O Instituto Butantan anunciou nesta quinta-feira (7) que est&aacute; desenvolvendo uma vacina contra o v&iacute;rus Zika, que pode causar microcefalia em beb&ecirc;s quando a infec&ccedil;&atilde;o ocorre&nbsp;durante a gesta&ccedil;&atilde;o. O imunizante &eacute; composto pelo v&iacute;rus inativado, plataforma classificada pelo instituto como ideal e mais segura para aplica&ccedil;&atilde;o em gestantes. &nbsp;

A expectativa &eacute; que os testes em animais tenham in&iacute;cio&nbsp;no segundo semestre de 2024. &ldquo;Os pesquisadores t&ecirc;m se dedicado ao estudo da vacina desde 2015, quando o Brasil enfrentou uma epidemia do v&iacute;rus&rdquo;, destacou o Butantan. Dados do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de mostram que, entre 2015 e 2022, o pa&iacute;s registrou quase 1,9 mil casos de microcefalia cong&ecirc;nita.&nbsp;

&ldquo;Estudos de prova de conceito feitos em animais, para avaliar a viabilidade do produto, j&aacute; mostraram que a vacina &eacute; capaz de gerar anticorpos neutralizantes contra o Zika. A pr&oacute;xima etapa, prevista para agosto de 2024, &eacute; fazer testes pr&eacute;-cl&iacute;nicos de seguran&ccedil;a para verificar a tolerabilidade e poss&iacute;veis rea&ccedil;&otilde;es adversas&rdquo;, destacou o Butantan.&nbsp;

&ldquo;Apesar de ainda estar em fase inicial, a expectativa em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; nova candidata a vacina &eacute; positiva. Ela utiliza t&eacute;cnicas cl&aacute;ssicas de produ&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de um adjuvante tradicional, o hidr&oacute;xido de alum&iacute;nio (composto respons&aacute;vel por potencializar a resposta e ajudar a mant&ecirc;-la a longo prazo). S&atilde;o m&eacute;todos conhecidos e considerados seguros pela comunidade cient&iacute;fica.&rdquo;&nbsp;

Vacina&nbsp;

De acordo com o instituto, o processo de produ&ccedil;&atilde;o do imunizante funciona da seguinte forma: as c&eacute;lulas s&atilde;o cultivadas em frascos, multiplicadas em biorreator e inoculadas com o v&iacute;rus; depois, o material &eacute; filtrado para eliminar contaminantes celulares. O passo seguinte &eacute; a inativa&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus, utilizando um reagente qu&iacute;mico cl&aacute;ssico e, depois, ocorre a purifica&ccedil;&atilde;o. Por fim, o v&iacute;rus inativado e purificado &eacute; concentrado e formulado. O produto final pode ser armazenado em refrigera&ccedil;&atilde;o comum &ndash; entre 2 graus Celsius (&deg;C) e 8&deg;C.&nbsp;

Para chegar a duas formula&ccedil;&otilde;es adequadas, foram testadas mais de 60 diferentes composi&ccedil;&otilde;es nos &uacute;ltimos anos. Neste momento, os pesquisadores trabalham na vers&atilde;o final, que ser&aacute; encaminhada para estudos pr&eacute;-cl&iacute;nicos. Com a formula&ccedil;&atilde;o estabelecida, o produto tem uma estabilidade de 100% por pelo menos quatro meses e atividade comprovada por at&eacute; oito meses. &nbsp;

&ldquo;A composi&ccedil;&atilde;o final envolve a adi&ccedil;&atilde;o do adjuvante antes do envasamento nos frascos de vacina, etapa que tende a melhorar ainda mais o perfil de estabilidade do produto&rdquo;, destacou o Butantan. &nbsp;

&ldquo;Vale ressaltar que, sem o v&iacute;rus em circula&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel fazer ensaios cl&iacute;nicos de efic&aacute;cia (fase 3) para avaliar se os vacinados ficam menos doentes do que os n&atilde;o vacinados &ndash; outro motivo para o estudo estar em est&aacute;gio inicial. Hoje, existem dois imunizantes contra o Zika de farmac&ecirc;uticas estrangeiras sendo estudados em pacientes, que se encontram nas fases 1 (de an&aacute;lise de seguran&ccedil;a) e 2 (de an&aacute;lise de imunogenicidade, ou seja, capacidade de induzir anticorpos) de ensaio cl&iacute;nico.&rdquo;&nbsp;

Microcefalia&nbsp;

A microcefalia &eacute; uma condi&ccedil;&atilde;o em que a cabe&ccedil;a do beb&ecirc; &eacute; muito menor do que o esperado, exigindo acompanhamento m&eacute;dico para toda a vida. As crian&ccedil;as podem apresentar convuls&otilde;es, atrasos no desenvolvimento, defici&ecirc;ncia intelectual, problemas motores e de equil&iacute;brio, dificuldade de se alimentar, perda auditiva e problemas de vis&atilde;o. Em quadros mais graves, a expectativa de vida pode variar de alguns meses at&eacute; 10 anos.&nbsp;

A principal forma de evitar a doen&ccedil;a &eacute; eliminar os criadouros do mosquito&nbsp;Aedes aegypti&nbsp;(transmissor do v&iacute;rus), ou seja, evitar ac&uacute;mulo de &aacute;gua parada em vasilhas, vasos de plantas e pneus velhos; instalar telas em janelas e portas; usar roupas compridas (cal&ccedil;as e blusas) ou aplicar repelente nas &aacute;reas do corpo expostas e dar prefer&ecirc;ncia a locais com telas de prote&ccedil;&atilde;o e mosquiteiros.

Covid-19&nbsp;

No Brasil, a epidemia do zika durou aproximadamente um ano, o que, segundo o Butantan, desacelerou o estudo. Os cientistas, entretanto, continuaram trabalhando nas etapas de produ&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus, inativa&ccedil;&atilde;o, an&aacute;lise de qualidade, purifica&ccedil;&atilde;o e formula&ccedil;&atilde;o. O trabalho seguiu at&eacute; 2020, quando todos os esfor&ccedil;os das equipes de virologia precisaram se voltar para a covid-19 e foi preciso pausar o projeto.&nbsp;

Em meio ao aumento de casos de dengue, Zika e chikungunya no Brasil, o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de lan&ccedil;ou nesta quinta-feira (4) a campanha nacional de combate &agrave;s tr&ecirc;s arboviroses. Com a mensagem Brasil unido contra a dengue, Zika e chikungunya, a pasta alerta para sinais, sintomas, preven&ccedil;&atilde;o e controle das doen&ccedil;as, transmitidas por um mesmo vetor, o mosquito, em particular o&nbsp;Aedes aegypti, popularmente conhecido como pernilongo rajado em raz&atilde;o das listras brancas nas pernas.

A reintrodu&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus da dengue no Brasil aconteceu em 1986. J&aacute; o chikungunya foi registrado pela primeira vez em 2014, enquanto o Zika foi identificado no pa&iacute;s em 2015.

De acordo com a diretora do Departamento de Doen&ccedil;as Transmiss&iacute;veis da Secretaria de Vigil&acirc;ncia em Sa&uacute;de e Ambiente do minist&eacute;rio, Alda Cruz, o Brasil registra epidemias sucessivas de dengue com intervalos cada vez mais curtos entre os surtos, enquanto Zika e chikungunya tamb&eacute;m se mant&ecirc;m com taxas end&ecirc;micas ao longo dos anos.

Fumac&ecirc;

Este ano, foram investidos mais de R$ 84 milh&otilde;es na compra de insumos para o controle vetorial do Aedes aegypti. Popularmente conhecido como fumac&ecirc;, um dos inseticidas usados no controle do mosquito na forma adulta, ser&aacute; distribu&iacute;do ao longo das pr&oacute;ximas semanas ap&oacute;s atraso no fornecimento causado por problemas na aquisi&ccedil;&atilde;o pela gest&atilde;o passada, segundo o minist&eacute;rio. A expectativa &eacute; que a pasta receba cerca de 275 mil litros do produto ainda neste m&ecirc;s, normalizando o envio aos estados e Distrito Federal.

Situa&ccedil;&atilde;o epidemiol&oacute;gica

Dados do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de indicam que, de janeiro a abril deste ano, houve aumento de 30% no n&uacute;mero de casos prov&aacute;veis de dengue em compara&ccedil;&atilde;o com o mesmo per&iacute;odo de 2022. As ocorr&ecirc;ncias passaram de 690,8 mil no ano passado para 899,5 mil neste ano, al&eacute;m de 333 &oacute;bitos confirmados. Os estados com maior incid&ecirc;ncia s&atilde;o Esp&iacute;rito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paran&aacute;, Santa Catarina, Acre e Rond&ocirc;nia.

&ldquo;Fatores como a varia&ccedil;&atilde;o clim&aacute;tica e aumento das chuvas no per&iacute;odo em todo o pa&iacute;s, o grande n&uacute;mero de pessoas suscet&iacute;veis &agrave;s doen&ccedil;as e a mudan&ccedil;a na circula&ccedil;&atilde;o de sorotipo do v&iacute;rus s&atilde;o fatores que podem ter contribu&iacute;do para esse crescimento&rdquo;, destacou o minist&eacute;rio.

J&aacute; em rela&ccedil;&atilde;o ao chikungunya, de janeiro a abril foram notificados 86,9 mil casos da doen&ccedil;a, com taxa de incid&ecirc;ncia de 40,7 casos por 100 mil habitantes. Quando comparado com o mesmo per&iacute;odo de 2022, houve um aumento de 40%. Este ano, at&eacute; o momento, 19 &oacute;bitos foram confirmados. As maiores incid&ecirc;ncias da doen&ccedil;a est&atilde;o no Tocantins, em Minas Gerais, no Esp&iacute;rito Santo e em Mato Grosso do Sul.

Os dados de Zika indicam que, at&eacute; o final de abril, foram notificados 6,2 mil casos da doen&ccedil;a, com taxa de incid&ecirc;ncia de tr&ecirc;s casos por 100 mil habitantes. De acordo com o minist&eacute;rio, houve um aumento de 289% nos casos se comparados com o mesmo per&iacute;odo de 2022, quando o pa&iacute;s registrou 1,6 mil ocorr&ecirc;ncias de Zika. At&eacute; o momento, n&atilde;o houve &oacute;bitos pela doen&ccedil;a. Os estados com maior incid&ecirc;ncia s&atilde;o Acre, Roraima e Tocantins.

Sintomas e preven&ccedil;&atilde;o

Os sintomas de dengue, chikungunya e Zika s&atilde;o semelhantes e incluem febre de in&iacute;cio abrupto acompanhada de dor de cabe&ccedil;a, dores no corpo e articula&ccedil;&otilde;es, prostra&ccedil;&atilde;o, fraqueza, dor atr&aacute;s dos olhos, erup&ccedil;&atilde;o e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, al&eacute;m de n&aacute;useas, v&ocirc;mitos e dores abdominais.

A orienta&ccedil;&atilde;o do minist&eacute;rio &eacute; que a popula&ccedil;&atilde;o procure o servi&ccedil;o de sa&uacute;de mais pr&oacute;ximo de sua resid&ecirc;ncia assim que surgirem os primeiros sinais de qualquer uma das tr&ecirc;s arboviroses.

&ldquo;A preven&ccedil;&atilde;o &eacute; a melhor forma de combater a doen&ccedil;a. Evitar ac&uacute;mulo de inserv&iacute;veis, n&atilde;o estocar pneus em &aacute;reas descobertas, n&atilde;o acumular &aacute;gua em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem ton&eacute;is e caixas d&rsquo;&aacute;gua, receber a visita do agente de sa&uacute;de s&atilde;o algumas iniciativas b&aacute;sicas. Todo local de &aacute;gua parada deve ser eliminado, pois &eacute; l&aacute; que o mosquito transmissor, o&nbsp;Aedes aegypti, coloca os seus ovos&rdquo;, recomenda o minist&eacute;rio.

Painel

A partir desta quinta-feira, a pasta disponibiliza um&nbsp;painel atualizado&nbsp;regularmente com os principais dados de dengue, Zika e chikungunya e a situa&ccedil;&atilde;o epidemiol&oacute;gica das tr&ecirc;s doen&ccedil;as do pa&iacute;s. Na plataforma, &eacute; poss&iacute;vel filtrar as informa&ccedil;&otilde;es por estado e por tipo de arbovirose, al&eacute;m de visualizar orienta&ccedil;&otilde;es e recomenda&ccedil;&otilde;es sobre sintomas e preven&ccedil;&atilde;o.

<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/113678,bruno-reis-diz-que-ida-de-geraldo-junior-para-a-base-de-jeronimo-causou-decepcao-nao-faria" target="_blank">O Prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB),</a> sancionou&nbsp;a Lei&nbsp;N&ordm; 9.677 /2023, nesta ter&ccedil;a-feira (28), que disp&otilde;e sobre a&ccedil;&otilde;es digitais&nbsp;para conscientizar a popula&ccedil;&atilde;o sobre o&nbsp;<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/110643,salvador-intensifica-acao-de-combate-ao-aedes-aegypti" target="_blank">controle das doen&ccedil;as causadas pelo v&iacute;rus da Dengue, da Chikungunya, da Zika e da Febre Amarela.&nbsp;</a>Assim, fica &agrave; cargo do&nbsp;Setor de Vigil&acirc;ncia em Sa&uacute;de do Munic&iacute;pio de Salvador a realiza&ccedil;&atilde;o destas campanhas virtuais.

Al&eacute;m disso, o art.1&ordm; primeiro explica que as medidas n&atilde;o s&atilde;o espec&iacute;ficas a 2023, mas possuem c&aacute;rater cont&iacute;nuo. &quot;As medidas de que trata o caput deste artigo ser&atilde;o deliberadas atrav&eacute;s da realiza&ccedil;&atilde;o de campanhas educativas e de orienta&ccedil;&atilde;o &agrave; popula&ccedil;&atilde;o, em car&aacute;ter permanente, por meio de recursos, como palestras digitais sobre quais os cuidados a serem adotados no<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/112676,anvisa-aprova-nova-vacina-contra-a-dengue" target="_blank"> combate &agrave; Dengue, &agrave; Chikungunya, &agrave; Zika e &agrave; Febre Amarela&quot;,</a> disserta o texto normativo.

Uma colabora&ccedil;&atilde;o nacional - formada por pesquisadores da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de outras 25 institui&ccedil;&otilde;es do Brasil, com apoio da London School of Hygiene &amp; Tropical Medicine - avaliou os impactos na sa&uacute;de dos beb&ecirc;s da infec&ccedil;&atilde;o de gestantes por zika. Publicado no The Lancet Regional Health - Americas no &uacute;ltimo dia 28, o estudo revelou que aproximadamente um ter&ccedil;o dos filhos de m&atilde;es infectadas durante a gravidez apresentou, nos primeiros anos de vida, anormalidades consistentes com a S&iacute;ndrome da Zika Cong&ecirc;nita (SZC). 
 
Segundo a Fiocruz, essa foi a pesquisa sobre o tema que contou a maior quantidade de participantes, conseguindo detectar com mais clareza a rela&ccedil;&atilde;o entre o v&iacute;rus zika e poss&iacute;veis dist&uacute;rbios cong&ecirc;nitos. A necessidade dessa avalia&ccedil;&atilde;o surgiu ap&oacute;s uma epidemia de microcefalia no Brasil, em 2015, mas as amostras pequenas, a alta variabilidade entre as estimativas e a limita&ccedil;&atilde;o dos dados de vigil&acirc;ncia limitavam a possibilidade de calcular os riscos. 
 
&ldquo;As manifesta&ccedil;&otilde;es da s&iacute;ndrome envolvem defici&ecirc;ncias neurol&oacute;gicas funcionais, anormalidades de neuroimagem, altera&ccedil;&otilde;es auditivas e visuais e microcefalia. Tais disfun&ccedil;&otilde;es aparecem mais frequentemente de forma isolada do que em combina&ccedil;&atilde;o, com menos de 0,1% das crian&ccedil;as expostas apresentando duas delas simultaneamente&rdquo;, disse a funda&ccedil;&atilde;o. 
 
Gesta&ccedil;&otilde;es 
Os resultados foram encontrados a partir da an&aacute;lise combinada de dados de 13 estudos que investigam os resultados pedi&aacute;tricos em gesta&ccedil;&otilde;es afetadas pelo v&iacute;rus zika durante a epidemia de 2015-2017 no Brasil. Esses dados abrangem todas as quatro regi&otilde;es do pa&iacute;s afetadas pela epidemia neste per&iacute;odo, com infec&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-natal confirmada em laborat&oacute;rio por testes gen&eacute;ticos e avalia&ccedil;&atilde;o dos potenciais efeitos adversos em n&iacute;vel individual. 
 
Segundo o pesquisador Ricardo Arraes de Alencar Ximenes, da Universidade de Pernambuco e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que liderou o estudo, esse trabalho d&aacute; uma contribui&ccedil;&atilde;o fundamental para a compreens&atilde;o das consequ&ecirc;ncias para a sa&uacute;de da infec&ccedil;&atilde;o pelo v&iacute;rus zika durante a gravidez, pois re&uacute;ne dados individuais de crian&ccedil;as nascidas de 1.548 gestantes residentes em diferentes regi&otilde;es do pa&iacute;s que tiveram o diagn&oacute;stico confirmado de infec&ccedil;&atilde;o pelo v&iacute;rus zika durante a gravidez, permitindo uma estimativa mais precisa dos riscos. 
 
Microcefalia 
Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; microcefalia, condi&ccedil;&atilde;o neurol&oacute;gica em que a cabe&ccedil;a do beb&ecirc; &eacute; menor do que o esperado para sua idade e sexo, uma a cada 25 crian&ccedil;as nascidas de m&atilde;es infectadas pelo v&iacute;rus zika durante a gravidez apresentou a disfun&ccedil;&atilde;o no nascimento ou durante o acompanhamento. 
Segundo a Fiocruz, na maioria dos casos, a condi&ccedil;&atilde;o era detect&aacute;vel pr&oacute;ximo ao momento do nascimento, mas algumas crian&ccedil;as nascidas com per&iacute;metro cef&aacute;lico normal desenvolveram a microcefalia nos anos seguintes. 
 
De acordo com a pesquisa, o risco de filhos de m&atilde;es infectadas por zika na gesta&ccedil;&atilde;o apresentarem microcefalia foi de 2,6% no nascimento ou quando avaliados pela primeira vez, aumentando para 4% nos primeiros anos pr&eacute;-escolares. Esse risco foi relativamente consistente nos diferentes locais de estudo, sem apresentar varia&ccedil;&atilde;o relativa &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es socioecon&ocirc;micas ou &aacute;rea geogr&aacute;fica. 
 
Conforme a Fiocruz, a realiza&ccedil;&atilde;o de estudos adicionais com tempo de acompanhamento mais longo &eacute; apontada pela equipe de pesquisadores como o futuro do estudo publicado. Os poss&iacute;veis caminhos para investiga&ccedil;&atilde;o incluem a avalia&ccedil;&atilde;o do risco de hospitaliza&ccedil;&atilde;o e morte para crian&ccedil;as com microcefalia &agrave; medida que envelhecem e, naquelas sem microcefalia, averiguar os riscos de outras complica&ccedil;&otilde;es, como aquelas ligadas ao desenvolvimento comportamental ou neuropsicomotor.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), &oacute;rg&atilde;o vinculado &agrave; Secretaria Municipal da Sa&uacute;de (SMS), vai realizar nesta ter&ccedil;a-feira (30), a partir das 8h, a instala&ccedil;&atilde;o de armadilhas contra o mosquito em algumas escolas da rede municipal de ensino de Salvador. A estrat&eacute;gia faz parte do Plano Ver&atilde;o Sem Mosquito e tem a inten&ccedil;&atilde;o de alertar os alunos sobre a import&acirc;ncia do combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

As escolas que v&atilde;o receber a a&ccedil;&atilde;o s&atilde;o: a Escola Municipal de Coutos, Escola Municipal do Beiru, Centro Municipal de Educa&ccedil;&atilde;o Infantil Augusto Lopes Pontes (Boa Viagem), Escola Municipal Herc&iacute;lia Moreira (Rio Vermelho), Escola Municipal Jo&atilde;o Pedro dos Santos (Brotas) e Escola Municipal Barbosa Romeo (S&atilde;o Crist&oacute;v&atilde;o).

A mobiliza&ccedil;&atilde;o, iniciada nesta segunda (29), colocou a ferramenta em mais de dez escolas e contou com participa&ccedil;&atilde;o ativa no processo da comunidade escolar. Em cada col&eacute;gio s&atilde;o instaladas tr&ecirc;s armadilhas, que ser&atilde;o retiradas pelos agentes e alunos na semana seguinte.

Dados

Entre janeiro e novembro de 2021, Salvador registrou 725 casos de dengue, 384 ocorr&ecirc;ncias de chikungunya e 57 notifica&ccedil;&otilde;es para zika. Se comparado com o mesmo per&iacute;odo do ano passado, as tr&ecirc;s doen&ccedil;as tiveram uma redu&ccedil;&atilde;o em mais de 90%.

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Os agentes de combate &agrave;s endemias da Secretaria Municipal da Sa&uacute;de (SMS) v&atilde;o atuar nesta quarta (27) e quinta-feira (28), na retirada de 650 armadilhas contra o Aedes aegypti. O material foi colocado em diversos bairros dos Distritos Sanit&aacute;rios de S&atilde;o Caetano, Brotas e Sub&uacute;rbio Ferrovi&aacute;rio, em Salvador.

A mobiliza&ccedil;&atilde;o acontece a partir das 7h30. A a&ccedil;&atilde;o permite que o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realize um levantamento apurado para analisar a infesta&ccedil;&atilde;o do mosquito e evitar a prolifera&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as na cidade, com atividades preventivas como a visita domiciliar para eliminar e tratar os focos.&nbsp;

&nbsp;&ldquo;Nossos agentes de combate &agrave;s endemias v&atilde;o verificar, no intervalo de sete dias, a exist&ecirc;ncia do mosquito Aedes, visando analisar o percentual de positividade e a quantidade de ovos do mosquitos nas localidades onde est&atilde;o instaladas estas armadilhas. O CCZ segue uma programa&ccedil;&atilde;o para instalar esse material em todas as regi&otilde;es da cidade&rdquo;, explicou a subgerente de arboviroses do CCZ, Cristina Guimar&atilde;es.

Na capital baiana, houve uma redu&ccedil;&atilde;o de 96% nos casos notificados de dengue, em seguida de 94% nas ocorr&ecirc;ncias de chikugunya e 91% para zika. Os dados correspondem ao m&ecirc;s de janeiro de 2020, comparado com 2021.

&ldquo;Nesse per&iacute;odo de ver&atilde;o, em especial, quando as chuvas acontecem de forma r&aacute;pida e o calor &eacute; constante, a eclos&atilde;o dos ovos e forma&ccedil;&atilde;o das larvas ocorre de forma mais r&aacute;pida. Qualquer inserv&iacute;vel jogado ao ch&atilde;o pode servir como criadouro do mosquito. Por isso, &eacute; importante a parceria da popula&ccedil;&atilde;o em contribuir com o trabalho do CCZ para a redu&ccedil;&atilde;o do &iacute;ndice de infesta&ccedil;&atilde;o em nossa cidade&rdquo;, alertou Cristina.

Secom PMS//IF

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Na Bahia, 79 munic&iacute;pios vivem em n&iacute;vel de epidemia para a dengue h&aacute; pelo menos um m&ecirc;s, segundo os dados divulgados pela Secretaria de Sa&uacute;de do Estado da Bahia (Sesab). O balan&ccedil;o considera casos notificados at&eacute; o dia 16 de maio. O n&uacute;mero total &eacute; de 41.411. No mesmo per&iacute;odo do ano passado, foram 30.943, o que representa um aumento de 33,8%.&nbsp;

Eu Salvador, j&aacute; s&atilde;o 4.332 casos de dengue registrados em 2020. Na compara&ccedil;&atilde;o com o mesmo per&iacute;odo do ano anterior, &nbsp;o aumento &eacute; de 141%, j&aacute; que em 2019 a cidade registrou 1.791. As regi&otilde;es do Cabula, Itapu&atilde;, Sub&uacute;rbio Ferrovi&aacute;rio e S&atilde;o Caetano s&atilde;o as que apresentam maior n&uacute;mero de casos segundo os dados da Secretaria Municipal de Sa&uacute;de (SMS). O coeficiente de incid&ecirc;ncia da cidade &eacute; de 161 - n&atilde;o chega ao est&aacute;gio de epidemia, mas &eacute; acima do limite m&aacute;ximo.Ente

nda os sintomas e diferen&ccedil;as das doen&ccedil;as:

<ul>
	<li>- Dengue&nbsp;Febre alta, e prostra&ccedil;&atilde;o (um cansa&ccedil;o generalizado). A dor no corpo &eacute; conhecida como quebra-ossos, porque se espalha e o paciente n&atilde;o consegue apontar onde est&aacute; doendo.&nbsp;Vermelhid&atilde;o no corpo com coceira pode ocorrer, mas a partir do terceiro dia.&nbsp;</li>
	<li>- Chikungunya&nbsp;&nbsp;Febre alta. A dor &eacute; s&uacute;bita, intensa e chega a ser incapacitante, impedindo a pessoa de realizar suas atividades comuns do dia a dia.&nbsp;A dor se concentra nas articula&ccedil;&otilde;es e pode ocorrer rigidez matinal (principalmente nas m&atilde;os). A vermelhid&atilde;o surge a partir do 4&ordm; dia e, diferente das demais, pode causar aftas.&nbsp;</li>
	<li>- Zika&nbsp;&nbsp;Vermelhid&atilde;o e coceira desde o primeiro dia. A febre, quando aparece, &eacute; baixa e a dor &eacute; mais leve e moderada.&nbsp;</li>
	<li>- Diferen&ccedil;a para a covid-19&nbsp;&nbsp;Com o coronav&iacute;rus, as queixas mais comuns s&atilde;o as respirat&oacute;rias, que geralmente n&atilde;o ocorrem nos quadros de arboviroses (coriza, congest&atilde;o nasal, dificuldade de respirar). A confus&atilde;o pode ocorrer nos quadros de covid-19 onde predominam queixas gastrointestinais, j&aacute; que todas as doen&ccedil;as podem causar febre e diarr&eacute;ia, mesmo n&atilde;o sendo sintomas mais comuns.</li>
</ul>

Confira a lista de 79 cidades com epidemia de dengue:&nbsp;

1.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Abar&eacute;&nbsp; 
2.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Almadina 
3.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Amargosa&nbsp; 
4.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Am&eacute;rica Dourada 
5.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Andorinha 
6.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Apuarema 
7.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Aracatu&nbsp; 
8.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Barra do Rocha&nbsp; 
9.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Barro Alto 
10.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Barro Preto&nbsp; 
11.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Boquira&nbsp; 
12.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Brej&otilde;es&nbsp; 
13.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Brumado&nbsp; 
14.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Caatiba 
15.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Caetanos 
16.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Caetit&eacute; 
17.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Campo Formoso 
18.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Candeias 
19.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Cansan&ccedil;&atilde;o 
20.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Catu&nbsp; 
21.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Concei&ccedil;&atilde;o do Coit&eacute; 
22.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Concei&ccedil;&atilde;o do Jacu&iacute;pe 
23.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Contendas do Sincor&aacute; 
24.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Cora&ccedil;&atilde;o de Maria 
25.&nbsp;&nbsp; &nbsp;D&aacute;rio Meira 
26.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Entre Rios 
27.&nbsp;&nbsp; &nbsp;F&aacute;tima 
28.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Guanambi 
29.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Ibiassuc&ecirc; 
30.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Ibirapitanga 
31.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Ibitit&aacute; 
32.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Ipia&uacute; 
33.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Iramaia&nbsp; 
34.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Iraquara 
35.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Irec&ecirc; 
36.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Itaet&eacute;&nbsp; 
37.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Itagib&aacute; 
38.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Itamb&eacute; 
39.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Itapicuru&nbsp; 
40.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Itaquara 
41.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Jaborandi 
42.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Jaguaquara 
43.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Juazeiro&nbsp; 
44.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Laje&nbsp; 
45.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Lamar&atilde;o&nbsp; 
46.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Lic&iacute;nio de Almeida 
47.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Macajuba 
48.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Macarani&nbsp; 
49.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Maiquinique&nbsp; 
50.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Maragogipe 
51.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Marcion&iacute;lio Souza&nbsp; 
52.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Milagres&nbsp; 
53.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Mutu&iacute;pe 
54.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Nilo Pe&ccedil;anha&nbsp; 
55.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Nova Cana&atilde; 
56.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Nova Reden&ccedil;&atilde;o 
57.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Ouri&ccedil;angas 
58.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Paratinga 
59.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Pirip&aacute;&nbsp; 
60.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Planalto 
61.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Pojuca 
62.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Prado 
63.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Presidente Dutra 
64.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Ribeir&atilde;o do Largo&nbsp; 
65.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Santa Rita de C&aacute;ssia 
66.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Santa Teresinha 
67.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Santaluz&nbsp; 
68.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Santo Ant&ocirc;nio de Jesus&nbsp; 
69.&nbsp;&nbsp; &nbsp;S&atilde;o Domingos&nbsp; 
70.&nbsp;&nbsp; &nbsp;S&atilde;o F&eacute;lix do Coribe 
71.&nbsp;&nbsp; &nbsp;S&atilde;o Jos&eacute; do Jacu&iacute;pe 
72.&nbsp;&nbsp; &nbsp;S&iacute;tio do Quinto 
73.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Sobradinho 
74.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Teodoro Sampaio 
75.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Tucano 
76.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Ubat&atilde; 
77.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Uiba&iacute; 
78.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Utinga 
79.&nbsp;&nbsp; &nbsp;Wagner&nbsp;

Reda&ccedil;&atilde;o LD Not&iacute;cias // Itatiaia Fernandes

<img alt="Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. (Foto: Divulgação / Prefeitura de Ipatinga)" src="https://s2.glbimg.com/2xtAO3hA6qJlq3zm-zL2AYW86ms=/0x0:984x619/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/3/C/rLOhwHTUuYm7gRCQxvpg/mosquito.jpg" style="height:409px; width:650px" />

Entre 2015 a 2017, o zika custou ao Brasil US$ 4,6 bilh&otilde;es, o que representa 0,09% do PIB. J&aacute; a longo prazo, o custo das anomalias associadas ao v&iacute;rus poder&aacute; chegar a US$ 10 bilh&otilde;es. Os dados s&atilde;o do primeiro relat&oacute;rio sobre a avalia&ccedil;&atilde;o socioecon&ocirc;mica do zika lan&ccedil;ado em Bras&iacute;lia nesta ter&ccedil;a-feira (15).

Ainda, a estimativa das Na&ccedil;&otilde;es Unidas &eacute; que o impacto socioecon&ocirc;mico da doen&ccedil;a na Am&eacute;rica Latina e Caribe chegue a R$ 18 bilh&otilde;es de d&oacute;lares &ndash; aproximadamente R$ 56 bilh&otilde;es. A ONU aponta que o custo do tratamento de cada crian&ccedil;a com microcefalia associada ao zika ao longo da vida pode chegar a US$ 890 mil.

O relat&oacute;rio, elaborado pelas Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas e pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, analisou o impacto causado pela doen&ccedil;a no Brasil, Col&ocirc;mbia e Suriname desde 2015, quando o v&iacute;rus zika come&ccedil;ou a se espalhar.

Preparado por especialistas, pesquisadores, organiza&ccedil;&otilde;es de sa&uacute;de e universidades internacionais, os valores foram calculados com base em avalia&ccedil;&atilde;o de impacto do Programa das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da Federa&ccedil;&atilde;o Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).

At&eacute; o momento, 48 pa&iacute;ses confirmaram casos de zika. O maior n&uacute;mero de casos nos pa&iacute;ses foi registrado durante o ano de 2016. Neste ano, houve queda.

&ldquo;O zika se assemelha &agrave; mobiliza&ccedil;&atilde;o durante a epidemia de ebola na &Aacute;frica. Tivemos uma gera&ccedil;&atilde;o de crian&ccedil;as infectadas&rdquo;, afirma Jo&atilde;o Paulo Toledo, diretor da Secretaria de Vigil&acirc;ncia em Sa&uacute;de do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.

Representante da Organiza&ccedil;&atilde;o Panamericana de Sa&uacute;de, Joaquin Molina explica que o Brasil se articulou para identificar a s&iacute;ndrome e ainda ser&aacute; importante para a busca de respostas.

&ldquo;O Brasil &eacute; hoje e vai ser possivelmente o pa&iacute;s mais importante para ajudar a responder as perguntas que ainda temos&rdquo;, disse Molina.

Impacto ser&aacute; significativo

O relat&oacute;rio concluiu que haver&aacute; impacto socioecon&ocirc;mico significativo nos pa&iacute;ses afetados a curto e longo prazo. As perdas devem ser sentidas no Produto Interno Bruto dos pa&iacute;ses, bem como as consequ&ecirc;ncias poder&atilde;o ser sentidas no desenvolvimento social, podendo at&eacute; &ldquo;desacelerar&rdquo; o avan&ccedil;o nos objetivos de desenvolvimento sustent&aacute;vel, como avalia a ONU.

O zika afeta os pa&iacute;ses mais pobres da Am&eacute;rica Latina e Caribe em escala desproporcional, por mais que os governos tenham se esfor&ccedil;ado para controlar a dissemina&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a. Entre as dificuldades enfrentadas, o documento aponta a &ldquo;modesta capacidade em sistemas de vigil&acirc;ncia e diagn&oacute;stico e em esfor&ccedil;os de preven&ccedil;&atilde;o&rdquo;.

A desigualdade na cobertura da sa&uacute;de tamb&eacute;m contribui para que a parcela mais pobre da popula&ccedil;&atilde;o fique mais vulner&aacute;vel.

Situa&ccedil;&atilde;o grave no Caribe

O Caribe &eacute; a regi&atilde;o mais afetada com o problema. O impacto no local &eacute; cinco vezes maior que em toda a Am&eacute;rica Latina. Estima-se que o pa&iacute;s tenha perdido aproximadamente R$ 28 bilh&otilde;es em tr&ecirc;s anos, devido &agrave; redu&ccedil;&atilde;o no turismo interacional. No Brasil, os custos devem ser maiores, embora o impacto geral seja sentido com mais intensidade nos pa&iacute;ses mais pobres.

O relat&oacute;rio conclui que as estrat&eacute;gias locais e nacionais dos pa&iacute;ses precisam ser fortalecidas no combate &agrave; doen&ccedil;a. De acordo com a ONU, os governos devem estar prontos para reagir em casos de doen&ccedil;as que podem ser transmitidas com rapidez. Outra recomenda&ccedil;&atilde;o &eacute; o controle do mosquito transmissor de forma &ldquo;integrada e multissetorial&rdquo;.

Programas de prote&ccedil;&atilde;o e sistemas de sa&uacute;de tamb&eacute;m devem ser refor&ccedil;ados e adaptados para atingir as v&iacute;timas da doen&ccedil;a, o que inclui mulheres, crian&ccedil;as e pessoas com necessidades especiais.

&ldquo;O desafio que a gente tem &eacute; avaliar os danos causados pelo zika e suas consequ&ecirc;ncias, seja do ponto de vista social, econ&ocirc;mico ou do impacto no sistema de sa&uacute;de&rdquo;, disse Alberto Beltrame, secret&aacute;rio executivo do Minist&eacute;rio do Planejamento.

Zika v&iacute;rus

Zika &eacute; uma doen&ccedil;a causada por um v&iacute;rus do g&ecirc;nero Flaviv&iacute;rus. Identificada pela primeira vez em 1947 em um macaco rhesus na floresta Zika, da Uganda, foi diagnosticada no Brasil em abril de 2015. O v&iacute;rus &eacute; transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que tamb&eacute;m transmite a dengue e a febre chikungunya.

Os principais s&atilde;o dor de cabe&ccedil;a, febre baixa, dores leves nas articula&ccedil;&otilde;es, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhid&atilde;o nos olhos. A evolu&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a costuma ser benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um per&iacute;odo de 3 at&eacute; 7 dias.

O quadro de zika &eacute; muito menos agressivo que o da dengue, por exemplo, e cerca de 80% dos pacientes n&atilde;o t&ecirc;m manifesta&ccedil;&otilde;es cl&iacute;nicas. O que assusta &eacute; sua poss&iacute;vel rela&ccedil;&atilde;o com outras condi&ccedil;&otilde;es mais graves, como microcefalia e s&iacute;ndrome de Guillain-Barr&eacute;.

N&atilde;o h&aacute; tratamento espec&iacute;fico para a doen&ccedil;a. Segundo o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, os casos devem ser tratados com o uso de paracetamol ou dipirona para controle da febre e da dor. Assim como na dengue, o uso de &aacute;cido acetilsalic&iacute;lico (aspirina) deve ser evitado por causa do risco aumentado de hemorragias.

Preven&ccedil;&atilde;o

Como o v&iacute;rus da zika &eacute; transmitido pelo Aedes aegypti, a preven&ccedil;&atilde;o segue as mesmas regras aplicadas a essas doen&ccedil;as. Evitar a &aacute;gua parada, que os mosquitos usam para se reproduzir, &eacute; a principal medida.

Colocar telas de prote&ccedil;&atilde;o nas janelas e instalar mosquiteiros na cama tamb&eacute;m s&atilde;o medidas preventivas. Vale tamb&eacute;m usar repelentes e escolher roupas que diminuam a exposi&ccedil;&atilde;o da pele. Em caso da detec&ccedil;&atilde;o de focos de mosquito que o morador n&atilde;o possa eliminar, &eacute; importante acionar a Secretaria Municipal de Sa&uacute;de do munic&iacute;pio.

Reprodu&ccedil;&atilde;o/G1

<img alt="Planta é infectada com vírus para produzir alto rendimento de componentes da proteína da vacina em suas folhas (Foto: Jason Drees, Biodesign Institute, Arizona State University)" src="https://s2.glbimg.com/fZjJqjHNONemw3wROP89BMullGw=/0x0:1440x959/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/G/S/r5pfnaTvy1s04GgAvTZg/147460-web.jpg" style="height:433px; width:650px" />

uma estrat&eacute;gia para uma produ&ccedil;&atilde;o mais barata, um grupo de pesquisadores conseguiu criar uma vacina contra o v&iacute;rus da zika que usa como base as folhas de tabaco. Os resultados foram publicados no peri&oacute;dico &quot;Scientific Reports&quot;, ligado &agrave; revista &quot;Nature&quot;, nesta quarta-feira (9).

O cientista Qiang &quot;Shawn&quot; Chen liderou a equipe da Universidade do Estado do Arizona. Em parceria com outros pesquisadores, ele trabalhou na &uacute;ltima d&eacute;cada em v&aacute;rios projetos para usar plantas como base de vacinas e terapias no combate aos flaviv&iacute;rus, como a febre do Nilo e a dengue.

Qiang &quot;Shawn&quot; Chen e Gary Morris mostram plantas de tabaco usadas para produzir reagentes de detec&ccedil;&atilde;o e diagn&oacute;stico do v&iacute;rus da febre do Nilo (Foto: The Biodesign Institiute at Arizona State University)

Essa primeira vacina contra a zika com base em tabaco usa uma prote&iacute;na-chave que &quot;envelopa&quot; o v&iacute;rus, chamada DIII. Ela tem uma parte que &eacute; exclusiva do v&iacute;rus da zika. A ideia &eacute; inserir esta parte em uma vacina que seja aplicada e gere os anticorpos contra a doen&ccedil;a.

Para isso, os pesquisadores desenvolveram a prote&iacute;na DIII em bact&eacute;rias e depois a inseriram nas folhas de tabaco. Mas por que isso? Com o crescimento das folhas, a extra&ccedil;&atilde;o &eacute; maior e mais barata.

Os resultados

Depois de ter material suficiente, eles usaram as plantas e produziram uma vacina. Os testes foram feitos em camundongos, que receberam uma dose e apresentaram uma prote&ccedil;&atilde;o de 100% contra v&aacute;rios tipos do v&iacute;rus da zika, de acordo com o artigo.

&quot;Nossa vacina oferece uma seguran&ccedil;a aprimorada e reduz potencialmente os custos de produ&ccedil;&atilde;o mais que qualquer outra alternativa atual, com uma efic&aacute;cia equivalente&quot;, disse Chen.

Planta &eacute; infectada com v&iacute;rus para produzir alto rendimento de componentes da prote&iacute;na da vacina em suas folhas (Foto: Jason Drees, Biodesign Institute, Arizona State University)

O mecanismo utilizado por Chen para a cria&ccedil;&atilde;o de uma vacina que usa como base de produ&ccedil;&atilde;o uma planta &eacute; o mesmo criado por outro cientista pioneiro em pesquisas do tipo, Charles Arntzen, tamb&eacute;m da Universidade do Estado do Arizona.

Arntzen incluiu plantas-base no desenvolvimento do ZMapp, tratamento experimental usado durante o &uacute;ltimo surto do Ebola. Em 2011,&nbsp;ele j&aacute; havia desenvolvido uma vacina do mesmo tipo contra a doen&ccedil;a que afetou a &Aacute;frica, com folhas de tabaco.

H&aacute; uma corrida para a fabrica&ccedil;&atilde;o de uma vacina contra o v&iacute;rus da zika, que j&aacute; atingiu milhares de pessoas ao redor do mundo e causou mais de 4 mil notifica&ccedil;&otilde;es de malforma&ccedil;&otilde;es em beb&ecirc;s no Brasil. Atualmente, no entanto, n&atilde;o h&aacute; o registro de uma vacina licenciada dispon&iacute;vel para o combate do v&iacute;rus.

Reprodu&ccedil;&atilde;o/G1

<img alt="Vacina contra o Zika deve chegar em três anos ao Brasil, diz pesquisador" src="http://cdn.istoe.com.br/wp-content/uploads/sites/14/2016/05/vacinagripe_oswaldocruz_1280x720-576x324.jpg" style="height:366px; width:650px" />

Evolu&iacute;mos na pesquisa cient&iacute;fica e no combate &agrave; mortalidade gerada pelas grandes epidemias, mas a estrutura urbana continua prec&aacute;ria. Esse &eacute; o diagn&oacute;stico do m&eacute;dico e diretor do Centro de Refer&ecirc;ncia de Doen&ccedil;as Imuno-infeccionas de Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro, Luiz Jos&eacute; de Souza. A boa not&iacute;cia &eacute; que, segundo ele, a vacina contra o Zika v&iacute;rus chegar&aacute; ao Pa&iacute;s em dois ou tr&ecirc;s anos. Professor de cl&iacute;nica m&eacute;dica na Faculdade de Medicina de Campos dos Goytacazes e autor do livro &ldquo;Dengue Zika e Chikungunya &ndash; Diagn&oacute;stico, Tratamento e Preven&ccedil;&atilde;o&rdquo;, ele acredita que o sorotipo tr&ecirc;s da dengue deve voltar a atingir o Rio de Janeiro e que o v&iacute;rus que transmite a Chikungunya, doen&ccedil;a aguda que causa dores severas nas articula&ccedil;&otilde;es, deve continuar a circular pelo Pa&iacute;s. &ldquo;Ainda sofremos com a falta de planejamento urbano, defici&ecirc;ncia da rede de saneamento b&aacute;sico e o pior &eacute; que agora temos a presen&ccedil;a dos tr&ecirc;s v&iacute;rus simultaneamente pelo Pa&iacute;s.&rdquo; A seguir, a &iacute;ntegra da entrevista.

ISTO&Eacute; &ndash; O Brasil j&aacute; enfrentou epidemias de dengue, Zika v&iacute;rus e Chikungunya. Qual a grande li&ccedil;&atilde;o que esses surtos deixaram ao Pa&iacute;s?

Luiz Jos&eacute; de Souza &ndash; Enfrentar essas epidemias mostrou que lidar com o v&iacute;rus &eacute; muito complexo. Temos que valorizar e entender as arboviroses. Em Minas Gerais, por exemplo, houve uma demora da vigil&acirc;ncia para combater a febre amarela. O aspecto mais importante &eacute; a preven&ccedil;&atilde;o. O Pa&iacute;s tem que valorizar o trabalho de conscientiza&ccedil;&atilde;o porque temos uma infraestrutura muito prec&aacute;ria. O Programa de Acelera&ccedil;&atilde;o ao Crescimento n&atilde;o evoluiu. Existe at&eacute; hoje um crescimento desordenado da popula&ccedil;&atilde;o perif&eacute;rica ao mesmo tempo em que o sistema de saneamento &eacute; deficiente. Contudo, a &aacute;rea educacional &eacute; nosso principal atraso. A sa&uacute;de depende de tudo isso. Como n&atilde;o h&aacute; estrutura, ocorrem essas trag&eacute;dias. Apesar disso, o Pa&iacute;s enfrentou os surtos com muita efici&ecirc;ncia. Fizemos diagn&oacute;sticos precoces do Zika v&iacute;rus. Mas, a doen&ccedil;a n&atilde;o acabou, pode retornar. O grande problema &eacute; conviver simultaneamente com dengue, Zika e Chikungunya.

H&aacute; o risco de alguma dessas epidemias voltarem a existir em algum Estado brasileiro?

A Chikungunya vai aparecer. &Eacute; uma doen&ccedil;a grave que atinge as articula&ccedil;&otilde;es e de certa forma mutila a popula&ccedil;&atilde;o. Ela provoca um alto &iacute;ndice de mortalidade em pacientes com doen&ccedil;as cr&ocirc;nicas e card&iacute;acas. A dengue, por sua vez, tamb&eacute;m &eacute; grave e os quatro sorotipos j&aacute; est&atilde;o circulando no Brasil. O que se espera para agora &eacute; o sorotipo tr&ecirc;s, que depende basicamente da chuva e do calor. A dengue ressurge ap&oacute;s um longo per&iacute;odo de tempo. Esse sorotipo apareceu no Rio de Janeiro entre os anos de 2002 e 2007. As crian&ccedil;as que nasceram depois disso e os jovens est&atilde;o todos vulner&aacute;veis. &Eacute; prov&aacute;vel que ocorra uma grande epidemia no Rio. O Zika tamb&eacute;m deve continuar em menores propor&ccedil;&otilde;es do que as notificadas anteriormente.

Como o senhor avalia a evolu&ccedil;&atilde;o nos tratamentos contra as doen&ccedil;as causadas pelo v&iacute;rus?

A vacina da dengue &eacute; muito boa, mas ainda n&atilde;o chegou &agrave; rede p&uacute;blica, s&oacute; na rede privada. Mas ainda assim, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel combater o mosquito sem uma boa estrutura. A vacina contra o Zika est&aacute; a caminho, aprendemos muito a lidar com a doen&ccedil;a. Apesar das dificuldades, conseguimos crescer cientificamente, a aplicar o protocolo e hoje a mortalidade j&aacute; &eacute; menor do que no in&iacute;cio dos surtos. Conseguimos introduzir o protocolo de tratamento em todos os estados brasileiros. A parte que ainda est&aacute; atrasada &eacute; a pol&iacute;tica.

E em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; efic&aacute;cia da vacina j&aacute; existente? Para outras epidemias uma solu&ccedil;&atilde;o est&aacute; a caminho?

A vacina da dengue &eacute; eficaz para pessoas de 9 a 45 anos, sendo que o n&uacute;mero maior de pessoas contaminadas pelo v&iacute;rus &eacute; de 20 a 40 anos. A vacina &eacute; eficiente para os quatro sorotipos e tem uma efic&aacute;cia de 80%. Para os sorotipos tr&ecirc;s e quatro, o &iacute;ndice de prote&ccedil;&atilde;o &eacute; de 70%. Para o sorotipo um, a prote&ccedil;&atilde;o &eacute; de 60% e no caso do sorotipo dois, a prote&ccedil;&atilde;o &eacute; de 50%. Para quem j&aacute; teve dengue uma vez, a vacina protege ainda mais. O entrave &eacute; que o Pa&iacute;s n&atilde;o tem condi&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;micas para introduzir a vacina na rede p&uacute;blica. J&aacute; a vacina contra a febre amarela ser&aacute; aplicada para todas as pessoas que vivem na regi&atilde;o sudeste porque o mapa end&ecirc;mico se ampliou. N&atilde;o temos vacina para a Chikungunya e contra o Zika v&iacute;rus, dever&aacute; chegar em dois ou tr&ecirc;s anos.

Muitos estados sofrem com a falta de m&eacute;dicos e profissionais de sa&uacute;de para auxiliar no tratamento das doen&ccedil;as causadas pelos v&iacute;rus. Por que essa estrutura e t&atilde;o prec&aacute;ria?

O Pa&iacute;s piorou muito em termos de assist&ecirc;ncia m&eacute;dica em fun&ccedil;&atilde;o da crise que estamos vivendo. No Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS), h&aacute; uma hierarquia importante a ser seguida. A assist&ecirc;ncia prim&aacute;ria, o posto de sa&uacute;de da periferia da cidade, &eacute; deficiente. Os hospitais ambulatoriais fazem parte da aten&ccedil;&atilde;o secund&aacute;ria e deveria dar apoio &agrave; prim&aacute;ria para fazer diagn&oacute;sticos. Mas se considerarmos todos os estados do Pa&iacute;s, somente em S&atilde;o Paulo e Curitiba a aten&ccedil;&atilde;o secund&aacute;ria funciona bem. O custo do sistema de sa&uacute;de acaba sendo mais alto porque sobrecarrega as emerg&ecirc;ncias. O SUS vive uma crise que joga todos os pacientes para a assist&ecirc;ncia terci&aacute;ria, que s&atilde;o as emerg&ecirc;ncias. Se as prim&aacute;rias e secund&aacute;rias n&atilde;o funcionam &eacute; imposs&iacute;vel fazer diagn&oacute;stica e n&atilde;o h&aacute; resolutividade.

No caso das crian&ccedil;as com microcefalia, por exemplo, a demanda por profissionais de sa&uacute;de especializados vai aumentar. Como o senhor vislumbra esse futuro pr&oacute;ximo?

Se h&aacute; dificuldade em prevenir e tratar doen&ccedil;as simples, em doen&ccedil;as mais complexas o cen&aacute;rio &eacute; muito pior. O tratamento adequado n&atilde;o est&aacute; sendo feito.

Al&eacute;m da evolu&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica, quais os outros reflexos positivos das epidemias no Brasil?

A popula&ccedil;&atilde;o aprendeu a ter mais consci&ecirc;ncia, mas ainda n&atilde;o existe um trabalho de preven&ccedil;&atilde;o adequado. N&atilde;o se consegue impedir o nascimento do mosquito porque as condi&ccedil;&otilde;es s&atilde;o muito prec&aacute;rias. N&atilde;o se entra nas favelas para fazer um trabalho de preven&ccedil;&atilde;o. Evolu&iacute;mos na assist&ecirc;ncia e na pesquisa, agora o restante depende dos governantes. Com todo o dinheiro retirado das propinas e da corrup&ccedil;&atilde;o, ter&iacute;amos uma assist&ecirc;ncia de sa&uacute;de maravilhosa. Usar militares para verificar condi&ccedil;&otilde;es dom&eacute;sticas &eacute; v&aacute;lido no momento de emerg&ecirc;ncia, mas o combate ao vetor deve continuar. Isso tem de ser feito para evitar a prolifera&ccedil;&atilde;o do vetor. Com as chuvas e o calor, dever&atilde;o ocorrer alagamentos e assim o ciclo da prolifera&ccedil;&atilde;o recome&ccedil;a. Ainda sofremos com a falta de planejamento urbano, defici&ecirc;ncia da rede de saneamento b&aacute;sico e o pior: j&aacute; temos no pa&iacute;s os quatro sorotipos da dengue.

Podemos voltar a viver um cen&aacute;rio ainda preocupante de pessoas infectadas?

&Eacute; o momento ideal para se falar em preven&ccedil;&atilde;o. Acredito que o sorotipo tr&ecirc;s ser&aacute; a bola da vez no Rio de Janeiro. E a Chikungunya tamb&eacute;m deve continuar circulando pelo Pa&iacute;s. Estamos bem mais preparados, cerca de 80% mais do que antes. Mas para evitar a mortalidade, ainda precisamos de treinamentos, recursos humanos e da presen&ccedil;a de estado e munic&iacute;pios nas regi&otilde;es afetadas pelos surtos.

Isto &eacute;

<img alt="Quem recebeu transplante de rim e fígado fica mais vulnerável - Foto: André Gomes de Melo | GERJ" src="http://fw.atarde.com.br/2017/03/750_2017311152641425.jpg" style="height:433px; width:650px" />

Estudo feito por uma equipe m&eacute;dica do Hospital de Base de S&atilde;o Jos&eacute; do Rio Preto, interior de S&atilde;o Paulo, demonstrou que o v&iacute;rus da zika &eacute; mais agressivo em pacientes submetidos a transplantes de &oacute;rg&atilde;os, como rim e f&iacute;gado, do que em outras pessoas. Nesses casos, os sintomas resultantes da infec&ccedil;&atilde;o em nada se parecem com os da dengue, como era consenso at&eacute; ent&atilde;o pelo mundo.

O estudo dos pesquisadores da Faculdade Regional de Medicina de Rio Preto (Famerp) e da Funda&ccedil;&atilde;o Faculdade Regional de Medicina (Funfarme) ganhou a capa da edi&ccedil;&atilde;o de mar&ccedil;o do American Journal of Transplantation, a publica&ccedil;&atilde;o mundial de maior prest&iacute;gio na &aacute;rea.

O grupo acompanhou quatro pacientes - dois transplantados renais e dois hep&aacute;ticos. Segundo o virologista Maur&iacute;cio Nogueira, havia consenso de que a zika era uma doen&ccedil;a benigna para os doentes acometidos, exceto gr&aacute;vidas. &quot;Quando vimos aqueles pacientes com sintomas mais graves, ach&aacute;vamos que era dengue, mas nos exames encontramos o zika.&quot;

O acompanhamento dos casos mostrou que a a&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus, tamb&eacute;m transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, se potencializa em pacientes imunodeprimidos. &quot;Tudo indica que o mesmo efeito deve ser encontrado em pessoas com diabete ou em tratamento contra o c&acirc;ncer. Para essa popula&ccedil;&atilde;o, em especial, o zika n&atilde;o &eacute; aquela doen&ccedil;a benigna que se pensava.&quot;

Alerta

O nefrologista Hor&aacute;cio Ramalho, diretor executivo da Funfarme, acredita que o estudo far&aacute; com que o zika seja inclu&iacute;do nas pesquisas virol&oacute;gicas que acompanham os transplantes. &quot;A descoberta serve como alerta mundial para que centros transplantadores fa&ccedil;am a pesquisa de mais esse v&iacute;rus.&quot;

Estad&atilde;o Conte&uacute;do

<img alt="Grávidas no ambulatório da Maternidade da Encruzilhada, no Recife " src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_agenciabrasil2013/files/styles/interna_grande/public/gravidas_no_ambulatorio.jpg?itok=gz2CXVLi" style="height:435px; width:650px" />

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve iniciar nesta quarta-feira (7) o julgamento da a&ccedil;&atilde;o direta de inconstitucionalidade (ADI 5581) que inclui o pedido de interrup&ccedil;&atilde;o da gravidez como uma possibilidade excepcional para mulheres infectadas pelo v&iacute;rus Zika. O diagn&oacute;stico, durante a gesta&ccedil;&atilde;o, est&aacute; associado a casos de microcefalia e outras malforma&ccedil;&otilde;es fetais &ndash; sobretudo quando identificado no primeiro trimestre de gravidez.

O documento foi protocolado e levado &agrave; Corte pela Associa&ccedil;&atilde;o dos Defensores P&uacute;blicos (Anadep), que questiona as atuais pol&iacute;ticas p&uacute;blicas voltadas para gestantes e crian&ccedil;as v&iacute;timas da epidemia do v&iacute;rus no Brasil. O principal argumento trata do sofrimento e do impacto emocional a que as gr&aacute;vidas infectadas pelo Zika s&atilde;o submetidas, al&eacute;m da defesa de que o aborto &eacute; uma quest&atilde;o de sa&uacute;de p&uacute;blica e bem-estar.

&ldquo;A ADI tem grande repercuss&atilde;o e impacto, sobretudo pelos pleitos principais de implementa&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas de informa&ccedil;&otilde;es, diagn&oacute;stico e tratamento integral &agrave;s m&atilde;es e crian&ccedil;as atingidas. Como &eacute; de dom&iacute;nio p&uacute;blico, estamos diante de uma epidemia mundial que exige atua&ccedil;&atilde;o estrat&eacute;gica e eficaz do Estado brasileiro&rdquo;, destacou o presidente da Anadep, Joaquim Neto.

A a&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m tem o apoio do Instituto de Bio&eacute;tica Anis, coordenado pela pesquisadora D&eacute;bora Diniz. Para a antrop&oacute;loga, o Estado brasileiro falhou em proteger as mulheres contra o Zika e elas n&atilde;o podem ser penalizadas por consequ&ecirc;ncias como a microcefalia. O mesmo grupo impetrou a&ccedil;&atilde;o similar, em 2004, pelo direito ao aborto em casos de beb&ecirc;s com anencefalia. O pedido foi acatado pelos ministros em 2012.

&ldquo;Essa a&ccedil;&atilde;o n&atilde;o visa &agrave; legaliza&ccedil;&atilde;o do aborto no pa&iacute;s, porque estamos falando da epidemia. Temos uma situa&ccedil;&atilde;o concreta que bate &agrave; porta&rdquo;, disse. &ldquo;Claro que, ao lan&ccedil;ar a quest&atilde;o do aborto como parte de uma prote&ccedil;&atilde;o, o debate volta &agrave; cena nacional. Esperamos muito que ele volte de maneira mais qualificada e reconhe&ccedil;a o intenso sofrimento e risco [que as mulheres] t&ecirc;m ao se manter gr&aacute;vidas contra sua vontade&rdquo;, completou.

Outro lado

O contexto da epidemia de Zika e a press&atilde;o de ativistas, no entanto, n&atilde;o mudam a posi&ccedil;&atilde;o de grupos religiosos sobre a possibilidade de legalizar a interrup&ccedil;&atilde;o da gravidez. A Confer&ecirc;ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirma compreender a afli&ccedil;&atilde;o das gestantes envolvidas nesse cen&aacute;rio e defende que elas sejam amparadas, mas refor&ccedil;a que a epidemia n&atilde;o justifica a negativa do direito &agrave; vida dos nascituros.

&ldquo;O posicionamento da CNBB continua o mesmo, de defesa da vida. Nos chama a aten&ccedil;&atilde;o a dificuldade de acolhimento dessas crian&ccedil;as. O que devemos fazer &eacute; chamar a sociedade para ser presente na vida dessas mulheres e crian&ccedil;as. Existe um descuido geral e temos que retomar essa quest&atilde;o da necessidade de combate ao mosquito&rdquo;, disse. &ldquo;Ele n&atilde;o transmite s&oacute; Zika, ent&atilde;o, todo cuidado &eacute; pouco&rdquo;, alertou o secret&aacute;rio-geral da entidade, dom Leonardo Steiner.

O presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Nacional de Cidadania pela Vida, Jos&eacute; Miranda de Siqueira, defende que descriminalizar o aborto &eacute; uma estrat&eacute;gia que consiste em &ldquo;legitimar o que &eacute; &uacute;til para justificar um comportamento marginal&rdquo;. Ele lembra que a vida no ventre materno encontra-se sob prote&ccedil;&atilde;o da Constitui&ccedil;&atilde;o e cobra que o Estado se posicione de forma protetora e fomentadora em prol do nascituro. &ldquo;A inviolabilidade do direito &agrave; vida &eacute; uma causa p&eacute;trea&rdquo;, argumentou. &ldquo;Temos a prioridade da prote&ccedil;&atilde;o &agrave; vida do nascituro contra o direito de livre escolha da gestante&rdquo;, completou.

Agencia Brasil

<img alt="Infecção por zika traz problemas a 1/3 dos bebês e em qualquer fase da gravidez" src="http://img.estadao.com.br/resources/jpg/1/7/1479767453771.jpg" style="height:434px; width:650px" />

Um estudo que acompanhou 57 gestantes paulistas infectadas pelo zika refor&ccedil;a a hip&oacute;tese de que o v&iacute;rus pode causar diversos danos aos beb&ecirc;s al&eacute;m da microcefalia. E as anomalias podem acontecer independentemente do trimestre de gravidez em que a m&atilde;e foi infectada.

Coordenada por Mauricio Lacerda Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de S&atilde;o Jos&eacute; do Rio Preto e integrante da Rede Zika (for&ccedil;a-tarefa formada por pesquisadores de S&atilde;o Paulo apoiados pela Funda&ccedil;&atilde;o de Amparo &agrave; Pesquisa do Estado de S&atilde;o Paulo, a Fapesp), a pesquisa monitorou 1.200 gr&aacute;vidas do interior, das quais 57 tiveram a confirma&ccedil;&atilde;o de contamina&ccedil;&atilde;o pelo v&iacute;rus zika, com casos de infec&ccedil;&atilde;o em todos os trimestres da gesta&ccedil;&atilde;o.

Ap&oacute;s todos os partos, os pesquisadores verificaram que nenhum dos beb&ecirc;s nasceu com&nbsp;microcefalia, mas, ao realizarem exames mais aprofundados, descobriram que 35% das crian&ccedil;as desenvolveram alguma anomalia. &ldquo;Vinte dos 57 beb&ecirc;s nasceram com algum tipo de m&aacute;-forma&ccedil;&atilde;o discreta, como surdez unilateral, danos na retina, cistos cerebrais ou inflama&ccedil;&atilde;o em art&eacute;rias cerebrais. O pr&oacute;ximo passo &eacute; investigar a import&acirc;ncia desses achados no desenvolvimento da crian&ccedil;a&rdquo;, explica o cientista.

Nogueira diz que h&aacute; situa&ccedil;&otilde;es que comprovam que o beb&ecirc; pode ser prejudicado, mesmo se a contamina&ccedil;&atilde;o pelo v&iacute;rus ocorrer no fim da gravidez. Em um dos casos, a mulher contraiu a doen&ccedil;a com 36 semanas de gesta&ccedil;&atilde;o e, mesmo assim, o beb&ecirc; nasceu com sinais de infec&ccedil;&atilde;o cerebral. &ldquo;Os resultados indicam que a microcefalia deve ser mesmo s&oacute; a ponta do iceberg, ela n&atilde;o deve ser o fen&ocirc;meno mais prov&aacute;vel entre os que o zika pode causar. Muitas crian&ccedil;as devem ter desenvolvido alguma anomalia mais leve que n&atilde;o foi notada. Se esses 20 beb&ecirc;s, por exemplo, n&atilde;o estivessem participando da pesquisa, sairiam da maternidade como crian&ccedil;as normais, porque tinham peso e per&iacute;metro cef&aacute;lico dentro do esperado&rdquo;, afirma.

Pesquisa realizada por cientistas da Fiocruz e publicada em mar&ccedil;o no peri&oacute;dico The New England Journal of Medicine j&aacute; mostrava que 29% dos beb&ecirc;s de m&atilde;es que tiveram zika apresentaram alguma anomalia, mesmo quando a infec&ccedil;&atilde;o era tardia, ou seja, nos &uacute;ltimos meses da gravidez.

Outros estudos. O grupo de pesquisa de S&atilde;o Jos&eacute; do Rio Preto conduz ainda outros dois estudos sobre a a&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus zika. Em um deles, os cientistas est&atilde;o monitorando h&aacute; um ano um grupo de 1.500 pessoas para verificar, por exames de sangue, quais foram infectados mesmo sem sintomas. Isso porque, no caso da dengue, a estimativa &eacute; de que apenas 20% das pessoas infectadas sejam sintom&aacute;ticas, o que aponta que os n&uacute;meros das epidemias sejam muito maiores do que os registrados pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.

A outra pesquisa busca saber se os diagn&oacute;sticos de zika e dengue est&atilde;o sendo dados corretamente, uma vez que, em per&iacute;odos epid&ecirc;micos, eles costumam ser feitos apenas por crit&eacute;rios cl&iacute;nicos e epidemiol&oacute;gicos, sem a realiza&ccedil;&atilde;o de exames. &ldquo;Colhemos cerca de 1.500 amostras de pessoas que passaram por servi&ccedil;os de sa&uacute;de e receberam diagn&oacute;sticos por crit&eacute;rios cl&iacute;nico-epidemiol&oacute;gicos. Verificamos que cerca de 15% das pessoas que sa&iacute;ram do servi&ccedil;o com diagn&oacute;stico de dengue tinham, na verdade, zika; enquanto 20% a 30% dos que sa&iacute;ram achando que tinham zika estavam com dengue&rdquo;, conta.

Nogueira explica que o diagn&oacute;stico correto &eacute; importante tanto para definir as provid&ecirc;ncias a tomar em cada caso, de acordo com as poss&iacute;veis complica&ccedil;&otilde;es de cada doen&ccedil;a, quanto para que os dados de sa&uacute;de p&uacute;blica n&atilde;o tenham distor&ccedil;&otilde;es. &ldquo;Se o governo for avaliar se oferece uma vacina contra a dengue na rede p&uacute;blica, por exemplo, ele precisa saber o real alcance da epidemia.&rdquo; Estad&atilde;o Conte&uacute;do.&nbsp;

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<img alt="Resultado de imagem para Bebês de mães infectadas por Zika serão acompanhados até os 3 anos" src="https://static.tuasaude.com/img/co/mo/como-a-zika-pode-afetar-a-gravidez-3-3-640-427.jpg" style="float:right; height:267px; margin:5px; width:400px" />A partir de agora, beb&ecirc;s cujas m&atilde;es foram infectadas pelo v&iacute;rus Zika durante a gravidez, ainda que n&atilde;o apresentem sintomas no nascimento, ser&atilde;o acompanhados at&eacute; os 3 anos de idade. Al&eacute;m da medida da cabe&ccedil;a, principal crit&eacute;rio para notifica&ccedil;&atilde;o de microcefalia, outras malforma&ccedil;&otilde;es decorrentes da infec&ccedil;&atilde;o ser&atilde;o investigadas. As mudan&ccedil;as foram anunciadas hoje (18) pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.

Para gr&aacute;vidas, a recomenda&ccedil;&atilde;o de ultrassonografias durante o pr&eacute;-natal aumentou para duas, numa tentativa de identificar altera&ccedil;&otilde;es neurol&oacute;gicas em meio &agrave; gesta&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m do exame realizado no primeiro trimestre, ele passa a ser repetido por volta do s&eacute;timo m&ecirc;s de gravidez. Os repasses para esse atendimento, segundo o minist&eacute;rio, ser&atilde;o de R$ 52,6 milh&otilde;es.

Um ano de emerg&ecirc;ncia

As medidas foram anunciadas ap&oacute;s um ano da declara&ccedil;&atilde;o de emerg&ecirc;ncia nacional por conta do aumento de casos de microcefalia registrados no Brasil e, de acordo com o governo, atendem &agrave;s recentes evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas sobre efeitos da infec&ccedil;&atilde;o por Zika na forma&ccedil;&atilde;o do beb&ecirc; na gesta&ccedil;&atilde;o.

&ldquo;Foi um ano de aprendizado e ac&uacute;mulo de conhecimento. O Brasil acumula 25% de todo o conhecimento, das pesquisas desenvolvidas em todo o mundo&rdquo;, avaliou o ministro da Sa&uacute;de, Ricardo Barros. Ele lembrou que, al&eacute;m da microcefalia, foram identificadas outras malforma&ccedil;&otilde;es como problemas na vis&atilde;o, na audi&ccedil;&atilde;o ou nos membros. As altera&ccedil;&otilde;es podem ser observadas ao longo dos tr&ecirc;s primeiros anos de vida da crian&ccedil;a.

Mudan&ccedil;a na classifica&ccedil;&atilde;o

O minist&eacute;rio anunciou ainda que, na classifica&ccedil;&atilde;o feita durante a notifica&ccedil;&atilde;o de casos de anomalias relacionadas ao Zika, al&eacute;m da confirma&ccedil;&atilde;o, dos descartes e de identifica&ccedil;&otilde;es prov&aacute;veis, ser&aacute; incorporado o caso inconclusivo por conta de resultados laboratoriais indefinidos e casos de recusa da investiga&ccedil;&atilde;o.

N&uacute;meros

Dados mais recentes da pasta apontam 11.119 notifica&ccedil;&otilde;es de microcefalia em todo o pa&iacute;s desde novembro do ano passado, sendo que 60% foram registradas na Regi&atilde;o Nordeste. Do total, 2.143 casos foram confirmados para microcefalia associada ao Zika - 78% deles no Nordeste.

Assist&ecirc;ncia

De acordo com o minist&eacute;rio, a rede de reabilita&ccedil;&atilde;o vinculada ao Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) conta atualmente com 1.541 servi&ccedil;os, sendo 147 Centros Especializados em Reabilita&ccedil;&atilde;o (que trabalham com a estimula&ccedil;&atilde;o precoce e a reabilita&ccedil;&atilde;o de beb&ecirc;s), 4.375 N&uacute;cleos de Apoio &agrave; Sa&uacute;de da Fam&iacute;lia e 2.338 Centros de Apoio Psicossocial.

A previs&atilde;o da pasta &eacute; que, at&eacute; dezembro, sejam habilitados 16 novos servi&ccedil;os nos seguintes munic&iacute;pios: Alc&acirc;ntara (MA), Davin&oacute;polis (MA), Po&ccedil;o Redondo (SE), S&atilde;o Miguel do Aleixo (SE), Pau Brasil (BA), Mag&eacute; (RJ), S&atilde;o Jo&atilde;o de Meriti (RJ), Conde (PB), S&atilde;o Jos&eacute; de Mipibu (RN), S&atilde;o Gabriel do Oeste (MS), S&atilde;o Lu&iacute;s (MA), Caxias (MA), Campina Grande (PB), Barreiras (BA) e Cama&ccedil;ari (BA).

Fonte: Ag&ecirc;ncia Brasil

<img alt="Exibindo foto. Leonardo Rattes - Ascom Sesab (2).JPG" src="https://mail.google.com/mail/u/0/?ui=2&amp;ik=5561871d47&amp;view=fimg&amp;th=157fde71aa192ddb&amp;attid=0.2&amp;disp=inline&amp;safe=1&amp;attbid=ANGjdJ8FUcgzGwnGogK11fL3LpVQryPIW1hUoKnsBhzep0CVWIuIe85EoREijQ2Ms4i0iurFs0tj8iY6C9pr5DxkiRS5_LzRiAmLiD3yEcx5j08WCvNnosdkIeDBNRY&amp;ats=1477504803524&amp;rm=157fde71aa192ddb&amp;zw&amp;sz=w1366-h599" style="height:434px; width:650px" />

O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de anunciou, nesta ter&ccedil;a-feira (25), a compra de 3,5 milh&otilde;es de testes r&aacute;pidos para identificar o v&iacute;rus Zika. Est&aacute; prevista a distribui&ccedil;&atilde;o de dois milh&otilde;es de kits at&eacute; o final deste ano e o restante at&eacute; fevereiro de 2017. A tecnologia confirma, em 20 minutos, se o paciente est&aacute; ou j&aacute; foi infectado pelo v&iacute;rus Zika em algum momento da vida. Ou seja, com a tecnologia ser&aacute; poss&iacute;vel identificar o v&iacute;rus no organismo, independente do tempo de infec&ccedil;&atilde;o. A produ&ccedil;&atilde;o do insumo ser&aacute; feita pelo laborat&oacute;rio p&uacute;blico Bahiafarma. Atualmente, o teste ofertado no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) &eacute; o PCR (biologia molecular), que s&oacute; detecta a doen&ccedil;a durante o per&iacute;odo de viremia, quando o v&iacute;rus est&aacute; presente na corrente sangu&iacute;nea. O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de investiu R$ 119 milh&otilde;es para a aquisi&ccedil;&atilde;o dos testes sorol&oacute;gicos, com proje&ccedil;&atilde;o para garantir o abastecimento da rede por doze meses. A negocia&ccedil;&atilde;o com a Bahiafarma permitiu a compra no valor unit&aacute;rio de R$ 34,00, quase quatro vezes menor que o valor proposto por outra empresa do mercado, de R$ 131,75 por teste.&nbsp;

A compra foi feita por meio de licita&ccedil;&atilde;o dispens&aacute;vel, quando &eacute; permitida &agrave; administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica a contrata&ccedil;&atilde;o de produtos ou servi&ccedil;os em que a transfer&ecirc;ncia de tecnologia &eacute; estrat&eacute;gica ao SUS. A medida est&aacute; prevista na Lei n&ordm; 8.666/93.&nbsp; O desenvolvimento do teste r&aacute;pido de diagn&oacute;stico de infec&ccedil;&atilde;o pelo v&iacute;rus Zika &eacute; fruto da parceria entre o Governo da Bahia e a empresa sul-coreana Genbody Inc., que firmaram um acordo de transfer&ecirc;ncia de tecnologia para a Bahiafarma.

O teste ser&aacute; realizado em pessoas com indica&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica, sendo que as gestantes e crian&ccedil;as ter&atilde;o prefer&ecirc;ncia. &ldquo;Al&eacute;m de ser r&aacute;pido, este &eacute; o primeiro teste de Zika que permite a detec&ccedil;&atilde;o pregressa da infec&ccedil;&atilde;o pelo v&iacute;rus. Isso &eacute; muito importante para cuidar da popula&ccedil;&atilde;o que mais precisa por isso a prioridade s&atilde;o as gestantes e as crian&ccedil;as&rdquo;, enfatizou o ministro da Sa&uacute;de, Ricardo Barros. O diagn&oacute;stico produzido pela Bahiafarma &eacute; composto por dois cassetes port&aacute;teis em que s&atilde;o depositadas as amostras de soro dos pacientes a serem analisadas. A primeira tira vai identificar infec&ccedil;&otilde;es recentes, de at&eacute; duas semanas. A segunda vai identificar se a pessoa foi infectada h&aacute; mais tempo, tudo isso dentro de 20 minutos.&nbsp;

Com essa maior agilidade no resultado, o tratamento pode ser iniciado imediatamente, se tornando mais eficaz, j&aacute; que o cont&aacute;gio pode ser confirmado assim que surgem os sintomas da doen&ccedil;a. &ldquo;Os par&acirc;metros obtidos pelo teste da Bahiafarma na Anvisa e no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Sa&uacute;de foram acima de 95%&quot;, explicou o diretor-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias. &quot;Isso assegura a qualidade do teste, que traz um diagn&oacute;stico mais complexo j&aacute; que &eacute; poss&iacute;vel detectar tanto a infec&ccedil;&atilde;o imediata quanto a passada.&rdquo;&nbsp;

O secret&aacute;rio da Sa&uacute;de do Estado, F&aacute;bio Vilas-Boas, destaca que, &quot;com essa aquisi&ccedil;&atilde;o pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, confirmamos nosso compromisso de fornecer ao Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) e &agrave; popula&ccedil;&atilde;o produtos de primeira linha para a sa&uacute;de p&uacute;blica brasileira&quot;.

A compra do teste r&aacute;pido faz parte da estrat&eacute;gia permanente do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de de enfrentamento ao Aedes aegypti e chega antes do ver&atilde;o, per&iacute;odo de maior circula&ccedil;&atilde;o do vetor e, consequentemente das doen&ccedil;as transmitidas por ele, como Zika, dengue e chikungunya. Desde a identifica&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus Zika no Brasil e sua associa&ccedil;&atilde;o com os casos de malforma&ccedil;&otilde;es neurol&oacute;gicas, que aconteceu no segundo semestre de 2015, o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de tem tratado o tema como prioridade.&nbsp;

Os recursos federais destinados &agrave; Vigil&acirc;ncia em Sa&uacute;de, Piso Fixo de Vigil&acirc;ncia em Sa&uacute;de (PFVS), para a transfer&ecirc;ncia aos estados, munic&iacute;pios e Distrito Federal que incluem as a&ccedil;&otilde;es de combate ao Aedes aegypti cresceram 39% nos &uacute;ltimos anos (2010-2015), passando de R$ 924,1 milh&otilde;es para R$ 1,29 bilh&atilde;o em 2015. E, no ano de 2016, teve um incremento de R$ 580 milh&otilde;es, chegando o valor a R$ 1,87 bilh&atilde;o. Al&eacute;m disso, o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de contou com apoio extra do Congresso Nacional, por meio de emenda parlamentar, no valor de R$ 500 milh&otilde;es.&nbsp;

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O Brasil registrou, at&eacute; 17 de setembro, 200.465 casos prov&aacute;veis de Zika, o que representa uma taxa de incid&ecirc;ncia de 98,1 casos a cada 100 mil habitantes. Foram confirmados laboratorialmente, em 2016, tr&ecirc;s &oacute;bitos por v&iacute;rus Zika no pa&iacute;s.&nbsp; Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s gestantes, foram registrados 16.473 casos prov&aacute;veis em todo o pa&iacute;s.&nbsp;

A transmiss&atilde;o aut&oacute;ctone do v&iacute;rus no pa&iacute;s foi confirmada a partir de abril de 2015, com a confirma&ccedil;&atilde;o laboratorial no munic&iacute;pio de Cama&ccedil;ari (BA). O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de tornou compuls&oacute;ria a notifica&ccedil;&atilde;o dos casos de Zika em fevereiro deste ano. Desde ent&atilde;o, estados e munic&iacute;pios vinham preparando seus sistemas de registros para encaminhar estas notifica&ccedil;&otilde;es ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Antes disso, o monitoramento do v&iacute;rus Zika era realizado por meio de vigil&acirc;ncia sentinela. A regi&atilde;o Sudeste teve 83.151 casos prov&aacute;veis da doen&ccedil;a, seguida das regi&otilde;es Nordeste (74.190); Centro-Oeste (29.875); Norte (11.928) e Sul (1.321). Considerando a propor&ccedil;&atilde;o de casos por habitantes, a regi&atilde;o Centro-Oeste fica &agrave; frente, com incid&ecirc;ncia de 193,5 casos/100 mil habitantes, seguida do Nordeste (131,2); Sudeste (97,0); Norte (68,3); Sul (4,5).

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<img src="http://www.marxismo.org.br/sites/default/files/pictures/articles/zzika.jpg" style="height:366px; width:650px" />

O v&iacute;rus da zika foi detectado no esperma de um italiano seis meses depois dos primeiros sintomas da infec&ccedil;&atilde;o, o que duplica o&nbsp;tempo m&aacute;ximo de dura&ccedil;&atilde;o registrado at&eacute; o momento, segundo um estudo do instituto Spallanzani em Roma.

Este homem de 30 anos havia registrado febre e erup&ccedil;&otilde;es ao longo de cinco duas durante uma viagem ao Haiti em janeiro, informa este estabelecimento, cujo estudo foi publicado na quinta-feira pela Eurosurveillance, revista europeia de epidemiologia.

O instituto Spallanzani, especializado em doen&ccedil;as infecciosas, analisou uma s&eacute;rie de amostras do paciente j&aacute; em bom estado de sa&uacute;de.

A an&aacute;lise detectou que, 91 dias depois dos primeiros sintomas, o v&iacute;rus seguia presente na urina, na saliva e no esperma. No 134&ordm; dia, apenas o esperma ainda apresentava resultado positivo.

No 188&ordm; dia, ou seja, seis meses depois dos primeiros sintomas, &quot;a amostra de esperma seguia dando positivo&quot;, anunciou o instituto, ressaltando que o jovem n&atilde;o sofria de nenhuma doen&ccedil;a cr&ocirc;nica ou defici&ecirc;ncia imunit&aacute;ria.

Uso de preservativo 
Durante todo este per&iacute;odo, o paciente utilizou preservativos nas rela&ccedil;&otilde;es sexuais com sua esposa que, por sua vez, deu negativo para zika.

O v&iacute;rus &eacute; particularmente perigoso para as mulheres gr&aacute;vidas, j&aacute; que pode causar danos permanentes ao feto em desenvolvimento, incluindo a microcefalia, uma malforma&ccedil;&atilde;o cong&ecirc;nita na qual o beb&ecirc; nasce com o cr&acirc;nio e o c&eacute;rebro menores que a m&eacute;dia.

Frequentemente &eacute; transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, mas tamb&eacute;m em rela&ccedil;&otilde;es sexuais ou por contato com sangue contaminado.

Os resultados deste estudo &quot;ressaltam a necessidade de recomendar aos pacientes afetados que se abstenham de manter rela&ccedil;&otilde;es sexuais ou que utilizem preservativos por ao menos seis meses&quot;, insistem os autores.

Os sintomas mais frequentes s&atilde;o erup&ccedil;&otilde;es cut&acirc;neas e dores articulares e musculares. Mas, levando-se em conta que a infec&ccedil;&atilde;o passa desapercebida em 80% dos casos, os autores do estudo sugerem instaurar testes sistem&aacute;ticos em amostras armazenadas em bancos de esperma.

Segundo o comunicado do instituto, a It&aacute;lia registrou 61 casos de infec&ccedil;&atilde;o por zika, todos eles de pessoas que voltaram de viagens nos pa&iacute;ses afetados.

Reprodu&ccedil;&atilde;o/G1

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Uma mulher deu &agrave; luz em Barcelona um beb&ecirc; com microcefalia associada ao v&iacute;rus da zika. &Eacute; o primeiro caso do tipo detectado na Espanha, segundo autoridades de sa&uacute;de. O caso foi descoberto em maio e o Hospital Universit&aacute;rio Vall d&rsquo;Hebron anunciou nesta segunda-feira que a m&atilde;e e o beb&ecirc; tinham condi&ccedil;&atilde;o est&aacute;vel. A m&atilde;e, que n&atilde;o foi identificada, havia viajado no in&iacute;cio do ano para a Am&eacute;rica do Sul, onde contraiu a doen&ccedil;a.

O v&iacute;rus &eacute; transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e pode causar microcefalia em rec&eacute;m-nascidos. A doen&ccedil;a gera beb&ecirc;s com uma cabe&ccedil;a anormalmente pequena e dano cerebral. Segundo a p&aacute;gina na internet do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, a Espanha registrou 190 casos de infec&ccedil;&otilde;es por zika e todos os casos, exceto um, foram contra&iacute;dos no exterior. Um caso de cont&aacute;gio por transmiss&atilde;o sexual ocorreu em Madri. Fonte: Associated Press.&nbsp;Conte&uacute;do&nbsp;Estad&atilde;o.

<img src="http://assets1.exame.abril.com.br/assets/images/2016/5/605268/size_810_16_9_michel-temer.jpg" style="height:365px; width:650px" />

Fam&iacute;lias que tenham beb&ecirc;s com microcefalia provocadas por zika ter&atilde;o prioridade de acesso ao Programa Minha Casa Minha Vida, informam fontes ouvidas pela reportagem. A decis&atilde;o, que deve ser anunciada nesta quinta-feira (14), em cerim&ocirc;nia no Pal&aacute;cio do Planalto, em Bras&iacute;lia, foi tomada em uma reuni&atilde;o realizada nesta quarta-feira (13) entre o presidente em exerc&iacute;cio Michel Temer (PMDB) e ministros da &aacute;rea social.

&ldquo;Reunimos em grupos minist&eacute;rios desconexos e isso tem dado um resultado extraordin&aacute;rio para o governo&rdquo;, afirmou, em evento no Pal&aacute;cio do Planalto. Desde que a epidemia de nascimentos de beb&ecirc;s com a m&aacute;-forma&ccedil;&atilde;o teve in&iacute;cio, no ano passado, foram confirmados 1.687 casos de microcefalia e outras altera&ccedil;&otilde;es do sistema nervoso sugestivas de infec&ccedil;&atilde;o cong&ecirc;nita por zika.

Somente ter&atilde;o prioridade de acesso ao Minha Casa Minha Vida fam&iacute;lias com beb&ecirc;s com microcefalia que atendam aos crit&eacute;rios do programa. Atualmente, beb&ecirc;s com microcefalia de fam&iacute;lias de baixa renda j&aacute; t&ecirc;m direito ao benef&iacute;cio de presta&ccedil;&atilde;o continuada, no valor de um sal&aacute;rio m&iacute;nimo.

Este ano o benef&iacute;cio foi concedido a 745 crian&ccedil;as. Rebatendo cr&iacute;ticas da presidente afastada Dilma Rousseff de que seu governo quer extinguir os programas sociais, Temer afirmou que, al&eacute;m de mant&ecirc;-los, sua equipe est&aacute; trabalhando para aprimor&aacute;-los. &ldquo;Atentos a quest&otilde;es sociais, temos que destacar &agrave;quelas m&atilde;es que lamentavelmente possam ter filhos nessas condi&ccedil;&otilde;es&rdquo;, disse o presidente em exerc&iacute;cio.

Presente na cerim&ocirc;nia, o ministro das Cidades, Bruno Ara&uacute;jo, informou que a prioridade a fam&iacute;lias com membros com microcefalia ser&aacute; aplicada na faixa 1 do programa. &ldquo;Temos 200 mil unidades que ainda n&atilde;o foram entregues que n&atilde;o tem destinat&aacute;rios&rdquo;, afirmou, explicando que este ser&aacute; o universo no qual as fam&iacute;lias com beb&ecirc;s com microcefalia ter&atilde;o prioridade.

&ldquo;Pelo n&uacute;mero de unidades dispon&iacute;veis h&aacute; garantia do atendimento dessas fam&iacute;lias&rdquo;, completou. O ministro da Sa&uacute;de, Ricardo Barros, afirmou que todas as crian&ccedil;as com microcefalia ser&atilde;o dispensadas do sorteio das unidades habitacionais. &ldquo;Portanto, automaticamente atendidas. E sorteio fica para as demais pessoas&rdquo;, disse.&nbsp;Conte&uacute;do&nbsp;Estad&atilde;o.&nbsp;

<img src="http://maisexpressao.com.br/imagens/noticias/32485/640x480/zikajpg.jpg" style="float:right; height:263px; margin-left:5px; margin-right:5px; width:350px" />A partir desta quarta-feira (6),&nbsp; os planos de sa&uacute;de ter&atilde;o que cobrir obrigatoriamente tr&ecirc;s exames de detec&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus Zika. Os procedimentos dever&atilde;o ser disponibilizados para gestantes, beb&ecirc;s filhos de m&atilde;es com diagn&oacute;stico de infec&ccedil;&atilde;o pelo v&iacute;rus, bem como aos rec&eacute;m-nascidos com malforma&ccedil;&atilde;o cong&ecirc;nita sugestivas de infec&ccedil;&atilde;o pelo zika.

A escolha destes grupos levou em conta o risco de beb&ecirc;s nascerem com microcefalia devido &agrave; infec&ccedil;&atilde;o da gr&aacute;vida pelo v&iacute;rus durante a gesta&ccedil;&atilde;o. A microcefalia &eacute; uma malforma&ccedil;&atilde;o irrevers&iacute;vel que pode comprometer o desenvolvimento da crian&ccedil;a em diversos aspectos.

A norma da Ag&ecirc;ncia Nacional de Sa&uacute;de Suplementar (ANS) estabelece que os planos t&ecirc;m que oferecer o PCR, indicado para a detec&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus nos primeiros dias da doen&ccedil;a; o teste sorol&oacute;gico IgM, que identifica anticorpos na corrente sangu&iacute;nea; e o IgG, para verificar se a pessoa teve contato com o zika em algum momento da vida.

Normalmente, a ANS rev&ecirc; a cada dois anos o rol de procedimentos obrigat&oacute;rios a serem cobertos pelos planos de sa&uacute;de. A &uacute;ltima revis&atilde;o come&ccedil;ou a valer em janeiro deste ano. Por&eacute;m, no caso do exame de diagn&oacute;stico do v&iacute;rus Zika, a incorpora&ccedil;&atilde;o dos testes laboratoriais ocorreu de forma extraordin&aacute;ria, segundo a ag&ecirc;ncia reguladora, por se tratar de uma emerg&ecirc;ncia em sa&uacute;de p&uacute;blica decretada pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de.

Os planos de sa&uacute;de tiveram 30 dias para se&nbsp;adequarem &agrave; nova regra. Agencia Brasil

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Um encontro entre cientistas brasileiros e estrangeiros, que acontece desde a &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira, em Pernambuco, dever&aacute; decidir, at&eacute; o fim de semana, um protocolo para a padroniza&ccedil;&atilde;o da investiga&ccedil;&atilde;o de casos de zika em toda a Am&eacute;rica Latina. Com o documento, estudiosos do continente passar&atilde;o a utilizar os mesmos crit&eacute;rios para analisar como a doen&ccedil;a se manifesta e os danos que pode causar no c&eacute;rebro e no organismo de pacientes infectados pelo v&iacute;rus.

A reuni&atilde;o acontece na Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz de Pernambuco (Fiocruz-PE), em Recife. Participam dos debates pesquisadores de Pernambuco, S&atilde;o Paulo, da Bahia, do Rio de Janeiro, do Distrito Federal e tamb&eacute;m de pa&iacute;ses atingidos pela doen&ccedil;a, como Col&ocirc;mbia, El Salvador e M&eacute;xico.

&mdash; Os primeiros protocolos sobre a zika foram produzidos aqui no Brasil, o primeiro pa&iacute;s atingido, mas a doen&ccedil;a tem se difundido em outros pa&iacute;ses. Ent&atilde;o, surgiu a necessidade de que os crit&eacute;rios para investigar a doen&ccedil;a fossem os mais homog&ecirc;neos poss&iacute;veis &mdash; disse o coordenador de Unidade T&eacute;cnica de Doen&ccedil;as Transmiss&iacute;veis e An&aacute;lises de Situa&ccedil;&atilde;o de Risco da Organiza&ccedil;&atilde;o Pan-Americana de Sa&uacute;de (Opas), Enrique Vasquez, ao site G1.

O pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade de Pernambuco (UPE), Rafael Ximenez, participa de estudos que acompanham gestantes no estado. Segundo ele, os filhos das mulheres infectadas pelo v&iacute;rus durante a gravidez v&atilde;o ser analisados nos dois primeiros anos de vida.

&mdash; S&atilde;o dois objetivos principais. O primeiro &eacute; verificar a rela&ccedil;&atilde;o da zika com a microcefalia. Se o v&iacute;rus causa a malforma&ccedil;&atilde;o, com que frequ&ecirc;ncia isso acontece? O outro &eacute; descobrir o que rec&eacute;m-nascidos podem vir a ter. &Eacute; poss&iacute;vel que o v&iacute;rus cause danos neurol&oacute;gicos, al&eacute;m da microcefalia, que precisam ser esclarecidos &mdash; explicou Ximenez.

A representante do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de e Prote&ccedil;&atilde;o Social da Col&ocirc;mbia, Claudia Milena Cuellar, disse que busca ajuda na experi&ecirc;ncia brasileira. Na Col&ocirc;mbia, a epidemia de zika come&ccedil;ou em outubro do ano passado. Hoje, cerca de 9.000 gestantes est&atilde;o sob suspeita de ter a doen&ccedil;a. Em nenhuma delas foram constatados, at&eacute; agora, casos de microcefalia.

&mdash;Para a Col&ocirc;mbia, &eacute; importante ver a situa&ccedil;&atilde;o do Brasil, que foi o pa&iacute;s que iniciou essas pesquisas &mdash; afirmou Claudia.

O secret&aacute;rio de Sa&uacute;de de Pernambuco, Iran Costa, se re&uacute;ne na segunda-feira, em Washington, nos EUA, com representantes da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) e da Opas. O objetivo &eacute; fechar parcerias com institui&ccedil;&otilde;es estrangeiras para ampliar as a&ccedil;&otilde;es de combate ao Aedes aegypti e intensificar pesquisas sobre o assunto. Pernambuco foi o primeiro estado do Brasil a detectar a mudan&ccedil;a no padr&atilde;o de ocorr&ecirc;ncia dos casos, a iniciar a investiga&ccedil;&atilde;o, a notifica&ccedil;&atilde;o, a organiza&ccedil;&atilde;o do atendimento a crian&ccedil;as com m&aacute;-forma&ccedil;&atilde;o e a elaborar protocolos para orienta&ccedil;&atilde;o de profissionais de sa&uacute;de.

Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/ O Globo

 
 
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