vez em que o BC tinha reduzido a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, em meio &agrave; contra&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica gerada pela pandemia de covid-19. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que come&ccedil;ou em mar&ccedil;o de 2021, em meio &agrave; alta dos pre&ccedil;os de alimentos, de energia e de combust&iacute;veis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.&nbsp;

A decis&atilde;o da manuten&ccedil;&atilde;o da Selic nesse patamar, por esse prazo, vinha sendo motivo de cr&iacute;ticas do governo federal e de alguns setores produtivos. Isso porque o aumento da Selic causa reflexos nos pre&ccedil;os, encarecem o cr&eacute;dito e estimulam a poupan&ccedil;a, o que tamb&eacute;m pode dificultar a expans&atilde;o da economia.&nbsp;

Como em outras apresenta&ccedil;&otilde;es, Campo Neto destacou que as decis&otilde;es do BC sobre a Selic s&atilde;o t&eacute;cnicas e consideraram a expectativa de infla&ccedil;&atilde;o (12 a 18 meses a frente), o hiato de produto (capacidade de crescer sem gerar infla&ccedil;&atilde;o) e a infla&ccedil;&atilde;o corrente. Ele ainda defendeu a autonomia do Banco Central e apresentou dados apontando a uma rela&ccedil;&atilde;o entre o grau de autonomia dessas institui&ccedil;&otilde;es pelo mundo e a infla&ccedil;&atilde;o. &nbsp;

&ldquo;Ela [a autonomia] garante um ganho institucional, ele separa o ciclo pol&iacute;tico do ciclo econ&ocirc;mico, ele facilita a obten&ccedil;&atilde;o de infla&ccedil;&atilde;o baixa e menores juros estruturais na economia e alinha o Brasil &agrave;s melhores pr&aacute;ticas internacionais&rdquo;, disse.&nbsp;

O presidente do Banco Central afirmou ainda que as atuais boas avalia&ccedil;&otilde;es e previs&otilde;es para a economia brasileira tamb&eacute;m s&atilde;o m&eacute;rito da atua&ccedil;&atilde;o do BC. Ele citou a eleva&ccedil;&atilde;o das notas de cr&eacute;dito do Brasil por ag&ecirc;ncias de classifica&ccedil;&atilde;o de risco internacionais e avalia&ccedil;&otilde;es de outras institui&ccedil;&otilde;es reconhecidas e at&eacute; da imprensa especializada. &nbsp;

&ldquo;Quando a gente olha todos esses &iacute;ndices de term&ocirc;metro, todos eles, 100% deles, mencionam a autonomia do Banco Central e mencionam a pol&iacute;tica de juros do Banco Central como um fator decisivo&rdquo;, disse. &ldquo;Isso foi atingido aqui, com a ajuda do Congresso, em termos de colocar a autonomia do Banco Central e essa capacidade do Banco Central de gerir a crise de forma aut&ocirc;noma e t&eacute;cnica, tem mostrado grandes e grandes frutos. Ent&atilde;o acho que, por tr&aacute;s de cada comemora&ccedil;&atilde;o que a gente tem feito recentemente no Brasil, tem tamb&eacute;m um peda&ccedil;o que foi a atua&ccedil;&atilde;o do Banco Central. Eu gostaria que isso n&atilde;o fosse esquecido&rdquo;, acrescentou.&nbsp;

<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/114876,haddad-avalia-medidas-para-coibir-abusos-em-juros-sobre-capital">O ministro da Fazenda, Fernando Haddad </a>afirma que&nbsp;o mercado financeiro v&ecirc; espa&ccedil;o para uma redu&ccedil;&atilde;o de 0,5 na <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/118992,copom-inicia-quinta-reuniao-do-ano-sob-expectativa-de-queda-de-juros">Selic</a>, ponto percentual na taxa b&aacute;sica de juros da economia. A afirma&ccedil;&atilde;o aconteceu&nbsp;nesta quarta-feira (2).

&quot;Hoje, o mercado est&aacute; pendendo mais para 0,5 ponto do que para qualquer outro n&uacute;mero. Lembrando que tem gente do mercado, gente que est&aacute; l&aacute; operando fundos bilion&aacute;rios, apostando inclusive num corte de 0,75 ponto. Penso que as perspectivas s&atilde;o muito boas&quot;, declarou Haddad durante entrevista &agrave; Empresa Brasil de Comunica&ccedil;&atilde;o (EBC).

&Eacute; previsto que ainda hoje o&nbsp;<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/118767,nubank-ultrapassa-banco-do-brasil-em-numero-de-clientes-no-pais-veja-ranking">Banco Central</a> decida&nbsp;o novo patamar do &iacute;ndice, que est&aacute; h&aacute; um ano estacionado em 13,75%.&nbsp;Segundo o ministro, a manuten&ccedil;&atilde;o da taxa no atual patamar n&atilde;o &eacute; o esperado e ele almeja boas not&iacute;cias ao decorrer do dia.

&quot;N&oacute;s estamos em um dia meio decisivo, porque tem gente do mercado, n&atilde;o estou falando de pol&iacute;tica n&atilde;o, estou falando do mercado. Tem gente no mercado apostando em uma queda de 0,75 pontos percentuais. Ningu&eacute;m espera a manuten&ccedil;&atilde;o da taxa. Ningu&eacute;m. N&atilde;o existe um economista, pelo menos com reputa&ccedil;&atilde;o, que possa defender a manuten&ccedil;&atilde;o da taxa&quot;, comentou.

Haddad defende a redu&ccedil;&atilde;o da Selic como de fundamental import&acirc;ncia para a sociedade, tendo em vista que o consumidor &eacute; impactado diretamente com os valores.

&quot;A taxa Selic hoje &eacute; a maior do mundo, em termos reais. Temos um espa&ccedil;o importante para a queda da taxa b&aacute;sica. Quando cai a taxa b&aacute;sica de juros, o que certamente vai come&ccedil;ar a acontecer hoje, voc&ecirc; tem uma perspectiva de diminui&ccedil;&atilde;o do juro futuro, as empresas v&atilde;o come&ccedil;ar a captar mais barato e, no final, isso acaba chegando ao consumidor.&quot;

O Comit&ecirc; de Pol&iacute;tica Monet&aacute;ria (Copom) do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20central">Banco Central (BC)</a> come&ccedil;a nesta ter&ccedil;a-feira (1&ordm;), em Bras&iacute;lia, a quinta reuni&atilde;o do ano para definir a taxa b&aacute;sica de juros, a <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/selic">Selic</a>. Por causa da forte queda da infla&ccedil;&atilde;o nos &uacute;ltimos meses, o &oacute;rg&atilde;o deve reduzir a Selic, atualmente em 13,75% ao ano. Esse ser&aacute; o primeiro corte desde agosto de 2020, quando os juros tinham sido reduzidos de 2,25% para 2% ao ano.

Na &uacute;ltima sexta-feira (28), <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/118847,caminho-esta-pavimentado-para-queda-da-selic-diz-haddad">o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o caminho est&aacute; pavimentado para a queda da Selic</a>. Desde o in&iacute;cio do ano, o presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Luiz In&aacute;cio Lula da Silva</a> tamb&eacute;m tem criticado os juros. Em junho, ele afirmou que o atual n&iacute;vel da taxa Selic atrapalha os investimentos e que n&atilde;o existe nenhuma justificativa para que a Selic esteja neste momento nesse patamar.

Embora a taxa b&aacute;sica tenha parado de subir em agosto do ano passado, est&aacute; no n&iacute;vel mais alto desde o in&iacute;cio de 2017 e os efeitos de um aperto monet&aacute;rio s&atilde;o sentidos na desacelera&ccedil;&atilde;o da economia.

Segundo a edi&ccedil;&atilde;o mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa b&aacute;sica dever&aacute; cair 0,25 ponto percentual, para 13,5% ao ano. A expectativa do mercado financeiro &eacute; que a Selic encerre o ano em 12% ao ano. Nesta quarta-feira (2), ao fim do dia, o Copom anunciar&aacute; a decis&atilde;o.

Infla&ccedil;&atilde;o

Na ata da &uacute;ltima reuni&atilde;o, em junho, o &oacute;rg&atilde;o acenou com a possibilidade da queda dos juros em agosto. Ap&oacute;s uma s&eacute;rie de comunicados duros no in&iacute;cio do ano, em que n&atilde;o descartava a possibilidade de elevar a taxa Selic, o Copom mudou de tom e admitiu a redu&ccedil;&atilde;o dos juros b&aacute;sicos por causa do comportamento dos pre&ccedil;os.

&ldquo;A avalia&ccedil;&atilde;o predominante foi de que a continua&ccedil;&atilde;o do processo desinflacion&aacute;rio em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confian&ccedil;a necess&aacute;ria para iniciar um processo parcimonioso de inflex&atilde;o na pr&oacute;xima reuni&atilde;o [em agosto]&rdquo;, informou o Copom na ata.

Com a forte desacelera&ccedil;&atilde;o dos &iacute;ndices de pre&ccedil;os nos &uacute;ltimos meses, as expectativas de infla&ccedil;&atilde;o t&ecirc;m ca&iacute;do. Segundo o &uacute;ltimo boletim Focus, pesquisa semanal com institui&ccedil;&otilde;es financeiras feita pelo BC, a estimativa de infla&ccedil;&atilde;o para 2023 passou de 4,9% para 4,84%.

Em junho, puxado pela queda nos pre&ccedil;os dos alimentos e dos carros novos, o IPCA ficou negativo em 0,08%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE). Essa foi a primeira defla&ccedil;&atilde;o em nove meses. Com o resultado, o indicador acumulou alta de 2,87% no ano e de 3,16% nos &uacute;ltimos 12 meses, percentual mais baixo do que os 3,94% acumulados at&eacute; o m&ecirc;s anterior.

Taxa Selic

A taxa b&aacute;sica de juros &eacute; usada nas negocia&ccedil;&otilde;es de t&iacute;tulos p&uacute;blicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquida&ccedil;&atilde;o e Cust&oacute;dia (Selic) e serve de refer&ecirc;ncia para as demais taxas da economia. Ela &eacute; o principal instrumento do Banco Central para manter a infla&ccedil;&atilde;o sob controle. O BC atua diariamente por meio de opera&ccedil;&otilde;es de mercado aberto &ndash; comprando e vendendo t&iacute;tulos p&uacute;blicos federais &ndash; para manter a taxa de juros pr&oacute;xima do valor definido na reuni&atilde;o.

Quando o Copom aumenta a taxa b&aacute;sica de juros, a finalidade &eacute; conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos pre&ccedil;os porque os juros mais altos encarecem o cr&eacute;dito e estimulam a poupan&ccedil;a. Desse modo, taxas mais altas tamb&eacute;m podem dificultar a expans&atilde;o da economia. Mas, al&eacute;m da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimpl&ecirc;ncia, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tend&ecirc;ncia &eacute; de que o cr&eacute;dito fique mais barato, com incentivo &agrave; produ&ccedil;&atilde;o e ao consumo, reduzindo o controle da infla&ccedil;&atilde;o e estimulando a atividade econ&ocirc;mica.

O Copom re&uacute;ne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, s&atilde;o feitas apresenta&ccedil;&otilde;es t&eacute;cnicas sobre a evolu&ccedil;&atilde;o e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta

Para 2023, a meta de infla&ccedil;&atilde;o que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monet&aacute;rio Nacional, &eacute; de 3,25%, com intervalo de toler&acirc;ncia de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior &eacute; 1,75% e o superior &eacute; 4,75%. Para 2024 e 2025, as metas s&atilde;o de 3% para os dois anos, com o mesmo intervalo de toler&acirc;ncia. A meta para 2026 ser&aacute; definida neste m&ecirc;s.

No &uacute;ltimo Relat&oacute;rio de Infla&ccedil;&atilde;o, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monet&aacute;ria reconhece a possibilidade de leve estouro da meta de infla&ccedil;&atilde;o neste ano. No documento, a estimativa &eacute; que o IPCA atingir&aacute; 5% em 2023. O pr&oacute;ximo relat&oacute;rio ser&aacute; divulgado no fim de setembro.

O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/nubank">Nubank</a> alcan&ccedil;ou a posi&ccedil;&atilde;o de quarto maior banco brasileiro em quantidade de clientes, superando o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20do%20brasil">Banco do Brasil</a>, de acordo com um ranking do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20central">Banco Central (BC)</a> divulgado na quarta-feira (26).

Os dados se referem ao segundo trimestre de 2023. O banco digital registrou 77,6 milh&otilde;es de clientes, enquanto o BB contabilizou 74,5 milh&otilde;es. Em primeiro lugar permanece a Caixa Econ&ocirc;mica Federal, com mais de 150 milh&otilde;es de correntistas.

Na seguda coloca&ccedil;&atilde;o aparece o Bradesco, com 104.486.688 clientes, seguido do Ita&uacute; Unibanco, com 99.936.353 clientes. Confira a lista completa dos 10 primeiros:

1) Caixa Econ&ocirc;mica Federal: 150.374.233 clientes 
2) Bradesco: 104.486.688 clientes 
3) Ita&uacute; Unibanco: 99.936.353 clientes 
4) Nubank: 77.665.209 clientes 
5) Banco do Brasil: 74.579.521 clientes 
6) Santander: 64.360.563 clientes 
7) Original: 50.266.862 clientes 
8) Mercado Cr&eacute;dito: 47.390.877 clientes 
9) AME Digital: 32.678.718 clientes 
10) Pagbank-Pagseguro: 29.451.137 clientes

O Minist&eacute;rio da Fazenda autorizou nesta sexta-feira (14) que as institui&ccedil;&otilde;es financeiras credenciadas pelo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20central" target="_blank">Banco Central</a> (BC) para opera&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito podem come&ccedil;ar, a partir de segunda-feira (17), a renegocia&ccedil;&atilde;o de d&iacute;vidas da Faixa 2, pelo Programa Emergencial de Renegocia&ccedil;&atilde;o de D&iacute;vidas de Pessoas F&iacute;sicas Inadimplentes, o Desenrola Brasil.

A portaria foi publicada no Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o.

A Faixa 2 do programa atende &agrave; popula&ccedil;&atilde;o com renda mensal de dois sal&aacute;rios m&iacute;nimos (R$2.640) a R$ 20 mil. O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva comentou nas redes sociais o in&iacute;cio do programa, que, segundo o governo, vai beneficiar 70 milh&otilde;es de brasileiros que possuem d&iacute;vidas.&nbsp;

&quot;Ningu&eacute;m gosta de ficar com o nome sujo. Vamos ajudar o povo a reconquistar dignidade.&quot;

As d&iacute;vidas poder&atilde;o ser quitadas nos canais indicados pelos agentes financeiros e poder&atilde;o ser parceladas em, no m&iacute;nimo, 12 presta&ccedil;&otilde;es. Tamb&eacute;m &eacute; necess&aacute;rio ter sido inclu&iacute;do no cadastro de inadimplente at&eacute; 31 de dezembro de 2022.

Nesta etapa do programa, tamb&eacute;m ser&atilde;o perdoadas as d&iacute;vidas banc&aacute;rias de at&eacute; R$ 100. Nesse caso, o nome da pessoa ser&aacute; retirado dos cadastros de devedores automaticamente pelas institui&ccedil;&otilde;es financeiras. Segundo o Minist&eacute;rio da Fazenda, com essa medida, cerca de 1,5 milh&atilde;o de pessoas deixar&atilde;o de ter restri&ccedil;&otilde;es e voltar&atilde;o a poder ter acesso a cr&eacute;dito.

O presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Luiz In&aacute;cio Lula da Silva</a> disse, nesta ter&ccedil;a-feira (11), que o aumento do otimismo dos brasileiros com a economia &eacute; fruto da capacidade de negocia&ccedil;&atilde;o que vem sendo colocada em pr&aacute;tica pelo governo federal. Segundo ele, o pa&iacute;s teve uma semana vitoriosa, ap&oacute;s a aprova&ccedil;&atilde;o de mat&eacute;rias importantes no Congresso Nacional, como a da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/reforma%20tributaria">reforma tribut&aacute;ria</a> e o texto-base do projeto de lei que restaura o voto de desempate no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Em seu programa semanal Conversa com o Presidente, Lula lembrou que o PT e a esquerda t&ecirc;m pouco mais de uma centena de deputados na C&acirc;mara e que, para obter maioria simples na Casa, precisa de pelo menos 257 votos. &ldquo;Isso mostra o quanto precisamos negociar para construirmos a governabilidade&rdquo;, disse Lula.

Ele destacou que essa governabilidade &ldquo;foi constru&iacute;da para votar a pol&iacute;tica tribut&aacute;ria, mas n&atilde;o por ser do interesse do [Fernando] Haddad ou do Lula, e sim por ser uma coisa de interesse do pa&iacute;s&rdquo;, que precisa de tranquilidade e paz para criar condi&ccedil;&otilde;es de fazer com que a economia cres&ccedil;a e, acima de tudo, para que esse crescimento seja repartido entre todos os brasileiros.

&ldquo;&Eacute; isso o que tentamos construir, reduzindo a capacidade de pagamento de imposto, mas aumentando a quantidade de pessoas que v&atilde;o pagar. O governo pode cobrar menos e arrecadar mais porque tem mais gente pagando. A gente ent&atilde;o inibe a sonega&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse o presidente.

&ldquo;Por isso foi importante a aprova&ccedil;&atilde;o do Carf. &Eacute; nele que se fazem as negocia&ccedil;&otilde;es entre os devedores e a Fazenda. S&oacute; que quando dava empate o sonegador ganhava. N&oacute;s ent&atilde;o resolvemos que deveria ter um voto de desempate, e colocamos o governo dando o voto de desempate&rdquo;, acrescentou.

Lula reafirmou que tudo isso &eacute; fruto de negocia&ccedil;&atilde;o. &ldquo;N&atilde;o &eacute; o &#39;dando que se recebe&#39;. &Eacute; negociar, como a boa pr&aacute;tica de negocia&ccedil;&atilde;o existe no mundo inteiro&rdquo;, complementou.

Para o presidente diz que esse cen&aacute;rio de avan&ccedil;os &eacute; percebido pela popula&ccedil;&atilde;o, deixando-a mais otimista:

&ldquo;As pessoas que estavam pessimistas est&atilde;o vendo o d&oacute;lar cair e a economia crescer. Est&atilde;o vendo sinais de que o sal&aacute;rio e os empregos v&atilde;o crescer. As pessoas est&atilde;o ficando mais otimistas porque a infla&ccedil;&atilde;o est&aacute; caindo e logo vai come&ccedil;ar a baixar a taxa de juros, mesmo com o presidente do Banco Central sendo teimoso e tinhoso&rdquo;.

Modo de transfer&ecirc;ncia monet&aacute;ria e pagamento eletr&ocirc;nico instant&acirc;neos, o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/pix">PIX</a> registrou, de acordo com o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20central">Banco Central (BC)</a>, recorde de transa&ccedil;&otilde;es por dois dias seguidos, na semana passada. Atualmente, o PIX &eacute; a principal forma de pagamento no Brasil.

Segundo a institui&ccedil;&atilde;o, na &uacute;ltima quinta-feira (6), foram registradas 129,4 milh&otilde;es de opera&ccedil;&otilde;es pelo sistema. No dia seguinte, sexta (7), chegaram a 134,8 milh&otilde;es.

Ainda conforme dados do BC em junho, foram feitas 2,86 bilh&otilde;es de transa&ccedil;&otilde;es por PIX &ndash; maior n&uacute;mero da s&eacute;rie hist&oacute;rica, que come&ccedil;a em novembro de 2020. Atualmente, mais de 405 milh&otilde;es de contas est&atilde;o cadastradas.

Em 2022, o PIX foi a principal forma de pagamento usada pelos brasileiros, atingindo 29% de todas as transa&ccedil;&otilde;es registradas. Em 2021, foi de 16%.

Os brasileiros ainda n&atilde;o sacaram R$ 7,12 bilh&otilde;es em recursos esquecidos no sistema financeiro at&eacute; o fim de maio, informou nesta sexta-feira (7), em Bras&iacute;lia, o Banco Central (BC). At&eacute; agora, o&nbsp;Sistema de Valores a Receber (SVR)&nbsp;devolveu R$ 4,17 bilh&otilde;es de um total de R$ 11,29 bilh&otilde;es postos &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o pelas institui&ccedil;&otilde;es financeiras.

As estat&iacute;sticas do SVR s&atilde;o divulgadas com dois meses de defasagem. Em rela&ccedil;&atilde;o ao n&uacute;mero de benefici&aacute;rios, at&eacute; o fim de maio 14.511.476 correntistas haviam resgatado valores. Isso representa apenas 26,93% do total de 53.892.113 correntistas inclu&iacute;dos na lista desde o in&iacute;cio do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que j&aacute; retiraram valores, 13.975.515 s&atilde;o pessoas f&iacute;sicas e 535.961 s&atilde;o pessoas jur&iacute;dicas. Entre os que ainda n&atilde;o fizeram o resgate, 36.592.388 s&atilde;o pessoas f&iacute;sicas e 2.788.249 s&atilde;o pessoas jur&iacute;dicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda n&atilde;o fizeram o saque t&ecirc;m direito a pequenas quantias. Os valores a receber de at&eacute; R$ 10 concentram 62,84% dos benefici&aacute;rios. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,16% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 10,23% dos clientes. S&oacute; 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em mar&ccedil;o, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas.

Em mar&ccedil;o, informou o Banco Central, foram resgatados R$ 505 milh&otilde;es esquecidos. O valor caiu para R$ 259 milh&otilde;es em abril e para R$ 232 milh&otilde;es em maio.

Melhorias

A nova fase do SVR tem novidades importantes, como impress&atilde;o de telas e de protocolos de solicita&ccedil;&atilde;o para compartilhamento no&nbsp;Whatsapp&nbsp;e inclus&atilde;o de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Tamb&eacute;m haver&aacute; uma sala de espera virtual, que permite que todos os usu&aacute;rios fa&ccedil;am a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de funda&ccedil;&atilde;o da empresa.

Al&eacute;m dessas melhorias, h&aacute; a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testament&aacute;rio, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a institui&ccedil;&atilde;o respons&aacute;vel pelo valor e a faixa de valor. Tamb&eacute;m h&aacute; mais transpar&ecirc;ncia para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguir&aacute; ver as informa&ccedil;&otilde;es como valor, data e CPF [Cadastro de Pessoas F&iacute;sicas) de quem fez o pedido.

Fontes de recursos

Tamb&eacute;m foram inclu&iacute;das fontes de recursos esquecidos que n&atilde;o estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pr&eacute; ou p&oacute;s-pago encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos dispon&iacute;veis nas institui&ccedil;&otilde;es para devolu&ccedil;&atilde;o.

Al&eacute;m dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, j&aacute; dispon&iacute;veis para saques no ano passado. Eles s&atilde;o os seguintes: contas-correntes ou poupan&ccedil;a encerradas; cotas de capital e rateio de sobras l&iacute;quidas de ex-participantes de cooperativas de cr&eacute;dito; recursos n&atilde;o procurados de grupos de cons&oacute;rcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de opera&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionat&aacute;rios que alegam fazer a intermedia&ccedil;&atilde;o para supostos resgates de valores esquecidos. O BC ressalta que todos os servi&ccedil;os do Valores a Receber s&atilde;o totalmente gratuitos e que n&atilde;o envia links nem entra em contato para tratar de valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC tamb&eacute;m esclarece que apenas a institui&ccedil;&atilde;o financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidad&atilde;o. O &oacute;rg&atilde;o tamb&eacute;m pede que nenhuma pessoa forne&ccedil;a senhas e esclarece que ningu&eacute;m est&aacute; autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Ap&oacute;s seis meses de retiradas l&iacute;quidas, sendo recorde em maio, o saldo da aplica&ccedil;&atilde;o na caderneta de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/poupanca">poupan&ccedil;a</a> voltou a subir com o registro de mais dep&oacute;sitos do que saques em junho. No m&ecirc;s passado, as entradas superaram as retiradas em R$ 2,595 bilh&otilde;es, de acordo com relat&oacute;rio divulgado nesta sexta-feira (7), em Bras&iacute;lia, pelo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20central">Banco Central (BC)</a>.&nbsp;

O resultado positivo contrasta com o verificado em junho do ano passado, quando os brasileiros sacaram R$ 3,755 bilh&otilde;es a mais do que depositaram na poupan&ccedil;a.&nbsp;

No m&ecirc;s passado, foram aplicados R$ 331,864 bilh&otilde;es, contra saques de R$ 329,269 bilh&otilde;es. Os rendimentos creditados nas contas de poupan&ccedil;a somaram R$ 6,278 bilh&otilde;es.&nbsp;

Fuga l&iacute;quida

Com o resultado de junho, a poupan&ccedil;a acumula retirada l&iacute;quida de R$ 66,636 bilh&otilde;es no primeiro semestre do ano. J&aacute; nos primeiros seis meses de 2022, houve capta&ccedil;&atilde;o l&iacute;quida de R$ 50,489 bilh&otilde;es.&nbsp;

No ano passado, a caderneta registrou fuga l&iacute;quida (mais saques que dep&oacute;sitos) recorde de R$ 103,24 bilh&otilde;es, num cen&aacute;rio de infla&ccedil;&atilde;o e endividamento altos.

Os rendimentos voltaram a ganhar da infla&ccedil;&atilde;o por causa dos aumentos da taxa Selic (juros b&aacute;sicos da economia), mas outras aplica&ccedil;&otilde;es de renda fixa continuam mais atraentes que a poupan&ccedil;a.&nbsp;

Em 2020, a poupan&ccedil;a tinha registrado capta&ccedil;&atilde;o l&iacute;quida (dep&oacute;sitos menos saques) recorde de R$ 166,31 bilh&otilde;es.

Contribu&iacute;ram para o resultado a instabilidade no mercado de t&iacute;tulos p&uacute;blicos no in&iacute;cio da pandemia de covid-19 e o pagamento do aux&iacute;lio emergencial, &nbsp;depositado em contas poupan&ccedil;a digitais da Caixa Econ&ocirc;mica Federal.

O deputado federal <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/gabriel%20nunes" target="_blank">Gabriel Nunes</a>, do PSD, defendeu, nesta quarta-feira (5), durante reuni&atilde;o com l&iacute;deres de seis partidos da base governista e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), a &quot;necessidade de analisar os juros abusivos do Banco Central&quot;

Deputados e senadores apresentaram a Pacheco um pedido de abertura de um &quot;procedimento de apura&ccedil;&atilde;o&quot; sobre a conduta de Roberto Campos Neto &agrave; frente do Banco Central.

&quot;Estive em uma audi&ecirc;ncia no Senado Federal juntamente com o senador Otto Alencar, nosso l&iacute;der na C&acirc;mara, deputado Ant&ocirc;nio Brito, e uma comitiva composta por senadores e deputados de nove partidos, para discutir a necessidade de analisar os juros abusivos do Banco Central&quot;, declarou Gabriel Nunes.

Segundo o parlamentar baiano, &quot;o governo federal reconhece a import&acirc;ncia de reduzir a infla&ccedil;&atilde;o com urg&ecirc;ncia, para que o pa&iacute;s possa retomar o crescimento, gerar empregos e, consequentemente, ter capacidade de investimento&quot;.

&quot;&Eacute; responsabilidade do Senado Federal analisar e fiscalizar a atua&ccedil;&atilde;o do Banco Central. &Eacute; necess&aacute;rio que a pol&iacute;tica monet&aacute;ria seja avaliada, tendo em mente que nosso objetivo comum &eacute; o desenvolvimento do pa&iacute;s e a melhoria da qualidade de vida de nosso povo&quot;, acrescentou Gabriel.

Os signat&aacute;rios do documento mencionam o artigo 1&ordm; da Lei Complementar n&ordm; 179 de 2021, que estabelece, como objetivos do Banco Central aut&ocirc;nomo, &quot;suavizar as flutua&ccedil;&otilde;es do n&iacute;vel de atividade econ&ocirc;mica e promover o pleno emprego&quot;.

No documento entregue a Pacheco, eles solicitam que o Senado investigue &quot;poss&iacute;veis motiva&ccedil;&otilde;es viciadas e desvio de finalidade, desconectadas de eventos anteriores que levaram o Banco Central do Brasil a manter a taxa de juros em 13,75%&quot;, exigindo explica&ccedil;&otilde;es t&eacute;cnicas, evid&ecirc;ncias concretas e demonstra&ccedil;&otilde;es da legalidade, motiva&ccedil;&atilde;o, imparcialidade e efic&aacute;cia da pol&iacute;tica adotada.

O presidente do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20central" target="_blank">Banco Central </a>(BC), Roberto Campos Neto, disse, nesta quinta-feira (29), que a ado&ccedil;&atilde;o de uma meta cont&iacute;nua de infla&ccedil;&atilde;o &eacute; mais eficiente que o modelo atual, de meta estabelecida. O alongamento das metas ser&aacute; um dos temas discutidos na reuni&atilde;o desta quinta-feira do Conselho Monet&aacute;rio Nacional (CMN).

&ldquo;Foi feito um trabalho l&aacute; atr&aacute;s, come&ccedil;ou em 2017, e esse estudo mostra que a meta continua ela &eacute; mais eficiente&rdquo;, disse Campos Neto na divulga&ccedil;&atilde;o do Relat&oacute;rio de Infla&ccedil;&atilde;o do BC. &ldquo;Esse &eacute; um aperfei&ccedil;oamento do sistema de metas que a gente acha interessante&rdquo;, acrescentou sobre uma poss&iacute;vel mudan&ccedil;a.

O modelo de meta cont&iacute;nua &eacute; defendido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Atualmente, o Banco Central persegue uma meta de infla&ccedil;&atilde;o estabelecida a cada ano, com uma margem de toler&acirc;ncia de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. No sistema de meta cont&iacute;nua, usado em v&aacute;rios pa&iacute;ses desenvolvidos, o horizonte pode ser aberto ou obedecer a um prazo maior que um ano, como 18 ou 24 meses.

&ldquo;Em alguns momentos na nossa hist&oacute;ria, o que aconteceu &eacute; que o governo ficou preocupado com estourar a meta no ano espec&iacute;fico e acabou tomando medidas no final do ano que fizesse com aquela infla&ccedil;&atilde;o ca&iacute;sse de forma pontual e que gerou uma aloca&ccedil;&atilde;o de recursos que n&atilde;o eram mais eficiente do ponto de vista econ&ocirc;mico&rdquo;, explicou Campos Neto, sobre a falta de efici&ecirc;ncia do atual modelo.

O presidente do BC explicou ainda que grande parte dos pa&iacute;ses n&atilde;o usa mais a meta por ano-calend&aacute;rio e que o sistema foi implementado no Brasil em um momento de infla&ccedil;&atilde;o muito alta, com a necessidade de auferimentos de curto prazo das metas.

Para este ano, a meta de infla&ccedil;&atilde;o do Brasil est&aacute; fixada em 3,25% e, para 2024 e 2025, em 3%, todas com a mesma margem de toler&acirc;ncia.

Com reuni&otilde;es mensais, o CMN &eacute; formado por Campos Neto, por Haddad; pela ministra do Planejamento, Simone Tebet. Geralmente, as decis&otilde;es ocorrem por consenso, mas, caso haja diverg&ecirc;ncias, s&atilde;o decididas por maioria de voto.

O presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Luiz In&aacute;cio Lula da Silva</a> disse, nesta quinta-feira (29), que o Brasil n&atilde;o precisa ter um sistema de metas de infla&ccedil;&atilde;o &ldquo;t&atilde;o r&iacute;gido&rdquo;. O alongamento das metas ser&aacute; um dos temas discutidos na reuni&atilde;o desta quinta-feira do Conselho Monet&aacute;rio Nacional (CMN).

&ldquo;O Brasil n&atilde;o precisa ter uma meta de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/inflacao">infla&ccedil;&atilde;o</a> t&atilde;o r&iacute;gida, como est&atilde;o querendo impor agora, sem alcan&ccedil;ar. A gente tem que ter uma meta que a gente alcan&ccedil;a; alcan&ccedil;ou aquela meta, a gente pode reduzir e fazer mais um degrau, descer mais um degrau. &Eacute; para isso que a pol&iacute;tica monet&aacute;ria tem que ser m&oacute;vel, ela n&atilde;o tem que ser fixa e eterna, ela tem que ter sensibilidade em fun&ccedil;&atilde;o da realidade da economia, das aspira&ccedil;&otilde;es da sociedade&rdquo;, disse Lula em entrevista &agrave; R&aacute;dio Ga&uacute;cha, de Porto Alegre.

Nesta quarta-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu o modelo de meta cont&iacute;nua. Atualmente, o Banco Central (BC) persegue uma meta de infla&ccedil;&atilde;o estabelecida a cada ano, com uma margem de toler&acirc;ncia de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. No sistema de meta cont&iacute;nua, usado em v&aacute;rios pa&iacute;ses desenvolvidos, o horizonte pode ser aberto ou obedecer a um prazo maior que um ano, como 18 ou 24 meses.

Para este ano, a meta de infla&ccedil;&atilde;o do Brasil est&aacute; fixada em 3,25% e, para 2024 e 2025, em 3%, todas com a mesma margem de toler&acirc;ncia. Com reuni&otilde;es mensais, o CMN &eacute; formado por Haddad; pela ministra do Planejamento, Simone Tebet; e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. Geralmente, as decis&otilde;es ocorrem por consenso, mas, caso haja diverg&ecirc;ncias, s&atilde;o decididas por maioria de voto.

&ldquo;Eu espero que o Haddad e a Simone tenham toda maturidade para tomar a decis&atilde;o que acham que devem tomar&rdquo;, disse Lula.

Cr&iacute;ticas aos juros

O presidente criticou, novamente, a manuten&ccedil;&atilde;o da taxa b&aacute;sica de juros da economia, a Selic, em 13,75%. Definida pelo Comit&ecirc; de Pol&iacute;tica Monet&aacute;ria (Copom), a Selic est&aacute; em seu maior n&iacute;vel desde janeiro de 2017. Em mar&ccedil;o do ano passado, o BC iniciou um ciclo de aperto monet&aacute;rio, em meio &agrave; alta dos pre&ccedil;os de alimentos, de energia e de combust&iacute;veis.

A taxa b&aacute;sica &eacute; o principal instrumento usado pelo BC para alcan&ccedil;ar a meta de infla&ccedil;&atilde;o definida pelo CMN. O seu aumento causa reflexos nos pre&ccedil;os, j&aacute; que juros mais altos encarecem o cr&eacute;dito e estimulam a poupan&ccedil;a, contendo a demanda aquecida. Em sentido contr&aacute;rio, quando o Copom diminui a Selic, a tend&ecirc;ncia &eacute; de que o cr&eacute;dito fique mais barato, com incentivo &agrave; produ&ccedil;&atilde;o e ao consumo, reduzindo o controle sobre a infla&ccedil;&atilde;o e estimulando a atividade econ&ocirc;mica.

Em abril, influenciado pelo aumento dos pre&ccedil;os de rem&eacute;dios, o &Iacute;ndice Nacional de Pre&ccedil;os ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,61%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE). O resultado &eacute; inferior &agrave; taxa de mar&ccedil;o, de 0,71%. Em 12 meses, o indicador acumula 4,18%.

O presidente Lula reafirmou que, com a infla&ccedil;&atilde;o em baixa, n&atilde;o h&aacute; explica&ccedil;&atilde;o para o atual patamar da Selic. Os efeitos do aperto monet&aacute;rio s&atilde;o sentidos no encarecimento do cr&eacute;dito e na desacelera&ccedil;&atilde;o da economia.

&ldquo;N&oacute;s n&atilde;o temos infla&ccedil;&atilde;o de demanda&rdquo;, argumentou Lula. &ldquo;N&atilde;o tem um setor da economia, a n&atilde;o ser o setor financeiro [a favor], todo mundo [&eacute;] contra esse absurdo dessa taxa de juro, que ningu&eacute;m pode captar dinheiro para investir, a 14%, 15%, 16% de juros as pessoas v&atilde;o quebrar. Ent&atilde;o, &eacute; preciso reduzir a taxa de juros para que ela fique compat&iacute;vel, inclusive com a infla&ccedil;&atilde;o. A infla&ccedil;&atilde;o em 12 meses est&aacute; menos que 5%, por que a taxa de juro tem que estar nesse n&iacute;vel? Qual &eacute; a explica&ccedil;&atilde;o? N&atilde;o existe explica&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse.

Lula cobrou a interven&ccedil;&atilde;o do Senado, que aprovou a autonomia do BC e o nome de Campos Neto para a presid&ecirc;ncia do BC, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. &ldquo;O Senado, quando aprovou a autonomia do Banco Central, ele estabeleceu alguns crit&eacute;rios para o Banco Central, um deles &eacute; cuidar da infla&ccedil;&atilde;o e outra &eacute; cuidar do crescimento e cuidar do emprego, e ele [Campos Neto, at&eacute; agora, tem cuidado pouco&rdquo;, criticou o presidente.

&ldquo;N&atilde;o &eacute; o Lula [que faz as cr&iacute;ticas], n&atilde;o &eacute; o presidente, &eacute; o povo brasileiro, s&atilde;o os sindicatos, os empres&aacute;rios da ind&uacute;stria, do com&eacute;rcio, do turismo, do varejo, inclusive os agricultores do Brasil inteiro s&atilde;o contra essa taxa de juros. Ent&atilde;o esse cidad&atilde;o vai ter que pensar e o Senado vai ter que saber como lidar com ele&rdquo;, acrescentou o presidente.

Durante a entrevista &agrave; R&aacute;dio Ga&uacute;cha, o presidente destacou que o novo programa de infraestrutura do governo deve destinar R$ 5,7 bilh&otilde;es para o Rio Grande do Sul em estradas e pontes, al&eacute;m de R$ 2 bilh&otilde;es da iniciativa privada, por meio de parcerias p&uacute;blico-privadas.

Lula lembrou que o governo solicitou aos governadores uma lista de obras priorit&aacute;rias e que, nos pr&oacute;ximos dez dias, o novo plano de investimentos deve ser anunciado. O total para o pa&iacute;s deve chegar a R$ 23 bilh&otilde;es na &aacute;rea de transportes.

&ldquo;N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel um presidente da Rep&uacute;blica governar sem estar intimamente ligado &agrave; administra&ccedil;&atilde;o do governo do estado&rdquo;, disse. &ldquo;&Eacute; uma coisa que vem de baixo para cima, porque n&atilde;o adianta eu inventar uma obra que eu acho que &eacute; interessante pro Rio Grande do Sul, quem tem que ver qual &eacute; a obra importante &eacute; o governador do estado, s&atilde;o os prefeitos da cidade, e s&atilde;o eles que n&oacute;s precisamos atender&rdquo;, acrescentou.

Com a cria&ccedil;&atilde;o do Pix em novembro de 2020, mudan&ccedil;as comportamentais geradas pela pandemia de covid-19 e o aumento das transa&ccedil;&otilde;es com cart&otilde;es, os brasileiros usam cada vez menos o dinheiro em esp&eacute;cie para fazer pagamentos do dia a dia. A avalia&ccedil;&atilde;o &eacute; do estudo do Banco Central (BC) Evolu&ccedil;&atilde;o de Meios Digitais para a Realiza&ccedil;&atilde;o de Transa&ccedil;&otilde;es de Pagamento no Brasil.

Em 2019, os saques de dinheiro em caixas eletr&ocirc;nicos e ag&ecirc;ncias somaram R$ 3 trilh&otilde;es. Em 2020, o total caiu para R$ 2,5 trilh&otilde;es e para R$ 2,1 trilh&otilde;es, em 2021 e 2022.

Em 2020, as transa&ccedil;&otilde;es por meio do Pix somaram R$ 180 milh&otilde;es. No ano seguinte, R$ 9,43 bilh&otilde;es, e em 2022, R$ 24,05 bilh&otilde;es.

J&aacute; quando se trata de transa&ccedil;&otilde;es de valores mais altos, a indica&ccedil;&atilde;o do estudo &eacute; de que h&aacute; prefer&ecirc;ncia por transfer&ecirc;ncias banc&aacute;rias (inter e intrabanc&aacute;rias), que responderam por cerca de 65% de todo o volume financeiro de 2022. O Pix foi respons&aacute;vel por 12% das transa&ccedil;&otilde;es.

Segundo o estudo, em rela&ccedil;&atilde;o ao valor m&eacute;dio das opera&ccedil;&otilde;es &ldquo;h&aacute; uso preponderante do Pix e dos cart&otilde;es (especialmente o pr&eacute;-pago) nas transa&ccedil;&otilde;es de valor mais baixo, indicando seu papel importante na inclus&atilde;o financeira, deixando as transfer&ecirc;ncias tradicionais como principais op&ccedil;&otilde;es para transa&ccedil;&otilde;es corporativas, de valores substancialmente mais altos&rdquo;.

&ldquo;Nesse sentido, &eacute; razo&aacute;vel supor que o Pix e os cart&otilde;es representaram importante papel na digitaliza&ccedil;&atilde;o de camadas mais amplas da popula&ccedil;&atilde;o&rdquo;.

O BC tamb&eacute;m observou crescimento &ldquo;expressivo da quantidade de transa&ccedil;&otilde;es com cart&otilde;es de d&eacute;bito e pr&eacute;-pago&rdquo;, influenciado pela expans&atilde;o de institui&ccedil;&otilde;es financeiras. &ldquo;Essas institui&ccedil;&otilde;es v&ecirc;m tendo papel relevante na inclus&atilde;o financeira, ao proporcionar contas de pagamento a pessoas que anteriormente n&atilde;o tinham nenhum relacionamento com o sistema financeiro, sendo, por exemplo, as institui&ccedil;&otilde;es em que muitos jovens iniciam seu relacionamento com o sistema financeiro&rdquo;, destacou o estudo.

<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/115380,reino-unido-anuncia-investimento-de-rdollar-500-milhoes-no-fundo-amazonia">O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT)</a> n&atilde;o tem tido uma boa rela&ccedil;&atilde;o com o Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Neste s&aacute;bado (6), durante entrevista coletiva em Londres, o petista voltou a criticar a pol&iacute;tica de juros da institui&ccedil;&atilde;o e afirmou que Campos Neto &quot;n&atilde;o tem compromisso com o Brasil&quot;.

&quot;Os trabalhadores n&atilde;o suportam mais a taxa de juros. O [Henrique] Meirelles tinha mais responsabilidade. Esse cidad&atilde;o [Campos Neto] n&atilde;o tem nenhum compromisso comigo. Ele tem compromisso com quem? Com o Brasil? N&atilde;o tem. Ele tem compromisso com aqueles que gostam de juros altos. N&atilde;o h&aacute; outra explica&ccedil;&atilde;o&quot;, afirmou o presidente.

Lula ressaltou ainda que a cr&iacute;tica n&atilde;o &eacute; voltada ao Banco Central como institui&ccedil;&atilde;o, e sim &agrave; pol&iacute;tica de juros. Ele se mostrou contra a fala de Campos Neto de que para o pa&iacute;s atingir a meta de infla&ccedil;&atilde;o de 3%, teria que elevar os juros acima de 20%.

&quot;Est&aacute; louco? Esse cidad&atilde;o n&atilde;o pode estar falando a verdade. Ent&atilde;o, se eu, como presidente, n&atilde;o puder reclamar dos equ&iacute;vocos do presidente do Banco Central, quem vai reclamar? O presidente americano? Me desculpem, o Banco Central tem autonomia, mas n&atilde;o &eacute; intoc&aacute;vel&quot;, disse.

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