Eduardo Freire firma acordo com PF e delata aliado de Bolsonaro no Senado

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Política

02 de agosto de 2021 às 07h12

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Foto: Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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O operador financeiro de Pernambuco, Eduardo Freire Bezerra Leite, 56, conhecido como "Ventola", se tornou uma peça-chave no indiciamento do líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Leite chegou a ficar preso três meses após operação da PF em 2016 pela aquisição do avião que caiu matando o ex-presidenciável Eduardo Campos.

O delator, foi investigado na Lava Jato por elos com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e firmou posteriormente um acordo de colaboração com a Polícia Federal. Antes de ser preso, Leite dirigia uma rede de empresas que, segundo as investigações, eram voltadas para a agiotagem e também para lavagem de dinheiro de empreiteiras. Também possuía negócios rurais, um deles com Lira.

O compromisso de colaboração foi firmado em 2017, os termos do acordo de delação continua sigilosas. O acordo foi negociado em conjunto com outros integrantes de seu grupo, como o sócio João Carlos Lyra, pivô da negociação do avião usado por Campos. Coincidentemente na época da tragédia com o presidenciável, o nome de Eduardo Freire começava a ser mencionado também em depoimentos da Lava Jato no Paraná.

João Carlos e Eduardo Freire atuavam principalmente através de uma empresa pernambucana chamada Câmara & Vasconcelos, que oficialmente prestava serviços de terraplanagem e aluguel de máquinas em obras, mas que na prática servia sobretudo de entreposto para movimentações financeiras de empreiteiras.

No depoimento de 2015, Eduardo Freire afirmou receber de Lira cerca de R$ 60 mil por ano por arrendamento de uma propriedade rural.

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