Com o intuito de contornar a crise entre os Poderes Executivo e Legislativo, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebeu o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para uma reunião no Palácio do Alvorada.
A tensão se tornou mais evidente nos últimos dias, quando o pepista criticou abertamente o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável do governo pela articulação política. O parlamentar afirmou que o titular da pasta era um "desafeto pessoal" e "incompetente".
O encontro - que aconteceu fora da agenda pública de ambos -, de acordo com a Folha, aconteceu no último domingo (21) e pode ter servido para evitar que o Planalto sofra derrotas, dentro do Congresso Nacional, que podem afetar o equilíbrio das contas públicas
Conforme interlocutores de Lira, o presidente da Câmara teria dito que a conversa foi "boa" e que ele teria ressaltado diversas vezes que seus problemas são com Padilha. Ele disse não ter dificuldades em se encontrar e conversar com o presidente da República.
Além da briga com Lira, governo vive um momento delicado com o risco de avanço da pauta-bomba, que pode ter impacto bilionário para as contas públicas. O principal item é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que turbina o salário de juízes e promotores, com custo anual de cerca de R$ 40 bilhões.
