Futura ministra dos Direitos Humanos promete 'contrarrevolução cultural' nas escolas

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Política

13 de dezembro de 2018 às 18h00

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Em entrevista à Rádio Gaúcha, Damares disse que pretende combater, desde cedo, a agressão contra as mulheres â?? Foto: Reprodução/JN

A futura ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu, na manhã desta quinta-feira (13), uma ‘contrarrevolução cultural’ nas escolas. Damares disse que pretende combater, desde cedo, a agressão contra as mulheres.

"Nós vamos para a escola ensinar o menino a respeitar a menina como menina. No momento em que você diz lá na escola que menino é igual à menina, o menino, então, vai poder dar porrada na menina? A menina aguenta, às vezes, as brincadeiras de meninos? Não", argumenta a nova ministra.

"Nós vamos voltar a dizer na escola que menina é menina e menino é menino. Vamos ensinar os meninos, quem sabe, a levar flores para as meninas nas escolas. Uma contrarevolução cultural nessa nação", acrescenta.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Damares falou que não é contrária às aulas de educação sexual, mas não assegura que elas continuarão no governo de Jair Bolsonaro. Ela disse que está conversando com o Ministério da Educação sobre o assunto.

Para Damares, as escolas devem abordar o assunto respeitando as faixas etárias dos jovens e seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

"O menino que estuda matemática, que é voltada apenas à área de exatas, só entende de matemática. Aí ele vai dar aula, lá no 5º ano, com criança de 10 anos, de matemática. Você acha que um jovem, que está na faculdade, com 22 anos, estudando só matemática, tem condições e capacidade de abordar o tema com um menino de 10, 11 anos?", indaga.

"O tema tem que ser abordado de forma madura, inteligente, com professores com conhecimento do assunto, obedecendo às especificidades de cada idade", prossegue.

Estupro na infância
Damara contou que foi vítima de estupro na infância e que, por muitos anos, se culpou e só descobriu mais tarde que era uma vítima.

"Fui abusada dos seis aos oito anos, inúmeras vezes. Eu tinha um pé de goiaba no fundo de minha casa e era lá que eu chorava sozinha. O meu agressor me convenceu que eu era culpada do abuso. Eu mandava todos os sinais e ninguém via, não podia falar porque tinha uma ameaça: 'se você falar, seu pai morre'. Aos 10 anos eu quis morrer", conta.
Ministério da 'Vida'
A ministra falou ainda que vai trabalhar por políticas públicas para "quem está invisível" e não deve levar à discussão assuntos que já possuem leis específicas, como o aborto e o casamento entre pessoas homossexuais.

"As feministas tiveram os holofotes até agora. Vai para os holofotes agora, trazido por esta ministra, a mulher ribeirinha, a mulher seringueira, a mulher quebradeira de coco, a mulher catadora de siri, a mulher cigana. É um momento novo. Vai vir para o protagonismo quem está invisível. É uma alternância de poder. Daqui alguns anos, talvez, as feministas voltem para os holofotes."

A um ouvinte da rádio que perguntou à ministra se Jair Bolsonaro teria errado ao manter o nome do Ministério dos Direitos Humanos, ela disse que não pôde mudar o nome. "Seria interessante que esse ministério fosse 'Vida'", sugeriu.

"Vai proteger vida de idoso, criança, quilombola, índio, isso é direitos humanos. O maior e o primeiro direito humano, por favor, é a vida. Então, esse ministério tem a cara de vida. Faz o seguinte: vamos trazer o nome fantasia para o ministério: Ministério da Vida, da Família e da Alegria", concluiu a ministra.

g1 // AO

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