A Secretaria de Sa&uacute;de de Mato Grosso informou a identifica&ccedil;&atilde;o de uma nova subvariante da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/covid19" target="_blank">Covid-19</a>, a JN 2.5, uma varia&ccedil;&atilde;o da &Ocirc;micron. Segundo o &oacute;rg&atilde;o, este &eacute; o primeiro registro da subvariante no Brasil.

O laborat&oacute;rio central do estado sequenciou e identificou a nova subvariante em pesquisa realizada entre os dias 16 e 18 de janeiro, onde quatro pacientes do sexo feminino testaram positivo para a nova cepa e foram hospitalizadas.&nbsp;

Segundo a pasta, tr&ecirc;s pacientes receberam alta m&eacute;dica e est&atilde;o est&aacute;veis em isolamento domiciliar, enquanto a quarta paciente, que tinha doen&ccedil;a pulmonar obstrutiva cr&ocirc;nica, faleceu. No entanto, a equipe de vigil&acirc;ncia da Secretaria ainda investiga o caso e n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel afirmar que a causa da morte foi a Covid-19.

O governo do estado pediu &agrave; popula&ccedil;&atilde;o que evite o p&acirc;nico e mantenha-se em alerta para sintomas gripais, orientando o uso de m&aacute;scara em caso de gripe ou resfriado, a higieniza&ccedil;&atilde;o das m&atilde;os com sab&atilde;o ou &aacute;lcool 70%, e a vacina&ccedil;&atilde;o contra a doen&ccedil;a.

Al&eacute;m do Brasil, a subvariante JN 2.5 tamb&eacute;m foi identificada em outros pa&iacute;ses, como Canad&aacute;, Fran&ccedil;a, Pol&ocirc;nia, Espanha, Estados Unidos, Su&eacute;cia e Reino Unido.

Cerca de 1,4 milh&atilde;o de novas doses de vacinas Covid-19 do tipo bivalente desembarcaram no Brasil na madrugada desta ter&ccedil;a-feira (13). As doses protegem contra a variante &Ocirc;micron original e a variante BA1.

Com a remessa, o pa&iacute;s j&aacute; conta com 4,5 milh&otilde;es de doses entregues at&eacute; o momento. Os imunizantes s&atilde;o da Pfizer, que tem contrato assinado com o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de para a entrega de todos os imunizantes dispon&iacute;veis, com as atualiza&ccedil;&otilde;es, e aprovados pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa).

As vacinas v&atilde;o passar por avalia&ccedil;&atilde;o e an&aacute;lise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Sa&uacute;de e ser&atilde;o distribu&iacute;das ap&oacute;s divulga&ccedil;&atilde;o da nota t&eacute;cnica pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, com orienta&ccedil;&otilde;es sobre aplica&ccedil;&atilde;o e p&uacute;blico-alvo.

Logo, o Brasil tamb&eacute;m contar&aacute; com imunizantes adaptados &agrave;s variantes &Ocirc;micron BA4 e BA5, j&aacute; encomendadas com a fabricante. A previs&atilde;o &eacute; que at&eacute; 19 de dezembro o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de tenha cerca de 9 milh&otilde;es de doses bivalentes &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o.

Foi identificada na cidade do Rio de Janeiro a circula&ccedil;&atilde;o local da subvariante &Ocirc;micron BQ.1 do novo coronav&iacute;rus, causador da pandemia de covid-19. De acordo com a Secretaria Municipal de Sa&uacute;de , a confirma&ccedil;&atilde;o ocorreu por meio de sequenciamento gen&eacute;tico feito pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

&ldquo;No momento, a recomenda&ccedil;&atilde;o &eacute; para que aqueles que ainda n&atilde;o tomaram a dose de refor&ccedil;o da vacina contra a covid-19 procurem uma unidade de sa&uacute;de a partir de segunda-feira (7), para concluir o esquema de imuniza&ccedil;&atilde;o&rsquo;, alerta a secretaria.

Segundo o secret&aacute;rio municipal de Sa&uacute;de, Daniel Soranz, a subvariante pode estar relacionada com o aumento no n&uacute;mero de casos verificada nas &uacute;ltimas semanas.

&ldquo;Essa subvariante pode sim estar provocando um aumento de n&uacute;mero de casos nesse momento. &Eacute; uma subvariante que n&atilde;o tem nenhum sinal de maior gravidade do que outras subvariantes, mas merece toda aten&ccedil;&atilde;o para aquela popula&ccedil;&atilde;o que ainda n&atilde;o se vacinou. Ent&atilde;o as pessoas que n&atilde;o tomaram a dose de refor&ccedil;o devem procurar uma unidade de sa&uacute;de para realizar a dose de refor&ccedil;o, porque a vacina protege contra a subvariante para interna&ccedil;&atilde;o e para &oacute;bito&rdquo;.

No munic&iacute;pio, 25% da popula&ccedil;&atilde;o adulta n&atilde;o recebeu a primeira dose de refor&ccedil;o da vacina contra a covid-19. A segunda dose foi aplicada em 34,7% dos maiores de 18 anos.

Testagem

A Secretaria de Estado de Sa&uacute;de informou que enviou ontem (4) of&iacute;cio aos 92 munic&iacute;pios do estado recomendando a amplia&ccedil;&atilde;o da testagem para covid-19, devido ao aumento na taxa de positividade para a doen&ccedil;a.

&ldquo;Uma an&aacute;lise dos &uacute;ltimos 15 dias realizada pela vigil&acirc;ncia estadual apontou que a taxa de positividade dos testes de RT-PCR e ant&iacute;geno para covid-19 tiveram aumento. A taxa de RT-PCR passou de 3% para 7% e a de ant&iacute;geno, de 5% para 16%&rdquo;.

O secret&aacute;rio de estado de Sa&uacute;de, Alexandre Chieppe, alerta que o aumento de casos &eacute; verificado em diversos pa&iacute;ses.

&ldquo;Estamos observando em diversos pa&iacute;ses do mundo um aumento na transmiss&atilde;o de coronav&iacute;rus relacionado ainda &agrave; variante &Ocirc;micron, que &eacute; a prevalente tamb&eacute;m no estado do Rio de Janeiro. Neste momento, a transmiss&atilde;o ainda &eacute; baixa no estado, mas temos acompanhado o cen&aacute;rio em outros estados, como S&atilde;o Paulo, e temos um plano de conting&ecirc;ncia, que ser&aacute; colocado em pr&aacute;tica se necess&aacute;rio&rdquo;.

De acordo com a secret&aacute;ria, no momento n&atilde;o se verifica a preval&ecirc;ncia do Sars-CoV-2 entre as doen&ccedil;as respirat&oacute;rias no estado.

&ldquo;O levantamento mostrou ainda que, embora a taxa de positividade para covid-19 tenha aumentado, os v&iacute;rus respirat&oacute;rios com maior circula&ccedil;&atilde;o foram o rinov&iacute;rus, com 21% de preval&ecirc;ncia, e o adenov&iacute;rus, com 17%. O v&iacute;rus SARS-CoV-2 aparece em 4% das amostras testadas&rdquo;.

A farmac&ecirc;utica Moderna anunciou, nesta segunda-feira, que vai avan&ccedil;ar com duas candidatas a vacinas contra a variante &Ocirc;micron do coronav&iacute;rus, uma delas desenvolvida contra a variante BA.1 e outra contra as variantes BA.4 e BA.5.

Fabricantes de imunizantes, incluindo a Moderna e a concorrente Pfizer, est&atilde;o desenvolvendo vacinas atualizadas para combater as subvariantes da &Ocirc;micron BA.4 e BA.5, de r&aacute;pida propaga&ccedil;&atilde;o, e que ganharam terreno nos Estados Unidos nas &uacute;ltimas semanas.&nbsp;

A Moderna disse que sua decis&atilde;o de desenvolver vacinas ambivalentes foi fundamentada em prefer&ecirc;ncias diferentes de mercados para doses contra as subvariantes.&nbsp;

Vacinas ambivalentes s&atilde;o desenvolvidas com o objetivo de repelir duas variantes diferentes do coronav&iacute;rus -- a variante original de 2020, e novas variantes da &Ocirc;micron.&nbsp;

A Moderna afirmou que novos dados cl&iacute;nicos para sua vacina mRNA-1273.214 vaccine, desenvolvida para combater a variante BA.1, mostraram respostas de anticorpos de neutraliza&ccedil;&atilde;o significativamente mais altas contra as subvariantes BA.4 e BA.5, em compara&ccedil;&atilde;o com a atual dose de refor&ccedil;o autorizada.&nbsp;

A segunda candidata da farmac&ecirc;utica para dose de refor&ccedil;o, a mRNA 1273.222, &eacute; baseada na cepa BA.4/5 e est&aacute; sendo desenvolvida de acordo com orienta&ccedil;&otilde;es mais recentes da ag&ecirc;ncia de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA).&nbsp;

A Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou, por an&aacute;lise gen&ocirc;mica, a substitui&ccedil;&atilde;o da linhagem BA.1 da covid-19 pela linhagem BA.2 nas amostras analisadas entre 20 de maio e 2 de junho. Ambas s&atilde;o subvariantes da &Ocirc;micron. Al&eacute;m disso, a Fiocruz identificou, no per&iacute;odo, o aumento na detec&ccedil;&atilde;o entre os meses de maio e junho das linhagens BA.4, BA.5 e BA.2.12.1, que t&ecirc;m caracter&iacute;sticas gen&ocirc;micas que podem levar a uma maior transmissibilidade viral.

Os dados s&atilde;o computados semanalmente na Rede de Plataformas Tecnol&oacute;gicas com a obten&ccedil;&atilde;o de dados da Plataforma EpiCoV da Global Initiative on Sharing All Influenza Data (Gisaid), uma plataforma internacional para compartilhamento de dados gen&ocirc;micos dos v&iacute;rus de influenza e Sars-CoV-2.

A atualiza&ccedil;&atilde;o da Rede Gen&ocirc;mica Fiocruz mostra a caracteriza&ccedil;&atilde;o gen&ocirc;mica de sete casos confirmados por RT-PCR de coinfec&ccedil;&atilde;o pelos v&iacute;rus Sars-CoV-2 e influenza e ainda 69 casos de reinfec&ccedil;&atilde;o, 48 dos quais associados &agrave; reinfec&ccedil;&atilde;o pela &Ocirc;micron.

A variante BA.1 foi a respons&aacute;vel pelo surto da covid no pa&iacute;s ocorrido entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. A BA.2 t&ecirc;m ganhado espa&ccedil;o n&atilde;o apenas no Brasil como em outros pa&iacute;ses. As cepas BA.4 e BA.5 parecem se espalhar ainda mais r&aacute;pido do que as muta&ccedil;&otilde;es anteriores da &Ocirc;micron.

A Rede Gen&ocirc;mica Fiocruz j&aacute; produziu e enviou para as vigil&acirc;ncias e laborat&oacute;rios estaduais um total de 709 relat&oacute;rios, que continham 45.657 genomas. O trabalho &eacute; feito pelo Laborat&oacute;rio de V&iacute;rus Respirat&oacute;rios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro, e os laborat&oacute;rios integrantes da Rede Gen&ocirc;mica Fiocruz em outros sete estados: Amazonas, Bahia, Cear&aacute;, Minas Gerais, Piau&iacute;, Paran&aacute; e Pernambuco. Esses oito centros de monitoramento atendem aos 26 estados e ao Distrito Federal.

At&eacute; o momento, a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) reconheceu dez variantes de monitoramento priorit&aacute;rio, classiﬁcadas em quatro categorias: variantes de preocupa&ccedil;&atilde;o (VOC), variantes de interesse (VOI), variantes sob monitoramento (VUM) e linhagens de variantes de preocupa&ccedil;&atilde;o sob monitoramento (VOC-LUM). Est&atilde;o em circula&ccedil;&atilde;o apenas as VOCs &Ocirc;micron e Delta.

A dose de refor&ccedil;o da vacina contra a covid-19 aumenta a prote&ccedil;&atilde;o contra a infec&ccedil;&atilde;o causada pelo v&iacute;rus e ajuda tamb&eacute;m na prote&ccedil;&atilde;o contra as variantes Delta e &Ocirc;micron, segundo pesquisa conduzida pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz) Minas, divulgada hoje (8). O estudo mostra que a vacina&ccedil;&atilde;o &eacute; importante mesmo para quem j&aacute; teve covid, pois confere uma imunidade superior &agrave;quela gerada apenas pela doen&ccedil;a.

Durante um ano, pesquisadores acompanharam 1.587 pessoas para observar como reagiam a vacina. O estudo teve como foco pessoas que tomaram a primeira e a segunda dose de CoronaVac e a terceira, ou dose de refor&ccedil;o, da Pfizer.

O estudo mostrou que seis meses ap&oacute;s a aplica&ccedil;&atilde;o da segunda dose, o n&iacute;vel de anticorpos presentes no organismo cai. Mas, com a dose de refor&ccedil;o, a prote&ccedil;&atilde;o &eacute; restabelecida. As an&aacute;lises mostraram que a chamada taxa de soropositividade passou de 98%, ap&oacute;s 30 e 60 dias da aplica&ccedil;&atilde;o da vacina, para 69%, no per&iacute;odo que compreendeu entre 91 e 180 dias ap&oacute;s a vacina&ccedil;&atilde;o. Com a aplica&ccedil;&atilde;o do refor&ccedil;o da Pfizer, esses &iacute;ndices foram restabelecidos, chegando a 100% de soropositividade, 15 dias ap&oacute;s a aplica&ccedil;&atilde;o.

No caso da variante &Ocirc;micron, o estudo mostrou que, 30 dias ap&oacute;s a segunda dose, a CoronaVac gerou anticorpos neutralizantes em apenas 17% dos indiv&iacute;duos analisados. Essa porcentagem caiu para 10% 60 dias ap&oacute;s a segunda dose. Com a dose de refor&ccedil;o da Pfizer, no entanto, o n&uacute;mero de amostras que apresentaram anticorpos neutralizantes contra a &Otilde;micron subiu para 77% dos indiv&iacute;duos analisados. J&aacute; para a variante Delta, as duas doses de CoronaVac foram efetivas contra esta variante e a prote&ccedil;&atilde;o aumentou com a dose de refor&ccedil;o.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Rafaella Fortini, os dados s&atilde;o claros e mostram a import&acirc;ncia da resposta gerada pela CoronaVac e como esta resposta imune se torna ainda mais forte e robusta quando a dose de refor&ccedil;o da Pfizer &eacute; introduzida.

Redu&ccedil;&atilde;o de casos

O estudo tamb&eacute;m mostrou uma redu&ccedil;&atilde;o de casos de covid-19 entre os indiv&iacute;duos vacinados. Antes da vacina&ccedil;&atilde;o, dentre os 1.587 participantes, um total de 247, ou seja, 15,6%, havia testado positivo e, desse montante, 136, ou 8,6%, foram diagnosticados com covid-19 longa. Depois da vacina&ccedil;&atilde;o, apenas 75 (4,7%) testaram positivo, dentre os quais somente 5 (0,3%) tiveram covid-19 longa.

Os participantes que tiveram covid-19 antes de se vacinarem tiveram &iacute;ndices de anticorpos superiores ap&oacute;s tomarem a vacina, o que, segundo o estudo, mostra a import&acirc;ncia da vacina&ccedil;&atilde;o mesmo entre aqueles que j&aacute; tiveram a doen&ccedil;a.

Em rela&ccedil;&atilde;o aos efeitos adversos, 325 pessoas tiveram alguma rea&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s a aplica&ccedil;&atilde;o da CoronaVac e 391, da Pfizer. A rea&ccedil;&atilde;o mais comum foi dor de cabe&ccedil;a e dor no local da inje&ccedil;&atilde;o. Diarreia, corrimento nasal, febre, mialgia e prostra&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m foram relatados.

De acordo com Rafaella,&nbsp; todos os participantes se recuperaram e nenhum evento adverso grave foi registrado. &ldquo;Assim, refor&ccedil;amos a seguran&ccedil;a e a efetividade dessa combina&ccedil;&atilde;o de duas doses de CoronaVac e uma dose de refor&ccedil;o com vacina da Pfizer, com a manuten&ccedil;&atilde;o de uma resposta imune de anticorpos e de c&eacute;lulas efetiva contra o Sars-CoV-2. Vacinas que s&atilde;o importantes de serem mantidas pelo Programa Nacional de Imuniza&ccedil;&otilde;es&rdquo;, diz.

A pesquisa foi feita com trabalhadores do Hospital da Baleia e Hospital Metropolitano Dr. C&eacute;lio de Castro, ambos em Belo Horizonte (MG). Os participantes tinham idades entre 18 e 90 anos, sendo a m&eacute;dia de 39 anos. A maioria, 76,1%, eram mulheres, e 28,8% relataram ter alguma comorbidade, como hipertens&atilde;o, obesidade, asma e diabetes.

A continuidade da tend&ecirc;ncia de queda nos casos, interna&ccedil;&otilde;es e &oacute;bitos por covid-19 indica que a terceira onda de infec&ccedil;&otilde;es, causada pela variante &Ocirc;micron, est&aacute; terminando. A avalia&ccedil;&atilde;o &eacute; de pesquisadores da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz), que divulgaram hoje (8) o Boletim do Observat&oacute;rio Covid-19.

Os cientistas veem um cen&aacute;rio bastante positivo no pa&iacute;s, com uma queda de 36% nos novos casos e de 41% nos &oacute;bitos pela doen&ccedil;a, na compara&ccedil;&atilde;o dos dados de 20 de mar&ccedil;o a 2 de abril com os de 6 a 19 de mar&ccedil;o.

&quot;Como reflexo dessa tend&ecirc;ncia geral, houve queda dos indicadores de transmiss&atilde;o em grande parte dos estados, como Rond&ocirc;nia, Roraima, Tocantins, Maranh&atilde;o, Cear&aacute;, Rio Grande do Norte, Para&iacute;ba, Alagoas, Esp&iacute;rito Santo, Paran&aacute;, Santa Catarina, Mato Grosso e tamb&eacute;m no Distrito Federal&quot;, afirma a Fiocruz, que destaca ainda que, pela primeira vez desde maio de 2020, nenhum estado superou a marca de 0,3 &oacute;bito por 100 mil habitantes.

A m&eacute;dia m&oacute;vel de mortes por covid-19 chegou a 215 v&iacute;timas por dia em um per&iacute;odo de sete dias, e a letalidade da doen&ccedil;a tamb&eacute;m est&aacute; abaixo de outros momentos da pandemia. Entre os que testaram positivo para a doen&ccedil;a, 0,8% foram a &oacute;bito, propor&ccedil;&atilde;o que j&aacute; chegou a 3% em 2021.

Vacina&ccedil;&atilde;o

A queda no n&uacute;mero de mortes e na letalidade da covid-19 est&aacute; relacionada &agrave; vacina&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o. O pa&iacute;s conta com 82,5% da popula&ccedil;&atilde;o com a primeira dose, 75,4% com o esquema de vacina&ccedil;&atilde;o completo (duas doses ou dose &uacute;nica) e 37,1% com a dose de refor&ccedil;o. Tamb&eacute;m contribui para que haja menos v&iacute;timas a menor gravidade da infec&ccedil;&atilde;o pela &Ocirc;micron, que evolui para casos severos com menor frequ&ecirc;ncia.

&quot;A amplia&ccedil;&atilde;o da vacina&ccedil;&atilde;o, atingindo regi&otilde;es com baixa cobertura e doses de refor&ccedil;o em grupos populacionais mais vulner&aacute;veis, pode reduzir ainda mais os impactos da pandemia sobre mortalidade e interna&ccedil;&otilde;es. Ao mesmo tempo, todo o sistema de sa&uacute;de deve se valer do per&iacute;odo de menor transmiss&atilde;o da covid-19 para readequar os servi&ccedil;os para o atendimento de demandas represadas&quot;, recomendam os pesquisadores.

O boletim InfoGripe, tamb&eacute;m da Fiocruz, j&aacute; havia apontado nesta semana que a participa&ccedil;&atilde;o do SARS-CoV-2 entre os casos de s&iacute;ndrome respirat&oacute;ria aguda grave (SRAG) causados por v&iacute;rus respirat&oacute;rio chegou ao menor percentual da pandemia, com 50,7%. Em momentos mais cr&iacute;ticos, essa participa&ccedil;&atilde;o passou de 98%.

O menor n&uacute;mero de casos severos de covid-19 tem permitido que os estados reduzam o n&uacute;mero de leitos de terapia intensiva destinados apenas a adultos com a doen&ccedil;a no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de. Mesmo com essa diminui&ccedil;&atilde;o, a Fiocruz avalia que os estados vem mantendo taxas bem baixas de ocupa&ccedil;&atilde;o de leitos por covid-19.

&quot;A din&acirc;mica de alguns dados j&aacute; aponta para a reorganiza&ccedil;&atilde;o dos servi&ccedil;os no sentido de menos foco na covid-19 e amplia&ccedil;&atilde;o do atendimento a outros problemas de sa&uacute;de. O passivo assistencial em toda a rede de servi&ccedil;os de sa&uacute;de &eacute; desafiador ap&oacute;s pouco mais de dois anos da pandemia&quot;, aponta o boletim.

A Fiocruz alerta que metade dos &oacute;bitos na &uacute;ltima semana epidemiol&oacute;gica foi registrada em pessoas com ao menos 74 anos, o que refor&ccedil;a a vulnerabilidade dessa popula&ccedil;&atilde;o diante da doen&ccedil;a. Os pesquisadores ressaltam que &eacute; necess&aacute;ria a aplica&ccedil;&atilde;o de uma quarta dose nesse grupo:

&quot;Concomitantemente, h&aacute; necessidade absoluta de avan&ccedil;o na vacina&ccedil;&atilde;o dos mais jovens eleg&iacute;veis (5 a 11 anos) e o in&iacute;cio do debate sobre vacina&ccedil;&atilde;o na faixa de 0 a 4 anos&quot;, diz a funda&ccedil;&atilde;o, que acrescenta que tem aumentado a contribui&ccedil;&atilde;o dos mais jovens, principalmente de crian&ccedil;as, no quantitativo total de n&uacute;mero de casos.

Foi identificado o&nbsp;caso de mais uma&nbsp;variante do novo coronav&iacute;rus no Brasil. O Instituto Butantan informou que encontrou uma pessoa infectada com a subvariante denominada XE, que mistura duas modalidades da &Ocirc;micron.

O caso foi confirmado&nbsp;pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, que divulgou nota anunciando que recebeu a notifica&ccedil;&atilde;o do Instituto Butantan. A pasta acrescentou que &ldquo;mant&eacute;m o constante monitoramento do cen&aacute;rio epidemiol&oacute;gico da covid-19&rdquo;.

A variante XE &eacute; uma combina&ccedil;&atilde;o de duas cepas diferentes da &Ocirc;micron: BA.1 e BA.2. O primeiro caso foi mapeado na cidade de Londres, em janeiro deste ano. Segundo o Instituto Butantan, a taxa de crescimento da XE&nbsp;&eacute; 10% superior &agrave; da cepa BA.2.

Contudo, o Instituto informa que ainda n&atilde;o h&aacute; evid&ecirc;ncias suficientes acerca de mudan&ccedil;as, vantagens e desvantagens da circula&ccedil;&atilde;o a nova variante em aspectos como gravidade, transmiss&atilde;o e efic&aacute;cia de vacinas j&aacute; existentes.

O Brasil registrou queda de 60,4% na m&eacute;dia m&oacute;vel de &oacute;bitos por covid-19 desde o pico nas ocorr&ecirc;ncias causadas pela variante &Ocirc;micron. Segundo o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, o recuo foi de 895,36, em 18 de fevereiro, para 354,3, registrado na segunda-feira (21). A m&eacute;dia m&oacute;vel de casos caiu 77,7% desde o dia 5 de fevereiro, quando a pandemia atingiu a m&aacute;xima hist&oacute;rica de casos, registrando m&eacute;dia de 183 mil.

De acordo com a pasta, a vacina&ccedil;&atilde;o contra a covid-19 &eacute; a principal respons&aacute;vel pela queda nos registros. Atualmente, 91,38% da popula&ccedil;&atilde;o acima de 12 anos est&aacute; vacinada com a primeira dose (D1) e 85,35% desse mesmo p&uacute;blico est&aacute; imunizada com a dose &uacute;nica ou com a segunda dose (D2).

Pesquisa da Universidade de Oxford indica que a vacina&ccedil;&atilde;o aumenta em at&eacute; 100 vezes a imunidade contra a doen&ccedil;a. At&eacute; o momento, 41% do p&uacute;blico vacin&aacute;vel tomou o refor&ccedil;o. Atualmente, 59,4 milh&otilde;es de brasileiros est&atilde;o prontos para o recebimento da dose de refor&ccedil;o, mas ainda n&atilde;o voltaram aos postos de vacina&ccedil;&atilde;o. A mesma pesquisa indica 17,6 milh&otilde;es de pessoas s&oacute; receberam a primeira dose.

A AstraZeneca informou nesta segunda-feira (21) que seu coquetel &agrave; base de anticorpos para prevenir e tratar a covid-19 mant&eacute;m atividade neutralizante contra subvariantes da variante &Ocirc;micron do novo coronav&iacute;rus, incluindo a BA.2 altamente contagiosa. O resultado foi obtido em estudo de laborat&oacute;rio independente.

Esses s&atilde;o os primeiros dados que analisam o impacto do tratamento Evusheld, da AstraZeneca, em &quot;primas&quot; da variante &Ocirc;micron, ap&oacute;s recente aumento global de casos. A farmac&ecirc;utica anglo-sueca disse, em dezembro, que outro estudo de laborat&oacute;rio mostrou que o Evusheld mantinha atividade neutralizante contra a &Ocirc;micron.

Dados de estudo mais recente, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos (EUA), mostraram que a terapia reduziu a quantidade de v&iacute;rus detectada em amostras - carga viral - de todas as subvariantes da &Ocirc;micron testadas em pulm&otilde;es de ratos, afirmou a AstraZeneca. O estudo ainda precisa ser revisado.

O Evusheld foi testado contra as subvariantes BA.1, BA.1.1 e BA.2 da &Ocirc;micron. Tamb&eacute;m foi demonstrada no estudo limita&ccedil;&atilde;o da inflama&ccedil;&atilde;o nos pulm&otilde;es - sintoma cr&iacute;tico em infec&ccedil;&otilde;es graves por covid-19.

&quot;As conclus&otilde;es apoiam ainda mais o Evusheld como op&ccedil;&atilde;o potencialmente importante para ajudar a proteger pacientes vulner&aacute;veis, como os imunocomprometidos, que podem enfrentar resultados ruins se forem infectados pelo novo coronav&iacute;rus&quot;, disse John Perez, chefe de desenvolvimento, vacinas e terapias imunol&oacute;gicas da farmac&ecirc;utica.

Nos testes, o Evusheld reduziu em 77% o risco de desenvolver covid-19 sintom&aacute;tica, afirmou o regulador de medicamentos do Reino Unido na semana passada, depois de aprovar a terapia para prevenir infec&ccedil;&otilde;es em adultos com baixa resposta imune.

Evusheld tamb&eacute;m demonstrou salvar vidas e prevenir a progress&atilde;o da doen&ccedil;a, quando administrado uma semana ap&oacute;s os primeiros sintomas.

A variante &Ocirc;micron correspondeu a mais de 99,7% dos genomas sequenciados pela Rede Gen&ocirc;mica Fiocruz em fevereiro, contra 95,9% em janeiro e 39,4% em dezembro. A atualiza&ccedil;&atilde;o dos resultados da vigil&acirc;ncia sobre as linhagens e variantes do v&iacute;rus Sars-CoV-2 no Brasil foi divulgada hoje (11) pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz), com dados referentes ao per&iacute;odo de 11 de fevereiro a 3 de mar&ccedil;o de 2022.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1447777&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1447777&amp;o=node" />

Nas tr&ecirc;s semanas, o Laborat&oacute;rio de V&iacute;rus Respirat&oacute;rios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro, e os laborat&oacute;rios integrantes da Rede Gen&ocirc;mica Fiocruz nos estados do Amazonas, da Bahia, do Cear&aacute;, de Minas Gerais e de Pernambuco produziram 2.971 genomas. Junto com as unidades do Piau&iacute; e do Paran&aacute;, os centros de monitoramento atendem aos 26 estados brasileiros e ao Distrito Federal.

Segundo o documento, as primeiras amostras da &Ocirc;micron no Brasil foram de casos coletados no fim de novembro de 2021. Em janeiro deste ano, a variante j&aacute; dominava completamente o cen&aacute;rio epidemiol&oacute;gico no pa&iacute;s.

Atualmente a &Ocirc;micron &eacute; classificada em mais de 40 linhagens, iniciadas pela sigla BA. No Brasil, foram identificadas tr&ecirc;s linhagens: BA.1 (13.072 genomas), BA.1.1 (2.193 genomas) e BA.2 (21 genomas). A circula&ccedil;&atilde;o da subvariante BA.2, detectada no pa&iacute;s no in&iacute;cio de fevereiro, &eacute; considerada baixa. O Laborat&oacute;rio de Refer&ecirc;ncia Nacional tamb&eacute;m sequenciou os genomas de primeira e segunda amostras de dez casos de reinfec&ccedil;&atilde;o relacionados &agrave; BA.1. 
 
Neste relat&oacute;rio, a mediana do intervalo entre a coleta da amostra e o dep&oacute;sito do genoma no Gisaid foi de 59 dias, com diferen&ccedil;as significativas entre as unidades federativas. Os pesquisadores ressaltaram, entretanto, que h&aacute; uma forte tend&ecirc;ncia de diminuir esse intervalo porque, nos &uacute;ltimos meses, a mediana ficou abaixo de 31 dias.

O pico da variante &Ocirc;micron levou a um recorde de casos de covid-19 em todo o mundo no in&iacute;cio de 2022, e a queda da curva que se seguiu a ele no Brasil traz o que a Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz) considera uma janela de oportunidade para o controle da pandemia, que completa dois anos hoje (11). Com menos casos e interna&ccedil;&otilde;es, diminui a press&atilde;o sobre os sistemas de sa&uacute;de e crescem as chances de bloquear a transmiss&atilde;o do v&iacute;rus e a forma&ccedil;&atilde;o de novas variantes aumentando a cobertura vacinal.

&quot;Em um momento em que h&aacute; muitas pessoas imunes &agrave; doen&ccedil;a, se houver uma alta cobertura vacinal completa, h&aacute; a possibilidade de tanto reduzir o n&uacute;mero de casos, interna&ccedil;&otilde;es e &oacute;bitos, como bloquear a circula&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus&quot;, destacava o boletim do Observat&oacute;rio Covid-19 da Fiocruz no in&iacute;cio de fevereiro ao prever a queda de casos confirmada nas &uacute;ltimas semanas.

&quot;A previs&atilde;o de uma situa&ccedil;&atilde;o mais confort&aacute;vel, por&eacute;m, ainda n&atilde;o significa o fim da pandemia, refor&ccedil;a o pesquisador Raphael Guimar&atilde;es, que integra o observat&oacute;rio. &ldquo;A gente entende que o Brasil deve entrar em uma fase mais otimista&rdquo;, afirma ele.&nbsp;

Para aproveitar esse momento promissor, ele destaca que o pa&iacute;s precisa avan&ccedil;ar na vacina&ccedil;&atilde;o e reduzir a desigualdade nas coberturas vacinais, que se d&aacute; tanto entre estados, como entre munic&iacute;pios e at&eacute; entre popula&ccedil;&otilde;es dentro de cada cidade.&nbsp;

&ldquo;O que a gente precisa pensar &eacute; que toda pol&iacute;tica p&uacute;blica deve ter por princ&iacute;pio minimizar as iniquidades que acontecerem em cada escala geogr&aacute;fica. &Eacute; preciso uma pol&iacute;tica coordenada do governo federal para reduzir as iniquidades entre estados. Os estados precisam ter essa leitura para reduzir a desigualdade entre os munic&iacute;pios, e os munic&iacute;pios, para reduzir entre os bairros. E tudo isso tem que acontecer de forma coordenada.&rdquo;

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, ainda &eacute; dif&iacute;cil dizer se a queda do n&uacute;mero de casos, proporcionada pela imunidade das vacinas somada aos anticorpos adquiridos pelas pessoas infectadas pela &Ocirc;micron recentemente, vai ser o suficiente para indicar o fim da pandemia. Ele ressalta que a expectativa de um cen&aacute;rio mais positivo depende de n&atilde;o surgir uma nova variante de preocupa&ccedil;&atilde;o capaz de causar uma nova onda de cont&aacute;gio.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro publicou em seu perfil no Twitter que o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de estuda rebaixar a situa&ccedil;&atilde;o da covid-19 no Brasil para endemia, o que significa que a doen&ccedil;a passaria a ser considerada parte do cotidiano, como outras doen&ccedil;as j&aacute; acompanhadas pelos sistemas de sa&uacute;de. Em nota divulgada no mesmo dia, o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de confirmou que j&aacute; estava adotando as medidas necess&aacute;rias para reclassificar o status da covid-19 no Brasil que, atualmente, &eacute; identificado como pandemia.

Chebabo ressalta que a situa&ccedil;&atilde;o de pandemia &eacute; internacional, afeta todos os continentes, e por isso foi declarada pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de.

Com a tend&ecirc;ncia de melhora no cen&aacute;rio epidemiol&oacute;gico da covid-19 no Rio de Janeiro, o Comit&ecirc; Especial de Enfrentamento &agrave; Covid-19, conhecido como Comit&ecirc; Cient&iacute;fico da prefeitura, deve avaliar na pr&oacute;xima reuni&atilde;o a necessidade do uso de m&aacute;scara de prote&ccedil;&atilde;o em locais fechados.A informa&ccedil;&atilde;o &eacute; do secret&aacute;rio Municipal de Sa&uacute;de, Daniel Soranz.

O uso de m&aacute;scara em ambientes abertos n&atilde;o &eacute; mais obrigat&oacute;rio desde final de outubro&nbsp;e outras medidas restritivas, como&nbsp;limite de ocupa&ccedil;&atilde;o de ambientes, foram retiradas em novembro, antes do aumento de contamina&ccedil;&atilde;o pela variante &Ocirc;micron, visto em janeiro. No in&iacute;cio do ano, n&atilde;o foram impostas nem revistas as medidas restritivas.

De acordo com Soranz, a reuni&atilde;o do Comit&ecirc; Cient&iacute;fico estava marcada para o dia 14, mas foi antecipada para o dia 7 a pedido do prefeito, Eduardo Paes.

&ldquo;Com um panorama epidemiol&oacute;gico mais favor&aacute;vel, nada mais correto do que a gente acompanhar esses dados com altera&ccedil;&atilde;o das medidas. Claro que se em algum momento a gente ver aumento nos casos, nas interna&ccedil;&otilde;es, a gente pode voltar com alguma medida restritiva. Mas n&atilde;o &eacute; o que parece. Com uma alta cobertura vacinal, a gente est&aacute; vendo outros pa&iacute;ses tamb&eacute;m retirando essas medidas restritivas, aqui no Rio de Janeiro n&atilde;o seria diferente&rdquo;, disse o secret&aacute;rio.

Soranz adiantou tamb&eacute;m que deve ser definido um par&acirc;metro de cobertura da dose de refor&ccedil;o da vacina contra a covid-19 para que o passaporte vacinal na cidade deixe de ser obrigat&oacute;rio. A cobertura atual na popula&ccedil;&atilde;o adulta &eacute; de 99,1% com as duas doses e 53% com o refor&ccedil;o.

&ldquo;A gente vai definir na reuni&atilde;o do comit&ecirc;. Mas a expectativa &eacute; que chegando entre 70%, 80% da popula&ccedil;&atilde;o adulta com dose de refor&ccedil;o, a gente possa retirar a cobran&ccedil;a do passaporte vacinal na cidade do Rio de Janeiro. A gente viu que mesmo com as aglomera&ccedil;&otilde;es, mesmo com o intenso fluxo de turistas, a alta cobertura vacinal segurou o aumento do n&uacute;mero de casos graves. Mas essa prote&ccedil;&atilde;o e essa cobertura n&atilde;o duram para sempre&rdquo;.

Soranz alertou que a falta da dose de refor&ccedil;o pode, inclusive, levar &agrave; reintrodu&ccedil;&atilde;o de variantes do novo coronav&iacute;rus que j&aacute; n&atilde;o circulam na cidade.

&ldquo;A gente tem insistido muito com isso, porque pode ser uma falsa sensa&ccedil;&atilde;o de seguran&ccedil;a achar que a gente est&aacute; seguro por um per&iacute;odo muito maior e n&atilde;o estamos se a gente n&atilde;o fizer a dose de refor&ccedil;o, a gente pode ter a reintrodu&ccedil;&atilde;o de uma variante que j&aacute; passou, a gente pode ter um retorno da Delta, o retorno da &Ocirc;micron, o retorno de outra variante que j&aacute; saiu da predomin&acirc;ncia do quadro de variantes na cidade&rdquo;, alertou.

Segundo o secret&aacute;rio, mesmo com as festas particulares e aglomera&ccedil;&otilde;es que ocorreram na cidade durante o carnaval, os n&uacute;meros da pandemia continuam controlados e com tend&ecirc;ncia de queda no Rio de Janeiro.

Com o n&uacute;mero alarmante de casos de &Ocirc;micron no estado e o surgimento da nova variante BA.2, o programa Liga&ccedil;&atilde;o Direta da r&aacute;dio Salvador FM conversou com a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gon&ccedil;alves para entender quest&otilde;es sobre o tema. Segundo ela, o instituto tem identificado a presen&ccedil;a da &Ocirc;micron na maioria das amostras e afirmou que a falta de campanhas voltadas para a vacina&ccedil;&atilde;o, impacta na dissemina&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a.

&ldquo;Seria importante n&oacute;s termos campanhas em prol da vacina&ccedil;&atilde;o. N&oacute;s n&atilde;o temos tido campanhas que efetivamente alertem a popula&ccedil;&atilde;o para a necessidade de se vacinar&rdquo;, explicou.

Apesar do hist&oacute;rico de vacina&ccedil;&atilde;o no Brasil ser positivo, tem-se notado uma resist&ecirc;ncia quanto &agrave; imuniza&ccedil;&atilde;o contra Covid-19.

&ldquo;Hoje n&oacute;s temos redes sociais, que disseminam not&iacute;cias que n&atilde;o s&atilde;o ver&iacute;dicas e isso tamb&eacute;m tem amedrontado um pouco a popula&ccedil;&atilde;o com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; vacina&ccedil;&atilde;o. &Eacute; importante que as pessoas consultem fontes confi&aacute;veis com rela&ccedil;&atilde;o a n&uacute;meros, com rela&ccedil;&atilde;o a efetividade do sistema de vacina&ccedil;&atilde;o brasileira. Por outro lado, n&oacute;s temos tamb&eacute;m o movimento antivacina crescendo em todo o mundo e o Brasil tamb&eacute;m &eacute; alvo desse movimento&rdquo;, alertou Marilda.

O movimento antivacina impacta diretamente nos baixos n&uacute;meros de vacina&ccedil;&atilde;o infantil. &ldquo;A cobertura vacinal de crian&ccedil;as, n&atilde;o s&oacute; com a Covid, mas com rela&ccedil;&atilde;o a outras vacinas, tem sido muito abaixo do esperado&rdquo;. A situa&ccedil;&atilde;o se agrava porque muitos pais t&ecirc;m medo da rea&ccedil;&atilde;o das vacinas nas crian&ccedil;as. Sobre o assunto, ela afirma que o perigo &eacute; m&iacute;nimo. &ldquo;No mundo inteiro n&oacute;s n&atilde;o temos casos adversos graves nas crian&ccedil;as. N&oacute;s erradicamos doen&ccedil;as grav&iacute;ssimas com nossa cobertura vacinal e n&oacute;s n&atilde;o temos visto esses casos de eventos adversos mesmo a longo prazo, a curto em rela&ccedil;&atilde;o a vacina&ccedil;&atilde;o&rdquo;.

No final do m&ecirc;s de janeiro, o Observat&oacute;rio da Fiocruz emitiu um relat&oacute;rio que apontava a Bahia na 7&ordf; posi&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; ocupa&ccedil;&atilde;o de leitos. Apesar da posi&ccedil;&atilde;o alarmante, Marilda afirma que h&aacute; outros fatores a serem analisados. &ldquo;No in&iacute;cio da pandemia, n&oacute;s t&iacute;nhamos mais leitos dispon&iacute;veis e hoje, em v&aacute;rios estados, n&oacute;s temos menos leitos dispon&iacute;veis. Deve ser levado em conta o n&uacute;mero de leitos dispon&iacute;veis em cada estado neste momento&rdquo;.

Em rela&ccedil;&atilde;o ao avan&ccedil;o da variante, a diretora comparou o Brasil com a situa&ccedil;&atilde;o mundial. &ldquo;Na &Aacute;frica do Sul, a gente est&aacute; vendo que tem uma queda na curva dos casos. Ent&atilde;o, no Brasil n&oacute;s estamos vendo uma crescente de casos. N&oacute;s temos tido um aumento do n&uacute;mero de &oacute;bitos por conta da Covid e n&oacute;s j&aacute; ultrapassamos a marca dos mil &oacute;bitos di&aacute;rios. &Eacute; um ponto que a gente realmente tem que ter uma aten&ccedil;&atilde;o muito grande. Os Estados Unidos v&ecirc;m sofrendo com a variante &Ocirc;micron. Eles possuem vacina, mas eles t&ecirc;m muitas pessoas que n&atilde;o se vacinaram. Com rela&ccedil;&atilde;o aos pa&iacute;ses europeus voc&ecirc; tem uma m&eacute;dia maior muito completa em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s doses de refor&ccedil;o, ent&atilde;o se tem um impacto muito menor&rdquo;, explicou.

Ela explicou tamb&eacute;m sobre a BA.2, nova variante da &Ocirc;micron que, apesar de mais transmiss&iacute;vel, n&atilde;o tem apresentado &iacute;ndices letais. &ldquo;Ela chega a ser cerca de 33% mais transmiss&iacute;vel, o que significa que pode ocorrer uma dispers&atilde;o maior da Covid-19. Essa nova subvariante n&atilde;o parece ter uma letalidade maior e tamb&eacute;m ultrapassar a barreira da cobertura vacinal. Ela parece ser mais transmiss&iacute;vel, mas aparentemente, at&eacute; o momento, n&atilde;o existem dados que confirmem a maior letalidade&rdquo;.

No entanto, Marilda apresentou uma preocupa&ccedil;&atilde;o com o aparecimento dessas novas variantes. &ldquo;Eu acredito que n&oacute;s iremos conviver por algum tempo com a Covid-19 e, para que n&atilde;o exista uma dissemina&ccedil;&atilde;o de variantes e subvariantes, &eacute; importante que a popula&ccedil;&atilde;o mantenha todos os cuidados. N&oacute;s n&atilde;o podemos, neste momento abrir m&atilde;o dessas medidas&rdquo;, alertou.

Nas &uacute;ltimas 24h, o estado apresentou 74 &oacute;bitos por Covid. Marilda explicou o que&nbsp; poderia ter implicado para a crescente dos casos. &ldquo;A popula&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou a ficar mais tranquila e n&atilde;o levar em conta todas essas medidas que s&atilde;o necess&aacute;rias para o controle da infec&ccedil;&atilde;o, ent&atilde;o n&oacute;s tivemos as festas de final de ano, n&oacute;s tivemos a fam&iacute;lia reunindo, n&oacute;s tivemos pessoas vacinas com pessoas n&atilde;o vacinadas e tudo tem contribu&iacute;do para a dissemina&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a&rdquo;, explicou.

Finalizando, Marilda fez um alerta &agrave; popula&ccedil;&atilde;o. &ldquo;N&oacute;s estamos em um momento de cuidado e de aten&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o podemos abrir a guarda, precisamos ficar atentos porque &eacute; uma doen&ccedil;a transmiss&iacute;vel e n&oacute;s precisamos nos cuidar e cuidar das pessoas mais pr&oacute;ximas. Esse aumento de casos &eacute; um reflexo do afrouxamento dessas medidas. N&oacute;s precisamos, como popula&ccedil;&atilde;o, ter a consci&ecirc;ncia de que essas medidas devem ser mantidas, elas n&atilde;o podem ser afrouxadas nesse momento.

Os casos hospitalares e de pessoas internadas em unidades de terapia intensiva por covid-19 na Austr&aacute;lia continuaram a cair hoje (8). As autoridades pedem &agrave; popula&ccedil;&atilde;o que tome as doses de refor&ccedil;o da vacina para prevenir doen&ccedil;as graves e mortes pelo novo coronav&iacute;rus.

Alimentado pela variante &Ocirc;micron do novo coronav&iacute;rus, o total de infec&ccedil;&otilde;es na Austr&aacute;lia j&aacute; atingiu quase 2,4 milh&otilde;es, quase 10% da popula&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s, com cerca de 2,2 milh&otilde;es apenas nos &uacute;ltimos dois meses.

O impacto menos letal da &Ocirc;micron e o ritmo crescente do programa de doses de refor&ccedil;oda vacina t&ecirc;m alimentado o otimismo de que o pior surto da pandemia na Austr&aacute;lia pode ter atingido o pico.

Dominic Perrottet, l&iacute;der de Nova Gales do Sul, manifestou esperan&ccedil;a em meio a um decl&iacute;nio constante nos casos hospitalares.

Pouco mais de 2 mil pessoas com covid-19 est&atilde;o em hospitais no estado, o mais populoso da Austr&aacute;lia e o mais atingido durante a onda da &Ocirc;micron. Essa &eacute; a contagem mais baixa em tr&ecirc;s semanas.

&ldquo;&Eacute; bom ver o decl&iacute;nio nas hospitaliza&ccedil;&otilde;es e admiss&otilde;es na UTI e esperamos que essa tend&ecirc;ncia continue&rdquo;, disse o chefe de Sa&uacute;de de Nova Gales do Sul, Kerry Chant.

A Austr&aacute;lia teve grande sucesso em conter a covid-19 no in&iacute;cio da pandemia, ajudada por duras restri&ccedil;&otilde;es de viagens e distanciamento social. Come&ccedil;ou a flexibilizar as medidas no fim do ano passado, depois de atingir taxas de vacina&ccedil;&atilde;o mais altas, apesar da amea&ccedil;a da variante &Ocirc;micron.

O ministro da Sa&uacute;de, Marcelo Queiroga, afirmou que o Brasil ainda n&atilde;o chegou ao pico da nova onda da covid-19 causada pela variante &Ocirc;micron. No Brasil h&aacute; cerca de dois meses, a nova cepa registrou, no fim&nbsp;de janeiro, 300 mil casos di&aacute;rios de infec&ccedil;&otilde;es do coronav&iacute;rus. &quot;Analisando a &uacute;ltima semana epidemiol&oacute;gica do pa&iacute;s, tivemos aumento de casos causado pela covid-19 e ainda n&atilde;o chegamos no pico da onda causada pela &Ocirc;micron. O enfrentamento contra a doen&ccedil;a continua&quot;, avaliou Queiroga nesse&nbsp;s&aacute;bado&nbsp;(5), pelo&nbsp;Twitter.

Ainda segundo o ministro da Sa&uacute;de, a pasta monitora a press&atilde;o sobre o sistema de sa&uacute;de e a ocupa&ccedil;&atilde;o de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). &quot;H&aacute; espa&ccedil;o para abertura de novos leitos e estamos apoiando os Estados sempre que necess&aacute;rio. A aten&ccedil;&atilde;o prim&aacute;ria tamb&eacute;m tem sido refor&ccedil;ada&quot;, ressaltou.

Na mesma postagem, Marcelo Queiroga enfatizou a import&acirc;ncia da vacina&ccedil;&atilde;o para que os casos tenham sintomas mais leves. &quot;Se voc&ecirc; ainda n&atilde;o tomou a&nbsp;segunda&nbsp;dose e a dose de refor&ccedil;o, n&atilde;o esque&ccedil;a de completar seu esquema vacinal&rdquo;, alertou.

A Fiocruz identificou, a partir da t&eacute;cnica de sequenciamento gen&eacute;tico, dois casos da linhagem BA.2 da variante &Ocirc;micron, um no&nbsp;estado&nbsp;do Rio&nbsp;de Janeiro&nbsp;e outro no de Santa Catarina, conforme divulgado pelas secretarias estaduais de Sa&uacute;de. A informa&ccedil;&atilde;o foi divulgada neste&nbsp;s&aacute;bado&nbsp;(5) pela Fiocruz.

A confirma&ccedil;&atilde;o foi realizada pelo Laborat&oacute;rio de V&iacute;rus Respirat&oacute;rios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como Centro de Refer&ecirc;ncia Nacional em v&iacute;rus respirat&oacute;rios junto ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de e que vem atuando no mapeamento de genomas do v&iacute;rus desde o in&iacute;cio da pandemia. O laborat&oacute;rio integra a Rede Gen&ocirc;mica Fiocruz.

O diagn&oacute;stico inicial foi feito pelos laborat&oacute;rios dos estados por meio do exame RT-qPCR. As amostras foram encaminhadas para o Laborat&oacute;rio de V&iacute;rus Respirat&oacute;rio e Sarampo do IOC/Fiocruz para a realiza&ccedil;&atilde;o do sequenciamento gen&ocirc;mico, o que confirmou a presen&ccedil;a da subvariante BA.2.

Os resultados finais foram informados &agrave;s secretarias de Sa&uacute;de dos dois estados e ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, de acordo com os protocolos de refer&ecirc;ncia. Segundo a Fiocruz, a&nbsp;nova linhagem &eacute; mais contagiosa, mas ainda &eacute; desconhecido se ela &eacute; mais perigosa.

A rede municipal de Sa&uacute;de da capital baiana j&aacute; conta com incremento de mais dez leitos de UTI, destinados a pacientes com a Covid-19, ap&oacute;s a reabertura de uma tenda de suporte ventilat&oacute;rio pulmonar ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Barris. A instala&ccedil;&atilde;o foi entregue na manh&atilde; deste s&aacute;bado (5) pelo prefeito Bruno Reis, ao lado do titular da Secretaria Municipal da Sa&uacute;de, Leo Prates, e de Carlos Dumet, superintendente da Funda&ccedil;&atilde;o Jos&eacute; Silveira, entidade que vai gerir a estrutura.

A implanta&ccedil;&atilde;o da unidade levou em considera&ccedil;&atilde;o o novo aumento do n&uacute;mero de casos do Sars-Cov-2 no sistema de sa&uacute;de da capital e a alta transmissibilidade da variante &Ocirc;micron. &ldquo;Por isso, a necessidade de um leito de isolamento para tratamento da Covid-19 e, depois, o paciente seguir para um hospital e continuar o tratamento da doen&ccedil;a cr&ocirc;nica, como c&acirc;ncer e AVC&rdquo;, explicou o prefeito.

A unidade de suporte ventilat&oacute;rio tem funcionamento 24 horas por dia, sob demanda regulada, e est&aacute; apta para receber pessoas que est&atilde;o em atendimento na sala vermelha do grip&aacute;rio que existe no local, nas UPAs ou atrav&eacute;s do Servi&ccedil;o de Atendimento M&oacute;vel de Urg&ecirc;ncia (Samu). Na estrutura auxiliar, os pacientes ter&atilde;o atendimento qualificado para quem precisa receber refor&ccedil;o de oxig&ecirc;nio ou intuba&ccedil;&atilde;o.

Estrutura

A unidade com suporte ventilat&oacute;rio pulmonar dos Barris tem prazo m&iacute;nimo de 30 dias, podendo ser prorrogado enquanto a fase cr&iacute;tica da pandemia durar. O investimento mensal ser&aacute; de R$720 mil e a estrutura possui 74 trabalhadores da sa&uacute;de, envolvendo m&eacute;dicos diaristas, m&eacute;dicos plantonistas, enfermeiros e fisioterapeutas na modalidade intensivista.&nbsp;

Al&eacute;m disso, conta com assistente social, farmac&ecirc;utico, nutricionista, coordenador de enfermagem, coordenador m&eacute;dico, supervisor administrativo, t&eacute;cnico de enfermagem, t&eacute;cnico de radiologia e demais trabalhadores da sa&uacute;de. O servi&ccedil;o possui ampla variedade de equipamentos m&eacute;dico hospitalares, mobili&aacute;rios e insumos condizentes com a necessidade da assist&ecirc;ncia no &acirc;mbito da rede de urg&ecirc;ncia e emerg&ecirc;ncia de Salvador.

A partir da an&aacute;lise gen&eacute;tica, pesquisadores observaram que todas as muta&ccedil;&otilde;es existentes na &Ocirc;micron, variante do novo coronav&iacute;rus identificada em novembro de 2021, j&aacute; haviam sido descritas anteriormente. Essa descoberta ajuda a entender a efic&aacute;cia de vacinas j&aacute; existentes para a nova cepa.&nbsp;

&ldquo;N&oacute;s usamos programas de bioinform&aacute;tica e comparamos o genoma, principalmente a prote&iacute;na&nbsp;spike, dessa variante &Ocirc;micron com demais variantes virais, no caso Alfa, Beta, Gama e Delta, e outras variantes de interesse tamb&eacute;m&rdquo;, disse o pesquisador da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de S&atilde;o Paulo (EPM-Unifesp) e coordenador do estudo, Ricardo Dur&atilde;es-Carvalho.

Dur&atilde;es-Carvalho explica que esses programas de biologia computacional permitem encontrar &ldquo;regi&otilde;es parecidas entre as variantes, principalmente nas regi&otilde;es onde o v&iacute;rus se liga &agrave; c&eacute;lula hospedeira, que &eacute; um processo inicial de entrada no humano e come&ccedil;a o processo infeccioso&rdquo;.&nbsp;

O pesquisador acrescenta que, se a &ldquo;chavinha&rdquo; que se liga &agrave; c&eacute;lula humana for parecida com outras cepas, o v&iacute;rus &eacute; alvo de anticorpos. &ldquo;Fizemos uma certa associa&ccedil;&atilde;o que possivelmente uma vacina de fato que foi produzida contra uma variante pode ser de fato eficaz contra essa variante tamb&eacute;m.&rdquo;

O pesquisador conta que o estudo tamb&eacute;m usa ferramentas de evolu&ccedil;&atilde;o molecular, pela qual se estuda o n&iacute;vel molecular com que o v&iacute;rus evolui ao longo do tempo. &ldquo;Como ele est&aacute; evoluindo &eacute; uma forma de voc&ecirc; monitorar aquele v&iacute;rus&rdquo;.

Segundo Dur&atilde;es-Carvalho, a pesquisa identificou que o coronav&iacute;rus tem muta&ccedil;&otilde;es parecidas em todas as variantes, &ldquo;ou seja, ele carrega esse tra&ccedil;o de similaridade&rdquo;. &ldquo;Se o v&iacute;rus tem essa caracter&iacute;stica de as novas gera&ccedil;&otilde;es trazerem muta&ccedil;&otilde;es compartilhadas com outras variantes virais, a gente sup&otilde;e, com as devidas propor&ccedil;&otilde;es de efic&aacute;cia vacinal -- &eacute; bom tamb&eacute;m ressaltar isso -- &nbsp;que as vacinas s&atilde;o altamente prov&aacute;veis de serem tamb&eacute;m eficazes&rdquo;, diz, destacando que &eacute; necess&aacute;rio ser cauteloso com esta afirma&ccedil;&atilde;o.

O pesquisador refor&ccedil;a ainda a import&acirc;ncia da vacina&ccedil;&atilde;o e respeito &agrave;s medidas sanit&aacute;rias. &ldquo;Um dado de relev&acirc;ncia &eacute; que de 90% das pessoas que est&atilde;o hospitalizadas, e vindo a &oacute;bito, s&atilde;o pessoas que n&atilde;o tomaram a vacina ou s&atilde;o pessoas que est&atilde;o com esquema vacinal incompleto, mostrando a import&acirc;ncia de se tomar vacina&rdquo;.

A variante &Ocirc;micron est&aacute; presente em todas as regi&otilde;es do pa&iacute;s e respondia, no fim de janeiro, por 95,9% das amostras do coronav&iacute;rus SARS-CoV-2 que passaram por an&aacute;lise gen&eacute;tica da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados foram divulgados&nbsp;hoje&nbsp;(4) pela Rede Gen&ocirc;mica Fiocruz&nbsp;que avaliou 3.739 sequenciamentos feitos entre 14 e&nbsp;27 de janeiro.

A domin&acirc;ncia da nova variante sobre as demais cepas em todo o pa&iacute;s ocorreu ao longo do m&ecirc;s&nbsp;de janeiro, j&aacute; que em dezembro a &Ocirc;micron foi detectada em 39,4% dos genomas sequenciados.&nbsp;&nbsp;

A Fiocruz informa que os primeiros genomas da &Ocirc;micron no Brasil s&atilde;o de amostras do fim&nbsp;de novembro. A partir da&iacute;, a variante se expandiu rapidamente at&eacute; superar a variante Delta ainda em dezembro nas regi&otilde;es Sudeste, Nordeste e Sul.&nbsp;

O sequenciamento gen&eacute;tico &eacute; feito por amostragem a partir de material coletado de testes RT-PCR positivos para SARS-CoV-2. Atuam nesse trabalho o Laborat&oacute;rio de Viroses Respirat&oacute;rias e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e unidades da Funda&ccedil;&atilde;o em seis estados, em parceria com Laborat&oacute;rios Estaduais de Sa&uacute;de P&uacute;blica (LACENs) e com a Coordena&ccedil;&atilde;o-Geral de Laborat&oacute;rios do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.&nbsp;

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